A Operação Sobre-Era da Polícia Civil, deflagrada nesta quarta-feira, 28, cumpriu mandados de busca e apreensão e um de suspensão do exercício de função pública em cidades de Goiás. As investigações apontam que um servidor da Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) no Tocantins estaria cobrando propina para liberar cargas de bovinos no Estado. As ações da operação correram não estado vizinho, nas cidades de Goiânia e Porangatu, onde o suspeito possui residência. A Polícia Civil informou que o servidor não foi localizado em seus imóveis para o cumprimento do mandado de suspensão. Conforme a apuração da Divisão Especializada de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária, o servidor envolvido seria responsável pela fiscalização do transporte e faria o uso de sua função pública, junto com outros envolvidos, para cobrar valores para a liberação das cargas de bovinos em um posto de fiscalização do Estado. A Polícia Civil não informou qual seria o posto onde ocorriam as liberações indevidas. A Polícia Civil ainda informou que em depoimento, um dos investigados alegou que o gado transportado tinha idade superior ao que estava disposto na guia de trânsito animal, que afetaria a pauta fiscal. Por essa irregularidade, os caminhões com os animais ficavam mantidos no posto. Entretanto, ao invés de realizar os procedimentos padrões, o servidor cobraria a suposta propina.Durante as investigações, conforme a Delegacia Especializada, surgiram nomes de outras pessoas, que também foram alvos das medidas judiciais. Entretanto, a Polícia Civil não divulgou nomes de nenhum dos envolvidos ou valores de prejuízos ou vantagens indevidas adquiridas com as cobranças ilegais. As investigações desse caso devem continuar.Essa operação recebeu o nome Sobre-Era por causa do modus operandi usado para o recebimento da suposta vantagem indevida. Adapec Em nota, a Adapec disse que não tinha conhecimento da ação e também não foi notificada sobre a ocorrência. A Agência ainda informou que devido à gravidade das acusações irá buscar informações detalhadas sobre os fatos. Também alegou que “ não compactua com qualquer situação de fraude e está à disposição para colaborar com as investigações”, escreveu.