Apesar de o comércio ter fechado mais cedo ontem, por volta das 15 horas, em razão da abertura da Copa do Mundo 2014 e estreia do Brasil no Mundial, os lojistas palmenses não estimam prejuízos. Para o segmento, o setor de alimentação é o que mais ganhará com as festividades motivadas pela Copa e o mais prejudicado seria a construção civil.

O presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Palmas (CDL-Palmas), Davi Gouveia, disse ontem que não prevê perdas para o comércio com a paralisação no dia dos jogos. “A necessidade de compra não diminui, as pessoas irão às compras do mesmo jeito. Só que terão que adiantar ou postergar a ida ao comércio”, disse Gouveia.

Segundo ele, as empresas não serão afetadas, porque na Capital esses dias não serão considerados feriados, assim como foi instituído nas cidades sede da Copa nos dias de jogos do Brasil.

A presidente da Associação Tocantinense dos Supermercados (Atos), Maria de Fátima de Jesus, confirmou a expectativa da CDL. “Esse clima de Copa reflete positivamente nas vendas nos supermercados”, declarou Maria de Fátima.

Já o presidente da Associação Comercial e Industrial de Palmas (Acipa), Fabiano do Vale, acredita que o impacto negativo de fechar as empresas mais cedo atingirá algumas empresas de serviços e construção civil. “Porque nesse caso, você para um serviço que irá atrasar para ser entregue. Mas por outro lado, outros segmentos como de alimentação e bebidas saem ganhando”, considerou Vale.

 

Dia dos Namorados

Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas, o preço dos principais produtos e serviços procurados pelos consumidores no Dia dos Namorados subiu acima da inflação média nos últimos 12 meses contados entre junho de 2013 e maio de 2014. Neste período, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) teve alta de 6,57%, enquanto a média desses preços subiu 7,13%.

As principais altas identificadas pelo levantamento são: show musical (15,63%), teatro (11,89%) e cinema (8,95%). O preço dos hotéis e motéis também subiu acima da média, com alta de 10,11%, enquanto as refeições em bares e restaurantes ficaram um pouco atrás, com 9,22%.

Os preços menos inflacionados foram os livros (1,31%), bicicleta (0,79%) e artigos esportivos (0,98%). Alguns produtos eletrônicos também tiveram queda, como videogames (5,15%), celulares (2,71%) e aparelhos de TV (1,5%).

 

Entenda

Segundo empresários, o setor que mais irá sentir o reflexo negativo da Copa será a construção civil. Por outro lado, o segmento de alimentos e bebidas sairá ganhando

com o evento.