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Dólar abre em queda em dia de leilão de US$ 1,5 bilhão pelo Banco Central

Leilão foi realizado entre 9h30 e 9h35, no que foi a segunda intervenção do câmbio desde o início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

Folhapress

Modificado em 31/08/2024, 11:30

Dólar abre em queda em dia de leilão de US$ 1,5 bilhão pelo Banco Central

(Valter Campanato/Agência Brasil/Arquivo)

O dólar tinha alta nesta sexta-feira (30) após o leilão de até US$ 1,5 bilhão no mercado à vista do BC (Banco Central).

Às 9h51, a moeda avançava 0,16%, a R$ 5,630, depois de ter iniciado o dia com recuos de 0,81%. O leilão foi realizado entre 9h30 e 9h35, no que foi a segunda intervenção do câmbio desde o início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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A medida foi anunciada na noite de quinta-feira, após o dólar fechar em forte alta de 1,18%, a R$ 5,621, e a Bolsa recuar 0,95%, aos 136.041 pontos.

Ao atuar no mercado à vista, a autoridade monetária vende reservas internacionais, sem compromisso de recompra, e o dinheiro é injetado no mercado. Essa foi uma alternativa mais recorrente no governo de Fernando Henrique Cardoso, durante o câmbio fixo.

Segundo o BC, cada intermediário poderia ter envia do até três propostas contendo volume pretendido e o diferencial, com até seis casas decimais, a ser adicionado ou diminuído da taxa de câmbio de venda do boletim de fechamento da Ptax do dia do leilão.

Calculada pelo BC com base nas cotações do mercado à vista, a Ptax é uma taxa de câmbio que serve de referência para a liquidação de contratos futuros. Com isso, agentes financeiros fecham contratos de câmbio já para o próximo mês, o que, por conta de incertezas do cenário doméstico e internacional, pode fazer com que a cotação do dólar suba.

Segundo um agente do mercado financeiro, o leilão atenderá ao rebalanceamento de um dos principais índices de referência para investidores que aplicam em bolsas de valores internacionais, chamado MSCI (sigla para Morgan Stanley Capital International).

Com a mudança, os investidores precisarão reduzir suas posições no Brasil e enviar recursos ao exterior, o que poderia gerar um repique na cotação do dólar devido a uma maior demanda pela moeda norte-americana. A expectativa é de saída entre US$ 1 bilhão e US$ 1,5 bilhão nesta sexta.

Na primeira intervenção no câmbio sob o governo Lula, em abril, o BC realizou um leilão adicional de 20 mil contratos de swap cambial tradicional, atuando no mercado futuro. Foram vendidos todos contratos ofertados ---o equivalente a US$ 1 bilhão---, sendo 16 mil com vencimento em 1º de abril de 2025 e outros 4 mil com vencimento em 2 de janeiro de 2025.

Na última quarta-feira (28), o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse que a instituição chegou muito perto de fazer uma intervenção no câmbio. Na ocasião, acrescentou que a autoridade monetária ainda poderia atuar se preciso. "O Banco Central está com o dedo no gatilho", afirmou.

O anúncio da operação de câmbio foi feito um dia depois da indicação de Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária, para o comando do BC. Ele é o responsável pela definição da atuação da autoridade monetária no mercado de câmbio.

O dólar atingiu seu maior patamar do ano na sessão de 5 de agosto, quando fechou cotado a R$ 5,739, chegando a bater R$ 5,865 na máxima do dia. O principal catalisador foram temores de uma possível recessão na economia dos Estados Unidos, após dados fracos de emprego terem causado pânico mundial nos mercados.

A alta de quinta-feira teve de pano de fundo a consolidação de expectativas de cortes menores nos juros nos Estados Unidos.

O PIB (Produto Interno Bruto) anualizado dos EUA cresceu 3% no segundo trimestre, superando a estimativa inicial de 2,8% apresentada na primeira leitura preliminar. Economistas consultados pela Reuters previam que não haveria revisão.

O dado acelerou em relação ao 1,4% registrado no primeiro trimestre, afastando ainda mais os temores de que uma desaceleração acentuada estaria em curso na maior economia do mundo.

Ao mesmo tempo, o número de pedidos iniciais de auxílio-desemprego recuaram na semana encerrada em 24 de agosto para 231.000, ante 233.000 da semana anterior e abaixo das estimativas de 232.000 pedidos.

A leitura é que a economia continua forte e que o mercado de trabalho, apesar de apresentar sinais leves de resfriamento, está mais resiliência do que o especulado no começo do mês.

O ritmo da atividade americana impacta na tomada de decisões do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA). Na análise de Fábio Murad, sócio da Ipê Avaliações, o resultado sugere que a política monetária implementada pela autarquia tem sido eficaz no controle inflacionário sem comprometer o crescimento econômico de forma significativa.

O presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou na semana passada que "chegou a hora" de cortar os juros, atualmente na faixa de 5,25% e 5,50%, para não enfraquecer a economia americana. A dúvida, agora, é sobre o tamanho das reduções: se mais agressiva, de 0,50 ponto percentual, ou gradual, a começar com um corte de 0,25 ponto.

"Com uma economia ainda aquecida, é mais provável que o Fed mantenha uma abordagem cautelosa, optando por cortes menores de 0,25 ponto percentual, para garantir que a inflação continue sob controle", diz Murad.

"Para o Brasil e outros mercados emergentes, isso pode implicar em um fluxo de capital internacional mais moderado do que se houvesse cortes mais agressivos nos juros americanos."

A perspectiva de um afrouxamento gradual elevou os rendimentos dos Treasuries, os títulos do Tesouro norte-americano, o que tornou o dólar mais atraente no exterior.

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Moeda de R$ 5 é lançada em comemoração aos 200 anos da Constituição de 1824; veja detalhes

Destinadas a colecionadores, moedas de prata serão vendidas por R$ 440

Modificado em 03/08/2024, 01:26

Venda será feita exclusivamente pelo site Clube da Medalha

Venda será feita exclusivamente pelo site Clube da Medalha (Divulgação/Banco Central)

Os colecionadores poderão comprar, a partir de quinta-feira (11), uma moeda de prata em comemoração aos 200 anos da primeira Constituição brasileira. Produzida em prata, a peça terá valor de face de R$ 5, mas será vendida por R$ 440. A informação foi divulgada pelo site Agência Brasil.

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Conforme divulgado, a venda será feita exclusivamente pelo site Clube da Medalha, mantido pela Casa da Moeda. Segundo o Banco Central (BC), inicialmente serão produzidas 3 mil unidades. Dependendo do sucesso, o número poderá subir para até 10 mil peças.

"O anverso (frente) da moeda apresenta o livro da primeira Constituição brasileira aberto com as páginas retratadas em cor sépia, que representa a passagem do tempo. A pena estilizada e o texto manuscrito remetem à forma como o livro, há 200 anos, foi redigido. Essa é a primeira vez que o recurso da cor é utilizado em uma moeda de prata no Brasil", ressalta o site.

O reverso (parte de trás) mostra o prédio do Congresso Nacional, símbolo do Poder Legislativo. O conjunto arquitetônico do Congresso, composto por duas cúpulas, uma voltada para cima e outra para baixo, representa o Poder Legislativo bicameral, modelo proposto já na primeira Carta Magna do Brasil, com as duas Câmaras, de deputados e de senadores, que formavam a Assembleia Geral.

A moeda comemorativa foi lançada em evento no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, num evento com a presença de representantes do BC, da Casa da Moeda e da Câmara.

Constituição outorgada

A Constituição de 1824 foi outorgada pelo imperador Dom Pedro I, em meio à falta de acordo na Assembleia Constituinte do ano anterior. Essa foi a Constituição mais longeva da história do Brasil, durante 65 anos.

Ao outorgar a Constituição, o monarca impôs sua vontade e estabeleceu quatro Poderes: Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador, representado pelo próprio imperador e acima dos demais Poderes. Com atribuições diversas e amplos poderes ao imperador, a Constituição estabeleceu uma monarquia hereditária.

Apesar de traços que ficaram ultrapassados, como a monarquia, a Constituição de 1824 estabeleceu legados que perduram até hoje na administração pública brasileira. O texto estabeleceu o Poder Legislativo bicameral, com a coexistência da Câmara dos Deputados e do Senado. No Poder Judiciário, criou o Supremo Tribunal de Justiça, que mudou de nome e atualmente se chama Supremo Tribunal Federal.

Durante o evento de lançamento, o diretor de Administração do Banco Central, Rodrigo Alves Teixeira, disse que a moeda comemorativa representa uma contribuição para que a lembrança da primeira Constituição se torne "perene" na memória nacional.

"O Banco Central está lançando hoje uma moeda comemorativa, homenageando, ao mesmo tempo, as duas câmaras do Poder Legislativo e o texto legal que os deu origem. Presente e passado se encontram nessa moeda, que, de um lado, mostra o Palácio do Congresso Nacional, símbolo do Poder Legislativo; e, de outro, o livro aberto da primeira Constituição, com a pena, como foi escrito 200 anos atrás", afirmou.

