-Imagem (1.1069127)Com a instabilidade econômica no país, a preocupação da maioria dos brasileiros é como garantir a realização de seus sonhos de consumo, tendo em vista a alta dos juros, dos preços e a redução do poder aquisitivo. Para o presidente do Conselho Regional de Economia do Tocantins (Corecon), Igor de Sousa, manter o poder de compra é possível, mas é preciso haver uma reeducação e reorganização financeira do lar. “Se tenho algum sonho, um planejamento a médio e longo prazo tenho que controlar as minhas finanças para que eu possa encaixar todas essas atividades que quero no futuro, com a minha renda”, destacou ao informar que o segredo está “no acompanhamento da unidade família para saber o que se pode consumir e o que pode investir no orçamento”.Sousa se mostrou otimista ao afirmar que “o mercado tem a tendência de buscar um ponto de equilíbrio e é nesse ponto que se consegue a organização financeira”. Fazendo uma análise do cenário no Tocantins, o economista falou sobre a posição do funcionário público. “Ele tira o sustento de sua família pelo que recebe da prestação de serviço para a administração pública, então ele tem que fazer o seu planejamento estratégico porque é diretamente afetado nessa alegação da instabilidade política”, explicou o presidente do Corecon.O presidente do Corecon foi categórico ao dizer que “hoje não podemos parar os nossos sonhos e desejos de consumir, mas temos que fazer esse consumo consciente”. Para o economista, é preciso ter ação e buscar as melhores alternativas de consumo. “Cabe a cada um de nós buscarmos possibilidades de consumo com pesquisas e procurar produtos mais baratos. Tem variação no preço do mesmo feijão, da mesma marca, de cinco a nove reais, dependendo do supermercado. Não vou deixar de me alimentar, de vestir, de usar água e então o que eu tenho que fazer é contingenciar gastos”, ressaltou.ExemploA servidora pública, Fernanda Arantes, é um exemplo da importância do planejamento estratégico do lar para conseguir continuar consumindo mesmo diante da estabilidade financeira. “Antes do planejamento não sabíamos o que estava devendo, deixava energia cortar porque não sabíamos se tinha pagado a conta e hoje temos planilha de tudo que ganhamos, devemos e gastamos”, informou. Gastos do cartão de crédito, número de parcelas dos produtos adquiridos e contas ainda por pagar, são alguns dos itens da planilha de Fernanda que desde que começou a se organizar já conseguiu comprar um carro, realizar a construção da sua chácara e agora planeja uma viagem internacional para o ano que vem. Ela relatou que sacrifícios também precisam ser feitos. “Para conseguir comprar o carro fizemos um consórcio, que nos obrigou a poupar, e daí juntamos o 13º salário e as férias, ou seja, não viajamos para conseguir atingir o objetivo”, disse.Como dica aos que pretendem iniciar o planejamento, Fernanda aconselha que as pessoas “se organizem, coloquem no papel o que devem e negociem com os credores buscando taxas de juros mais baixas. Assim chega uma hora que as dívidas acabam e é possível investir nos sonhos”.