A cana-de-açúcar é considerada uma das grandes alternativas para o setor de biocombustíveis devido ao grande potencial na produção de etanol e seus respectivos subprodutos. A colheita desse tipo de cultura no Tocantins, está praticamente finalizada, restando poucas lavouras a serem colhidas. Os dados correspondem a terceira estimativa da safra 2021/22 de cana-de-açúcar, divulgados esta semana pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). De maneira geral, a temporada foi considerada boa para o setor sucroenergético no Tocantins, com incremento na área, chegando a 27,4 mil hectares, destinadas à produção do vegetal neste exercício, bem como no rendimento médio estimado para a cultura, que foi favorecido pelas boas condições climáticas na maior parte do ciclo.Assim, a perspectiva de resultado final é de 2.258,8 mil toneladas de cana-de-açúcar, sendo 4% superior a 2020/21 que foi de 2.171,0 mil toneladas. No mix de produção, a expectativa é que todo volume obtido seja direcionado para fabricação de etanol, podendo gerar cerca de 175,6 milhões de litros do biocombustível.Em relação a produtividade da cana de açúcar no Tocantins, estima-se uma variação de 7 %. Na safra de 2020/2021 era de 76.985 kg /hectares, enquanto que na de 2021/ 2022 é de 82.408 kg /hectares. Produção nacional Estima-se que sejam colhidas 568,4 milhões de toneladas, um volume de matéria-prima 13,2% menor em relação à safra 2020/21. Os efeitos climáticos adversos da estiagem durante o ciclo produtivo e as baixas temperaturas registradas em junho e julho deste ano, com episódios de geadas em algumas áreas de produção, sobretudo em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná, impactaram na produtividade das lavouras.A região Sudeste é a principal região produtora do país e a previsão é de uma redução de 16,8% na produção, alcançando 356,7 milhões de toneladas, resultado da diminuição de 4,1% na área cultivada, além das adversidades climáticas. No Centro-Oeste, houve redução de 0,8% na área a ser colhida, num total de 1,8 milhão de hectares, e a produção estimada é de 132,2 milhões de toneladas, 5,4% menor que a obtida na safra anterior. Já no Nordeste, a redução está estimada em 13,6% na área a ser colhida, mas com uma estimativa de aumento de 4,6% na produtividade, o que deverá resultar em uma produção de 43,7 milhões de toneladas, 9,7% menor que àquela observada na última safra. Enquanto isso na região Norte, houve redução de 0,9% na área a ser colhida e incremento de 8,9% na produção, totalizando 3,8 milhões de toneladas. Já para a região Sul, há um pequeno aumento de 0,4% na área cultivada, mas com produção total estimada em 31,9 milhões de toneladas, uma redução de 6,6%, em comparação com a safra anterior, devido à diminuição na produtividade.