A economia goiana correspondeu a 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2014. O Estado registrou crescimento de 1,9% PIB e somou R$ 165,015 bilhões, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (28) pelo Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB), da Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan), e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Estado manteve-se na 9.ª posição no ranking nacional, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Bahia e Distrito Federal. Já o PIB per capita dos goianos atingiu o valor de R$ 25.296,60 e fez com que Goiás ficasse na 10.ª colocação em 2014, ganhando uma posição em relação a 2013 (11.º lugar).

Pelos dados, Goiás continua sendo a segunda maior economia do Centro-Oeste, com 30,4% do bolo, atrás apenas do Distrito Federal com 36,4%. O Mato Grosso detém 18,7% e o Mato Grosso do Sul os outros 14,5%. A economia do Centro-Oeste aumentou sua participação no Brasil, passando de 9,1% do total para 9,4%.

A expansão do PIB é resultado de políticas de estímulo ao crescimento, com destaque para o Programa de Incentivo à Produção (Produzir), o Programa de Missões Comerciais e os pesados investimentos em infraestrutura e obras civis em 2014, que impactaram o emprego e melhoraram as condições para o crescimento (estradas, pontes, viadutos, escolas, hospitais, entre outras). O PIB é o resultado da movimentação dos recursos aplicados na agropecuária, na indústria e nos serviços.  A variação positiva das riquezas em Goiás no período é quase 4 vezes maior que a média nacional, de 0,5%. 

A Superintendente do IMB/Segplan, Lillian Prado, lembra que o ano de 2014 foi marcado por cortes nos investimentos, pelo encolhimento do mercado de trabalho, pela redução no consumo das famílias e pela queda na confiança dos empresários. Mesmo assim, a economia goiana ainda cresceu.

Setores

O setor industrial foi um dos principais fatores para o crescimento do PIB goiano em 2014, com taxa de 2,2%, seguido de serviços (1,7%), enquanto a agropecuária teve recuo de 1%. Na indústria, o carro-chefe foi o segmento de transformação que expandiu 5,1%, com destaque para as produções de alimentos e bebidas (açúcar cristal, carne bovina, leite em pó, produtos derivados de soja e cervejas e chopes). Também registraram aumento de produção as indústrias de biodiesel e etanol, produtos químicos, máquinas e equipamentos e confecção de artigos de vestuário.

O crescimento no setor de serviços, o que detém a maior participação (65,6%) na estrutura do valor agregado estadual, foi puxado pelos segmentos de informática, artes, cultura, esportes e recreação; intermediação financeira, de seguros e previdência complementar; serviços de alojamento e de transportes, além de armazenagem e Correios.

Já a atividade agropecuária teve seu resultado impactado pelas condições climáticas ocorridas naquele ano e pela grande dependência da demanda externa, que esteve refreada, pela queda de preços das commodities e pelo arrefecimento da economia chinesa.  Mesmo assim, a agricultura goiana apresentou crescimento de 0,4%, mas a pecuária recuou 3,5%.

Em 2014, as exportações goianas caíram 0,9%, em comparação ao ano de 2013, e as importações também diminuíram 8,7%. O saldo da balança comercial goiana foi positivo e contabilizou US$ 2,56 bilhões. No ano em análise, foram criadas 5.137 novas vagas de trabalho em Goiás, com aumento de 0,3% na relação com 2013.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos no País, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira. Os dados consolidados são divulgados, pelos órgãos governamentais, com dois anos de defasagem. Agora em 2016 está se propagando o PIB de 2014.