-Imagem (1.1999026)Quando se compra um veículo ou imóvel, tem sempre um corretor a postos para oferecer uma apólice de seguro. Apesar das vantagens oferecidas, o valor nem sempre é convidativo, e o consumidor opta por não fazer o seguro. Mas quem atua no ramo garante que é possível ter uma boa cobertura por preço razoavelmente acessível.“O seguro é barato. No caso dos automóveis que são os mais procurados, o valor não chega a ser 2% do valor do veículo. Já o seguro de imóveis o valor simbólico. É algo que as pessoas adquirem e que vai proteger seu patrimônio e o custo é muito pouco pelos benefícios oferecidos”, afirma o presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros no Estado do Tocantins (Sincor-TO), Antônio Carlos Rocha.Rocha informa que existe para todas as localidades, um mapeamento quanto aos riscos, e no caso do Tocantins, os valores no geral são mais baixos que os praticados nos grandes centros urbanos. O seguro de veículo normalmente cobrem sinistros como incêndios, inundações, quedas de árvores, roubos, batidas, danos a terceiros e passageiros, além de assistência 24 horas, entre outros. No caso do seguro residencial a cobertura se estende a danos causados por roubos ou furtos, incêndios, quedas de raios, alagamentos, entre outros.Para contratar um seguro, Rocha recomenda procurar um corretor de seguros. “Até porque o seguro é complexo, tem muita informação que o cliente vai ter dificuldade de compreender. Então o corretor faz essa intermediação entre a seguradora e segurado, colocando-o em pé de igualdade com a seguradora, ele vai estar sempre do lado do cliente e faz o seguro na medida certa para cada cliente”, assegura Rocha.Seguradora x CooperativasO presidente do Sincor-TO faz um alerta quanto à contratação do seguro. “Hoje tem muitas cooperativas atuando no mercado, mas elas não têm reserva técnica, não têm órgão fiscalizador, e quando você associa como seguro na busca por um preço melhor está correndo risco, porque as despesas são divididas entre os associados. Então num caso de um sinistro se ela tiver caixa ela paga, se não paga quando puder. A gente tem uma parcela da sociedade em busca de preço melhor mas não olha qualidade. Enquanto não está precisando, está tudo certo, mas no dia que precisa, nem sempre tem o resultado. Tem muita gente comprando gato por lebre”, alerta Rocha.Entretanto, o advogado e presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) - Seccional Tocantins, Thomas Jefferson, ressalta que pelo fato das cooperativas oferecerem valores mais acessíveis, elas vêm crescendo no mercado e muitas estão bem estruturadas. “Tanto na seguradora quanto na cooperativa, o consumidor vai estar amparado pelo Código de Defesa do Consumidor. Mas primeiro o consumidor tem que entender o que é uma cooperativa e o que é uma seguradora. Hoje as cooperativas estão crescendo muito devido aos valores mais flexíveis, mas é muito bom pesquisar, ver se realmente compensa, se existem processos contra ela”, ressalta.Jefferson ressalta que é válido sim fazer uma apólice e orienta que o consumidor realize uma boa pesquisa antes de contratar um seguro. “Sempre que alguém tiver em mente contratar um seguro primeiro tem que pesquisar a confiabilidade daquele seguro, se de fato é um seguro que tem respaldo, pesquisar a vida da seguradora, para ver se compensa. Ler o contrato atentamente, ver se de fato, o que ele está querendo está coberto por aquela apólice. E procurar os órgãos de proteção, um advogado de confiança, para que não firme um contrato sem estar 100% seguro, as cláusulas têm que ser muito claras, de fácil interpretação, para não correr o risco de algo que seria vantajoso, causar transtornos”, pondera.Experiência positivaEm fevereiro do ano passado, o empresário Felipe Mário Aguiar teve que acionar o seguro quando o motor do seu carro ficou danificado após ser surpreendido por uma forte enxurrada enquanto trafegava pela Avenida Teotônio Segurado, na altura do cruzamento com a LO-03. “Foi realmente uma surpresa, não é muito típico numa cidade planejada como Palmas, no centro da cidade. Aí ocorreu que houve esse alagamento, eu fui pego de surpresa como vários motoristas na Teotônio, praticamente em frente à Praça dos Girassóis. Não tive como sair dele, não desliguei o veículo e o motor acabou sugando muita água e acabou que perdi o motor do veículo e houve danos na parte elétrica”, conta o empresário, lembrando que no local haviam ao menos 20 veículos na mesma situação.O empresário paga um seguro de R$ 3,5 mil anual e seu veículo é avaliado em torno de R$ 120 mil. O prejuízo foi em torno de R$ 70 mil; só o motor foi R$ 60 mil. “Mas foi uma experiência muito tranquila, recomendo para quem tem carro de alto valor, porque os reparos seriam muito caros. Basicamente se eu não tivesse seguro, meu carro teria que mandar para o ferro velho, porque o motor é mais de 50% do valor dele”, ressalta o empresário que antes de contratar o seguro pesquisou bastante. “Entre as várias cotações que fiz, só três seguradoras cobriam esse tipo de dano. É uma coisa que você não espera mas pode acontecer”, conclui.-Imagem (1.1999015)