O CNTRC (Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas) convocou caminhoneiros de todo o país para uma paralisação a partir de 25 de julho.

O presidente do conselho, Plínio Dias, disse ao jornal Folha de S.Paulo que a categoria está se mobilizando neste mês para uma greve por tempo indeterminado.

"Os caminhoneiros já estão se mobilizando pois os combustíveis estão levando 70% dos fretes e o presidente da Petrobras não fez nada ainda pra acabar com esse PPI [Política de Preço de Paridade de Importação] para baixar os combustíveis", afirmou.

A data foi escolhida por ser o dia de São Cristóvão, padroeiro da categoria.

Em nota divulgada na quinta-feira (17), a entidade, que diz representar sindicatos, associações e cooperativas de caminhoneiros em mais de 20 estados brasileiros, critica a política de preços praticada pela Petrobras.

"O CNTRC lembra que os reajustes nos preços dos combustíveis promovidos pela Petrobras, sem explicações adequadas, ferem inclusive determinações do CDC (Código de Defesa do Consumidor)", diz em nota. "Simplesmente aumentam os preços e nos apresentam a conta".

A entidade também reclama na nota de que não tem tido interlocução com o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, e com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

"Publicamos então carta aberta ao Presidente da República Jair Messias Bolsonaro mostrando nossos problemas (e do povo brasileiro) sem qualquer resposta até o momento".

Em entrevista ao UOL na quarta-feira (16), o presidente da Abrava (Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores), Wallace Landim, mais conhecido como "Chorão", também afirmou que há possibilidade de uma nova paralisação de caminhoneiros.

Uma greve convocada por entidades da categoria, incluindo a CNTRC, para 1º de fevereiro deste ano não decolou. Diferentemente da mobilização de 2018, que paralisou o país, praticamente não houve bloqueios de estradas.