“Será que a Justiça não tem bom senso? Pra saber que eu recebi um cheque de uma pessoa; e isso me torna participante de crime? Estou indignado”, foi assim que o pastor Silas Malafaia através da sua conta no Twitter se defendeu e apresentou sua versão dos fatos. O religioso foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF), na manhã desta sexta-feira (16).

A ação investiga uma fraude na cobrança de royalties e o pastor é suspeito de emprestar contas da instituição dele para ajudar a ocultar o dinheiro. Malafaia foi conduzido coercitivamente para prestar esclarecimentos.

A PF informou ainda que estão sendo realizadas buscas e apreensões em 52 endereços diferentes ligados a suposta organização criminosa em 11 estados e no Distrito Federal.

As ações da PF ocorrem nas seguintes unidades da federação: Bahia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins. Além das buscas, estão sendo realizadas 29 conduções coercitivas, quatro mandados de prisão preventiva e 12 mandados de prisão temporária.

A ação é batizada de "Operação Timóteo", em referência a esta passagem do livro Timóteo, da Bíblia: "Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição, pois o amor ao dinheiro é raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram a si mesmas com muitos sofrimentos".

O objetivo da operação é que com as provas coletadas nesta sexta a PF tenha detalhes na maneira que de como funcionava "um esquema em que um diretor do DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral) com informações privilegiadas a respeito de dívidas de royalties oferecia serviços de dois escritórios de advocacia e de uma empresa de consultoria a municípios com créditos de CFEM (Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais) junto a empresas de exploração mineral.