Os operadores do mercado financeiro aumentaram de 4,85% para 5% a expectativa para o crescimento da economia brasileira em 2021. Há 1 mês, as projeções indicavam alta de 3,52%. As estimativas foram divulgadas no Boletim Focus, do BC (Banco Central). 

O relatório é divulgado semanalmente para acompanhar as perspectivas dos operadores do mercado em relação aos principais indicadores da economia.

A economia brasileira cresceu 1,2% no 1º trimestre de 2021 contra o anterior, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O resultado foi melhor do que o esperado pelo mercado. O PIB do período foi divulgado em 1º de junho, mas os reajustes nas projeções são feitos há 9 semanas consecutivas.

O mercado também aumentou a estimativa para a taxa básica, a Selic, de 6,25% para 6,5% ao ano. O Copom (Comitê de Política Monetária) aumentou de 3,5% para 4,25% ao ano os juros base, e sinalizou que caminhará para a “normalização da taxa básica“. Significa dizer que subirá para o nível neutro de estímulos na economia, próximo de 6,5% ao ano.

O objetivo do BC foi controlar a inflação. As estimativas para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) sobem há 11 semanas consecutivas. No último Focus, a projeção passou de 5,82% para 5,90%.

A meta para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) é de 3,75% neste ano, com o mesmo intervalo de tolerância, de 1,5 ponto percentual para mais e para menos (de 2,25% para 5,25%). O Boletim Focus indica que o percentual ficará acima do teto da meta.

As estimativas para o dólar caíram de R$ 5,18 para R$ 5,10.