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Dólar recua e Bolsa oscila com mercado à espera de novos dados de inflação

Em mais um dia de agenda esvaziada, o mercado segue em compasso de espera antes de novos dados de inflação. Na manhã desta quarta-feira (10), a Bolsa brasileira rondava a estabilidade, seguindo um cenário misto nos Estados Unidos, enquanto o dólar recuava

Modificado em 23/03/2024, 01:02

Dólar recua e Bolsa oscila com mercado à espera de novos dados de inflação

(Marcelo Casal Jr/ Agência Brasil )

"Investidores permanecem atentos a condução da política monetária americana. Hoje à tarde, o presidente do Federal Reserve de Nova York discursará, enquanto amanhã serão divulgados os tão esperados dados de inflação dos EUA", diz Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos.

Os novos números devem ajudar investidores a alinhar apostas sobre os próximos passos da política de juros americana. A atual projeção do mercado é que cortes nas taxas devem começar a ocorrer em março, mas dados recentes de emprego e sinalizações mais conservadoras de membros do Fed (Federal Reserve, o banco central americano) trouxeram dúvidas.

Também para quinta (11), está prevista a divulgação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), o principal índice de inflação do Brasil.
Às 10h33, o Ibovespa oscilava 0,06%, praticamente estável aos 131.538 pontos, enquanto o dólar caía 0,51%, cotado a R$ 4,881.

Economistas consultados pela Reuters previram que a inflação mensal brasileira provavelmente acelerou em dezembro devido ao aumento dos custos dos produtos agrícolas e das passagens aéreas, mas a taxa anual deve ter permanecido próxima da limite superior da meta.

O IPCA deve ter subido 0,48% em dezembro, em comparação com aumento de 0,28% em novembro, de acordo com a mediana das estimativas de 23 economistas entrevistados de 3 a 9 de janeiro.

No entanto, a inflação em 12 meses é estimada em 4,54%, abaixo dos 4,68% de novembro e dentro do limite superior da meta, cujo centro é de 3,25% para 2023, com margem de tolerância de 1,50 ponto percentual para mais ou para menos. Os dados serão publicados na quinta-feira.

"A gente está discutindo uma inflação que será um pouco mais alta, mas é muito mais por conta do preço de alimentos, e não por algum desenvolvimento negativo nos componentes do núcleo da inflação", disse Matheus Pizzani, economista da CM Capital.

"Então isso traz uma perspectiva mais positiva para a condução da política monetária aqui dentro, e traz mais estabilidade macroeconômica também, então isso gera esse movimento mais otimista com relação ao nosso câmbio também", acrescentou ele.

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Dólar bate R$ 5,69 e vai ao maior patamar desde abril

Ibovespa fecha em baixa de 0,58%, aos 106.759,92 pontos

Modificado em 23/03/2024, 22:54

Dólar bate R$ 5,69 e vai ao maior patamar desde abril

(Arquivo / ABr)

O dólar comercial fechou aos R$ 5,69, depois de subir 0,34% nesta 3ª feira (14.dez.2021). Esse é o maior valor para a moeda norte-americana desde 13 de abril de 2021, quando chegou a R$ 5,72.

Os investidores repercutem os sinais de que o Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos) vai subir os juros norte-americanos.

Com a subida do juro, os títulos de dívida do governo dos EUA passam a render mais, e com baixo risco. O movimento impulsiona a retirada de dinheiro de países emergentes, como o Brasil, e faz a moeda local perder valor.

Com o resultado desta 3ª, o dólar acumula alta de 1% no mês. Em 2021, o avanço é de 9,76% frente ao real.

O câmbio chegou a máxima de R$ 5,70 nesta 2ª feira. Na mínima, chegou a custar R$ 5,64.

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Cooperativas do MST começam captação no mercado financeiro

A ideia é captar R$ 17,5 milhões por meio da emissão de certificados de recebíveis do agronegócio (CRA), instrumento utilizado nos últimos anos por grandes produtores

Modificado em 24/03/2024, 04:04

Cooperativas do MST começam captação no mercado financeiro

(Divulgação / MST)

Sete cooperativas ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra começam nesta terça-feira (27) o processo de captação de recursos no mercado de capitais para o financiamento da produção.

A ideia é captar R$ 17,5 milhões por meio da emissão de certificados de recebíveis do agronegócio (CRA), instrumento utilizado nos últimos anos por grandes produtores e companhias do setor para financiar a produção.

Os investidores poderão fazer a reserva dos papéis desta terça-feira (27) até 13 de agosto. Os organizadores da iniciativa participarão de live com o economista Eduardo Moreira às 20h. Para acompanhá-la é necessário se cadastrar no site www.finapop.com.br.

As sete cooperativas estão localizadas nos estados de Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul e produzem leite, milho, arroz, soja, açúcar mascavo e suco de uva.

Os títulos serão comercializados pela corretora Terra Investimentos, com o valor de R$ 100 cada e uma remuneração pré-fixada de 5,5% ao ano.