O Líbano recebeu uma ordem de prisão da Interpol contra Carlos Ghosn. "O Ministério Público (...) recebeu um aviso vermelho da Interpol sobre o arquivo Carlos Ghosn", disse Albert Sarhane, citado pela agência de notícias oficial ANI. Mais cedo, as autoridades da Turquia já haviam prendido sete pessoas suspeitas de ajudar o ex-CEO da aliança Renault-Nissan a chegar ao Líbano a partir de Istambul, após sua fuga do Japão, onde seria julgado.

De acordo com a agência de notícias DHA, entre os detidos estão quatro pilotos suspeitos de auxiliar Ghosn a viajar ao Líbano a partir de um aeroporto em Istambul, onde ele chegou em um voo procedente do Japão. O ministério do Interior iniciou uma investigação para determinar as condições nas quais o empresário brasileiro conseguiu transitar pela capital econômica da Turquia, informou o canal NTV.

A fuga de Ghosn do Japão, onde o executivo foi acusado de fraude financeira e estava sob detenção domiciliar após passar 130 dias na prisão, representou uma mudança espetacular no caso, que envolve um dos principais executivos da indústria automobilística.

A suspeita é de que Ghosn tenha embarcado em um jato privado no aeroporto de Kansai. Um avião deste tipo decolou em 29 de dezembro às 23h (horário do Japão) com destino a Istambul, segundo a imprensa japonesa.

O jornal turco Hürriyet informou que Ghosn pousou no aeroporto Ataturk, atualmente fechado para voos comerciais, mas ainda utilizado por aeronaves privadas. Dali, ele teria partido para o Líbano pouco tempo depois, em outro jato.