O nível de endividamento do palmense aumentou 0,8% em outubro em comparação com o mês passado. Neste mês 70,3% estão endividados. No mês passado esse número representava 69,5%. Em números inteiros, o total de endividados para o outubro é de 57.751 pessoas.Os números fazem parte da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), divulgada nesta quinta-feira, 31, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) em parceria com a Fecomércio Tocantins.Apesar do número de palmenses endividados, 11,3% estão com contas em atraso (9.929 pessoas), 61% se consideram pouco endividados, 8% mais ou menos endividado e 1,2% muito endividado. Os dados apontam que o ranking dos tipos de dívidas mais comuns. As maiores dívidas são, na ordem, cartão de crédito (80,2%), financiamento de carro (24,4%), carnês (18,9%) e financiamento de casa (14,6%).Na pesquisa, a população apontou que 34,5% têm condições de pagar as dívidas totalmente 59,8% parcialmente. 55,4% estão com dívidas com pagamento em atraso de até 30 dias. 42,7% comprometidos com dívidas até um ano. Por fim, 69% responderam que comprometem de 11 a 50% da renda familiar.Para Itelvino Pisoni, presidente da Fecomércio, o porcentual de famílias com contas em atraso condiz com o cenário atual. “Ainda que seja baixo, o porcentual de pessoas que tem dívidas atrasadas deve ser levado em consideração. Mas sabemos que o momento de nossa economia anda delicado, principalmente, pelas diversas mudanças políticas ocorridas nos últimos meses. O Tocantins é um estado onde grande parte dos empregos ainda advém do funcionalismo público. Isso pode ter afetado o orçamento familiar”, disse.Segundo Fabiane Cappellesso, assessora econômica da Fecomércio, essa percepção deve ser mudada. “Os consumidores se consideram pouco endividados, porém quando avaliamos o percentual da renda familiar gasto com dívidas podemos perceber que ele ultrapassa a média de 32%. O consumidor deve se atentar para essa percepção e não ultrapassar seus limites para não se tornar inadimplente”, alerta.