Pesquisa do Instituto Federal do Tocantins (IFTO) revela que o salário mínimo de um morador de Palmas no mês de agosto deveria ser de R$ 5.116,72. O estudo evidencia que o valor do salário mínimo que atualmente equivale a R$ 1.212,00 não cobre as despesas básicas. Em julho, o estudo apontou que o valor do salário mínimo do palmense deveria ser R$ 5.232,00 ou seja, R$ 116,72 a menos que no mês de agosto.O estudo sobre salário é realizado desde 2019 pelos pesquisadores do câmpus de Palmas, que compõem o Núcleo Aplicado de Estudos e Pesquisas Econômicas (Naepe) e o IFConsulting (Escritório Modelo de Gestão e Negócios - IFTO), mas desde o último mês de julho, os dados também passaram ser analisados com referência ao custo de vida e ao orçamento das famílias residentes na Capital e imediações.O coordenador do projeto. Autenir Carvalho disse, por meio da assessoria de imprensa, que o estudo busca “aferir o custo da cesta básica de alimentos em Palmas, acompanhar a evolução temporal dos preços dos alimentos da cesta básica, estimar o salário mínimo necessário à satisfação das necessidades básicas da família, verificar o número de horas de trabalho necessárias para o trabalhador remunerado por salário-mínimo adquirir a cesta básica de alimentos além de traçar paralelos entre os resultados encontrados e números da conjuntura econômica nacional.”A pesquisa evidencia que no mês de agosto, o trabalhador palmense, com renda de um salário mínimo, precisou cumprir uma jornada de trabalho correspondente à 120h e 12 min.Conforme os pesquisadores, após meses de elevação de preços, os dados registrados durante o mês de agosto deste ano registraram redução em sete dos doze produtos componentes da cesta básica quando comparados ao mês anterior. Os maiores destaques de queda nos itens da cesta básica ficaram por conta do feijão, do óleo de soja, do leite e do tomate.A principal justificativa para a deflação registrada no mês de agosto em Palmas fica por conta da redução dos preços dos combustíveis.Outro fator importante segundo apuração dos pesquisadores, um tanto incomum, que certamente contribuiu para a deflação da cesta básica em Palmas foi a chegada de um novo atacadista no centro da capital. A inauguração do novo estabelecimento ocorreu paralelamente à coleta de preços desta pesquisa.