A pandemia provocou a maior queda trimestral na população ocupada do agronegócio. O número de trabalhadores caiu para 16,73 milhões no período de abril a junho, 6,9% menos do que no primeiro trimestre do ano.Em relação ao segundo trimestre de 2019, a queda foi maior ainda, com recuo de 8,9%. A população ocupada foi reduzida em 1,6 milhão de postos no período.Os dados são do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), com base em informações da PNAD-Contínua e da Rais (Relação Anual de Informações Sociais).A população ocupada no setor vem caindo sistematicamente, mas o ritmo do segundo trimestre deste ano foi bastante acentuado, segundo os analistas da entidade.Em 2012, no período de abril a junho, a força de trabalho no setor era de 19,7 milhões. Neste ano, está em 16,7 milhões.Com os novos números, a população ocupada do agronegócio representa 20% da do país. Os dados englobam as atividades na agropecuária, na agroindústria, no agrosserviço e no setor de insumos.As quedas mais acentuadas, somando 10%, ocorreram nas áreas de agroindústria e de agrosserviço. A agropecuária teve redução de 7,4%, e os insumos, de 4,3%.Os trabalhadores informais foram os mais vulneráveis nessa crise, segundo o Cepea. Os sem carteira assinada tiveram uma redução de 22% nas vagas de trabalho.Quanto aos rendimentos, os empregadores lideraram as perdas, com queda de 8,8%, e os trabalhadores que atuam por conta própria ficaram com uma renda 7,4% menor. Já os empregados tiveram ganho real de 5,3%.