Todos os anos, a situação é a mesma. Entre os meses de agosto e setembro, os tocantinenses sofrem com a estiagem e o aumento na quantidade de focos das queimadas. E os efeitos também repercutem nas lavouras e produção. Especialistas explicam que as condições climáticas atuais propiciam o período seco, ventos fortes e umidade relativa do ar baixa, que impactam basicamente em áreas de cultivo sob sistema de irrigação, com interferência direta no manejo, que varia entre as diferentes culturas.A Engenheira Agrônoma e Gerente de Agrometeorologia da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Aquicultura (Seagro) do Tocantins, Denise Coelho Gomes, reforça a ideia de que os fatores climáticos podem dizimar ou dobrar a produção das safras. “Informações sobre o clima são de fundamental importância para o setor agropecuário, que dependem diretamente dos elementos climáticos para determinar estratégias, organizar a produção e tomar decisões que resultem em safras de sucesso”, explicou.A especialista explica ainda que o clima é um dos principais fatores limitantes do agronegócio. “Além de interferir na produtividade, também podem gerar atrasos em etapas importantes como plantio, colheita e aplicação de defensivos agrícolas, que alteram todo o ciclo produtivo”, acrescentou.Tendências AgrometeorológicasNo dia 15 de setembro, será realizado no Tocantins, o 7º Encontro para Apresentação das Tendências Agrometeorológicas. O evento será realizado no auditório do Palácio Araguaia. Meteorologistas irão debater sobre o comportamento do clima para a safra 2021/2022. As inscrições estarão disponíveis no site agrometeorologia.seagro.to.gov.br, a partir do dia 23 de agosto. O evento será de forma híbrida, com participantes presenciais (vagas limitadas) e virtuais.