Em novembro, as vendas de títulos somaram R$ 1,84 bilhão, o terceiro maior valor mensal do ano e o maior montante para o mês desde a criação do Tesouro Direto, em 2002. Os resgates somaram R$ 715,2 milhões, dos quais R$ 669,1 milhões relativos a recompras (quando o Tesouro recompra títulos em circulação) e R$ 46,0 milhões, aos vencimentos (quando o prazo do papel acaba e o Tesouro paga os investidores).

O número de operações de investimentos no Tesouro Direto bateu recorde em novembro. Segundo dados divulgados hoje (19) pelo Tesouro Nacional, em Brasília, foram realizadas, no mês passado, 181.498 operações no programa, que vende títulos públicos a pessoas físicas pela internet.

Os títulos mais demandados pelos investidores no mês passado foram os corrigidos pela inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que concentraram 58,4% das vendas.

Os papéis vinculados à taxa Selic (juros básicos da economia) representaram 24,2% do total. Os títulos prefixados, com juros definidos no momento da emissão, corresponderam a 17,4%.

Investidores ativos já são 382.559

Os investimentos de menor valor continuaram a liderar a preferência dos aplicadores. As vendas abaixo de R$ 5 mil concentraram 71,9% do volume aplicado no mês. Em novembro, o número de investidores ativos (que efetivamente possuem aplicações) subiu 16.998, alcançando 382.559, alta de 73,4% nos últimos 12 meses.

Com o resultado de novembro, o estoque de títulos públicos aplicados no Tesouro Direto subiu 3,8% em relação a outubro, alcançando R$ 39,6 bilhões. Isso ocorreu porque, em novembro, o Tesouro resgatou R$ 715,1 milhões (soma das recompras e dos vencimentos). A variação do estoque representa a diferença entre as vendas e os resgates, mais o reconhecimento dos juros que incidem sobre os títulos.

O Tesouro Direto foi criado em janeiro de 2002 para popularizar esse tipo de aplicação e permitir que pessoas físicas possam adquirir títulos públicos diretamente do Tesouro, via internet, sem intermediação de agentes financeiros.

O aplicador só tem de pagar uma taxa à corretora responsável pela custódia dos títulos. Mais informações podem ser obtidas no site do Tesouro Direto.

A venda de títulos é uma das formas que o governo tem de captar recursos para pagar dívidas e honrar compromissos. Em troca, o Tesouro Nacional se compromete a devolver o valor com um adicional que pode variar de acordo com a Selic, índices de inflação, câmbio ou uma taxa definida antecipadamente no caso dos papéis prefixados.