A falta de trabalhador e alto custo de matéria-prima são dificuldades e preocupação para o setor industrial. Uma pesquisa realizada pela Industrial da Federação das Indústrias do Estado do Tocantins (Fieto), mostrou que o Tocantins registrou uma queda no cenário financeiro do 1º trimestre deste ano em relação aos anteriores. Conforme a Fieto, a pesquisa apontou que o índice de contratações atingiu 50 pontos em março e tem se mantido estável mesmo com a queda. Ficando em 46,8 pontos. A técnica em pesquisa da Fieto, Gleicilene Cruz, explicou ao JTo que no Tocantins uma das maiores dificuldades relatadas pelos empresários foi o alto custo de matéria-prima no setor industrial e o financiamento. Leia também: Início do período quente e seco acende alerta para queimadas no Tocantins Estudo comprova que não há circulação do vírus da febre aftosa no Tocantins, diz Adapec“A falta e alto custo são um entrave que voltou a preocupar a indústria, que, diferente do período da pandemia da Covid-19, estava mais atrelada à escassez. Neste período, notamos que está mais relacionada ao preço desses insumos, seja pela carga tributária e logística de transportes”, pontua Gleicilene. Os números divulgados pelo Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), indicam que para os empresários tanto a conjuntura econômica brasileira quanto a situação de seus próprios negócios estão mais desfavoráveis que nos seis meses anteriores.Gleicilene Cruz ressalta que a dificuldade do acesso ao crédito se tornou também um problema estrutural na indústria. Devido, às taxas de juros elevadas, e o processo burocrático que o empresário encontra ao buscá-lo. “Alguns empresários dependem de empréstimos bancários para investir em seus negócios e a dificuldade no acesso ao crédito acaba limitando esses investimentos, reduzindo a intenção do segmento de investir em seus negócios pela taxa de juros mais elevada. Como vivenciado nos últimos anos, motivo que pode explicar a cautela do empresário nesse período” explica a técnica em pesquisa. Os empresários apresentaram a insatisfação no cenário financeiro do 1º trimestre deste ano com os últimos seis meses, no aumento da falta de trabalhador qualificado, de acordo divulgado pela Fieto. Conforme a técnica em pesquisa, a falta do trabalhador qualificado ou o alto custo pode ser explicada pela dinâmica do mercado de trabalho, que se mostra aquecido como nos noticiários, com listas enormes de vagas de emprego em aberto. “É mesmo assim, é um entrave que se mostrou sensível ao empresário do estado, mas, ao mesmo tempo, se destacando no cenário nacional. E o segundo, em razão do que já foi mencionado anteriormente na primeira questão”. A técnica ainda explica que os setores que participam da pesquisa são diversos, desde alimentação até o setor de confecção. Por isso, são vários motivos que podem ter influenciado para o empresário ter demonstrado insatisfação na alta carga tributária e o custo da logística, problemas também apontados na pesquisa.