Entre 2016 e 2017, o Tocantins aumentou em mais de 100% (de 25 para 57) o número de residências com geração distribuída de energia elétrica segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Atualmente, a produção fotovoltaica é a mais comum dessas tecnologias. Ela produz energia diretamente da luz solar e compartilha essa produção com a rede de fornecimento da concessionária de distribuição.

A alternativa tem atraído pessoas que buscam economia na conta, como explica Alex Vilarindo, engenheiro eletricista que desenvolve projetos para o uso residencial de geração distribuída de energia fotovoltaica. “Por ser um sistema conectado a rede elétrica, ele compartilha a produção excedente com os demais consumidores e recebe energia da rede durante a noite, por exemplo, quando a produção cessa”. Segundo o engenheiro, o preço médio de elaboração e implantação de um projeto para atender uma casa que consome cerca de 657 quilowatt-hora (kWh) por mês é de R$ 20 a R$ 30 mil reais. “Uma conta que custa em média R$ 500 reais por mês, será completamente atendida com esse sistema”, contou.

Ainda segundo o engenheiro, o sistema é sustentável e tem longa vida útil. “Em cerca de cinco anos o investimento inicial para a instalação é recuperado. Já os equipamentos possuem garantia de fábrica de 25 anos em média”, contou, lembrando que o Tocantins possui grande potencial nessa área. “O nosso Estado tem todas as condições propícias para a produção de energia. Temos sol praticamente o ano inteiro.”, explicou.

Consumo inteligente

Marcus André Oliveira, que também é engenheiro eletricista e professor do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Tocantins (IFTO), instalou um sistema fotovoltaico de geração distribuída em sua residência. Segundo o engenheiro, o constante consumo de energia sempre o deixou incomodado. “A instalação do sistema fez com que eu zerasse a minha conta. Em outras palavras, a minha produção e o meu consumo hoje estão equilibrados”, contou.

O engenheiro ainda lembrou que a manutenção é quase inexistente. “A única coisa a que se precisa sempre observar é a fixação e a limpeza das placas, pois isso pode diminuir a quantidade de luz recebida pelo aparelho”, explicou

Mas Oliveira não parou por aí. O engenheiro está trabalhando em um projeto de sua autoria que monitora e controla o consumo, para que o uso da energia seja, além de renovável, inteligente. “Eu pensei em desenvolver uma forma de gerir melhor o uso do recurso. Então comecei a produzir um aparelho que monitora o consumo”, contou Oliveira que tem objetivos ainda mais ambiciosos. “Esse dispositivo, que é conectado a internet, trará no futuro a possibilidade de controlar os utensílios elétricos à distância, tudo através de um aplicativo. Assim muito desperdício poderá ser evitado”.