Em São Miguel do Tocantins, uma ação de fiscalização e combate à industrialização e comércio clandestino de produtos lácteos terminou com a apreensão de 1,7 mil litros de leite e 152 kg de queijos. A operação realizada nesta quinta-feira, 17, ocorreu após denúncias anônimas sobre atividades ilegais à Agência de Defesa Agropecuária (Adapec). Além disso, os proprietários das duas queijarias clandestinas receberam uma multa de R$ 7 mil, cada um, já que eram reincidentes no descumprimento da legislação. Os locais fiscalizados pela Adapec haviam sido interditados em 2016 e 2017 e não se regularizaram. Segundo a Adapec, nas denúncias recebidas a informação era que os proprietários das queijarias fiscalizadas continuavam produzindo alimentos de forma clandestina e comercializando em estabelecimentos da região e também em Imperatriz (MA).Esses locais ainda não tinham registro de nenhum órgão de inspeção oficial. Os locais foram interditados. Apreensões Nesta quinta, as equipes da Adapec se deslocaram até as queijarias para as autuações dos responsáveis. No primeiro estabelecimentos, o proprietário disse não possuía registro de inspeção e os rótulos utilizados estavam sem identificação de local de produção e não tinham selo de inspeção.Além disso, apesar de haver investimentos em equipamentos realizados desde a interdição passada, o local não tinha máquina de pasteurização. A produção era realizada com o uso de bomba não sanitária em contato direto com a matéria-prima, que utilizava utensílios de madeira na sala de produção. Conforme a Adapec ainda, o local não possuía controle integrado de pragas e, por isso, ficou constatado a presença de moscas dentro e fora da sala de produção e, inclusive, dentro do leite pronto para processamento no tanque de fabricação. Já na segunda propriedade fiscalizada, ficou identificado indícios de produção de queijo em condições precárias de higiene. Não havia queijos em processo de produção ou acabados no momento da fiscalização, entretanto, o proprietário disse que a produção era realizada diariamente e os produtos do dia anterior tinham sido vendidos no Maranhão. Esse segundo estabelecimento era uma construção rudimentar, segundo a Adapec, com equipamentos não compatíveis com a produção de queijos. O local utilizava utensílios de madeira, sal armazenado precariamente, além de ser observada a falta de higiene geral e o mal cheiro. Na queijaria também não era realizado qualquer tipo de seleção e análise do leite ou procedimentos operacionais básicos e obrigatórios para fabricação do produto. Esse estabelecimento não tem registro nos órgãos competentes de fiscalização e inspeção de produtos de origem animal. -Imagem (1.2121371)-Imagem (1.2121370)