A Páscoa será celebrada no próximo domingo, 17, e além de ser um momento importante para os cristãos, marca também a tradição de comprar ovos de chocolates para presentear amigos e toda a família. O alto custo dos insumos e matérias-primas interferiu em praticamente todos os produtos e no ramo das doceiras e no setor de alimentação em geral, não foi diferente.O Whyllyan Goetten tem uma empresa especializada em palhas italianas artesanais desde 2015. E sentiu esses reflexos. “Os custos de produção foram extremamente afetados, inclusive até mais que em outros setores, principalmente na parte de laticínios e seus derivados, como leite condensado, margarina, todos esses produtos nessa linha foram extremamente afetados, alguns tendo aumentos de 60 a 80 % de dois anos para cá, com o problema da pandemia. Isso obviamente afeta o preço do produto final, não podia ser diferente, há incremento de salário, mão de obra, a entrega, nos preços dos alugueis”, explicou.A empresa do Whyllyan é voltada para produção em larga escala, mas com características gourmet e artesanal. Mesmo absorvendo os altos custos das matérias-primas, para driblar os entraves da economia tem que ter estratégia. “A gente busca sempre margens de lucros menores, entregando o maior volume para a sociedade. A gente tenta fazer uma venda mais volumosa do que uma doceria artesanal caseira, que tem que colocar uma margem de lucro maior e o produto às vezes acaba saindo mais caro. Não obstante, a gente também não abre mão da qualidade, mantendo as receitas padrões, clássicas”. Ainda segundo o empresário, os custos tiveram um aumento de 40 a 60 %, mas está sendo repassado para os clientes 15 %. “Estamos acreditando no resultado a partir de uma venda mais volumosa”, acrescentou. O empresário conta que o incremento de faturamento que a páscoa traz é sempre bem-vindo, independentemente de ter sido maior ou semelhante aos anos anteriores. E o que não muda de um ano para o outro é a procura dos clientes por tentar manter a tradição. Segundo ele, o chocolate meio amargo ou 50 % cacau, e ainda o brigadeiro tradicional são os mais procurados nesta páscoa. Expectativa de boas vendas Adriana Puertas trabalha no ramo de doces, bolos e confeitaria. Este ano a empresária está apostando nos ovos de colher sob encomenda, barras de chocolates ao leite personalizadas, pirulitos, nas bolachas e pães de mel decorados com símbolos que remetem a páscoa, além de ovinhos e cenourinhas para a criançada brincar de caça aos ovos. “A cada ano a gente inova para que possamos aumentar o nosso faturamento e ficarmos bem satisfeitos nessa venda de páscoa”, declarou.E com os preços dos insumos lá nas alturas, a empresária diz que faz de tudo para não repassar para os clientes. “A cada ano gosto de estar inovando, buscando novas tendências, novos modelos para deixar os nossos clientes satisfeitos, novos recheios, esses gourmetizados que estão usando muito agora. Com o custo alto dos insumos, fica difícil para a gente trabalhar, mas a gente tenta passar qualidade e produtos bons para nosso cliente, eu prezo muito por isso. E a gente tem inovado a cada ano. Subiu tudo, até embalagem, tudo, a gente teve até uma reclamação do nosso público, mas a gente teve que colocar o preço porque se não, a gente não consegue trabalhar com qualidade no valor menor né? Então, a gente faz de tudo para que fique conciliado para todos”, declarou. Aos poucos as famílias e amigos voltam a se reunir e até o domingo de páscoa, os empresários esperam aumentar ainda mais as vendas. “A minha expectativa é vender 50 % a mais que no ano passado porque teve a pandemia, a gente vendeu, mas não foi igual aos outros anos. Esse ano a expectativa é vender muito. Eu produzi bem mais esse ano e quero vender tudo com fé em Deus”, finalizou a empresária. -Imagem (1.2438561)