O consumidor palmense está na expectativa de ver os preços subirem acompanhando o aumento do salário mínimo de R$ 998,00 para R$ 1.039,00. Alguns dizem que os preços estão subindo mesmo antes do salário aumentar, outros acreditam que alguns itens estão com preços estáveis e outros estão em alta. Por causa disso, colocam em prática a boa e velha pesquisa de preços para tentar economizar nas compras.O monitor de lanchonete, Matheus Batista, antes de sair às compras fez uma pesquisa em alguns supermercados até se decidir pelo local com preços mais baixos. “O aumento do salário mínimo é sempre bom, mas a quantidade de aumento foi pouca, mas é sempre bom ter o aumento, apesar de pouco já ajuda. Entretanto, a gente já percebe que até mesmo antes do aumento os preços já estavam subindo. O arroz que vou comprar mesmo estava R$ 1,00 mais barato nos meses anteriores”, destaca.Já a microempreendedora Daiane Reis não viu tanta diferença nos preços ainda, mas acredita que os preços tendem a aumentar para equilibrar a economia. “Até aqui estou achando os preços razoáveis em relação aos outros meses, não estou achando tanta diferença. E acredito que até para que economia se estabeleça no mercado é normal esse aumento. Aumenta o salário, consequentemente, aumenta alguns itens da cesta básica, mas até aqui ainda não senti diferença”, reforça.Ao contrário do chacareiro Luzimar Pereira Ramos que vem sentindo no bolso a alta dos preços. “Já estão um absurdo, já aumentou muito os preços. Quando aumenta o salário, aumenta tudo, gasolina, alimento. Já senti que vou pagar um pouco mais quando chegar no caixa”, diz Ramos acrescentando que achou o preço do feijão um pouco mais salgado.Cenário atualO economista Claudiney Leal acredita que o aumento do salário mínimo não impactará muito nos preços. Segundo ele, os preços dos produtos sofrem impacto devido às condições climáticas e ao lapso de tempo entre à produção e à colheita. “O cenário é o mesmo de todos os anos. No final do ano começa o plantio de novos grãos e o estoque vai baixando. Então o lapso de tempo da produção ao processamento até a venda, influencia nos preços. O arroz aumenta, o feijão aumenta”, destaca.Sobre as condições climáticas, o economista destaca que o excesso de chuva ou a falta dela impacta diretamente nos preços. “Pode impactar diretamente no preço do tomate, dos hortifrutis como um todo. Se chover muito, pode haver perda na produção, ou danifica as estradas e o caminhão não consegue chegar para buscar o produto. Os preços não estáticos, variam por uma série de fatores, o que é negativo para nós consumidores em termos de preço, mas a médio e longo prazo, os preços tendem a normalizar”, complementa.Leal destaca ainda que uma simples decisão do produtor também influencia nos preços. “Se o produtor de cana-de-açúcar optar por produzir etanol, o açúcar vai aumentar. Hoje a carne está tendo uma demanda externa maior e a tendência é continuar, então pode ser que o preço anterior não volte, a menos que o produtor consiga aumentar sua produção para atender o mercado interno também”, pondera.A dica do economista é pesquisar sempre. “A dona de casa já sabe bem quais são os produtos da estação, já sabe onde encontrar os produtos e quando acha cara substitui por outro similar, até os preços normalizarem. E é sempre bom pesquisar mesmo porque há diferença de preços de um mercado para o outro e tem as feiras livres com grande oferta de hortifrutis”, conclui.O Jornal do Tocantins percorreu três supermercados na Capital, sendo dois de grande porte e um de médio porte, com o objetivo verificar os preços de alguns ítens da cesta básica. Os preços variam pouco de um estabelecimento para outro. Diferença de centavos a R$ 1,00 ou R$ 2,00. -Imagem (1.1969572)-Imagem (1.1969571)-Imagem (1.1969570)