Apesar de uma pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) apontar que os comerciantes brasileiros oferecem  22,1 mil vagas de trabalho temporário nas vésperas do Dia das Mães, comemorado no próximo domingo, 12, a realidade em Palmas, relatada pelos lojistas, é outra.

O comerciante Alfredo Souza Oliveira, que há nove anos tem uma loja de bijuterias na Avenida JK, centro de Palmas, diz que há dois anos contratou dois funcionários temporários para o dia das mães, porém neste ano a ideia não vai se repetir. “Não há necessidade de contratação porque a movimentação no comércio não está tão intensa, as pessoas estão sem emprego e isso reduz as compras. Não estamos otimistas para o dia das mães, porque o comércio já deveria ter reagido à data, estamos na véspera. Até o meu estoque foi menos esse ano, porém, ainda assim acredito que as vendas vão aumentar, mas deve ser pouco, em torno de uns 10%”, completa.

A responsável por uma loja de roupas no centro da cidade, Rebeca da Silva Freitas, afirma que a loja tem 19 funcionários e também não vê a necessidade de contratar mais pessoas, isso porque o movimento não está efetivamente grande para a data. “O movimento até agora não apresentou grandes mudanças para o Dia das Mães, mas a nossa esperança é que cresça de hoje para amanhã, mas ainda assim não vemos a necessidade de expandir o quadro de colaboradores, até mesmo porque é um período curto de aumento das vendas”.

CDL

Em contrapartida à realidade dos comerciantes, a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Palmas estima que na Capital, as vendas de Dia das Mães tenham um acréscimo em torno de 15% em relação ao mesmo período do ano passado. “Esperamos que para 2019, as vendas sigam o ritmo de crescimento que estamos notando na nossa cidade desde o início do ano. Apesar de lenta, a recuperação econômica em todo o país já é uma realidade e as intenções de compra no Dia das Mães devem aquecer o comércio”, afirma Silvan Portilho, presidente da CDL Palmas.

Na região norte de Palmas, o desânimo se repete. O proprietário de uma sapataria Daniel Almeida Rocha relata que no ano passado houve de duas funcionárias para as vendas do Dia das Mães, mas segundo ele, neste ano não valeu a pena porque o comércio está fraco, mais do em 2018 e por isso não está otimista com a data, mesmo ela sendo considerada uma das melhores para os lojistas. “O dia das mães é nosso segundo Natal e neste ano as vendas não estão boas. Porém, esperamos que cresça no mínimo uns 15% até domingo, mas o comércio já deveria está mais movimentado”, observa.