Com vantagens como 30% de desconto, compras parceladas em até quatro vezes e a comodidade de não precisar se deslocar até a papelaria, não restam dúvidas a Luana de Moura: é melhor aderir ao programa de compra coletiva de materiais escolares realizado pela empresa onde trabalha. Há pelo menos dois anos a biomédica, funcionária de um laboratório clínico de Palmas optou por estes benefícios.

Ela tem dois filhos em idade escolar e o gasto com o material de cada um seria, me média, de R$ 600,00. No início de ano, as despesas dobram e a economia que o programa disponibilizado pela empresa oferece, faz toda a diferença para ela. “A grande preocupação de nós, pais, no início de ano é com a lista de materiais escolares e agora eu já tenho uma ótima solução”, comenta.

De acordo com Nayara Borba, gestora da empresa onde Luana trabalha, este é o segundo ano que o laboratório realiza o projeto em Palmas. Desta vez 60 funcionários serão beneficiados com os descontos. “Nós sabemos que, ao oferecermos qualidade de vida para os colaboradores, temos mais produtividade”, avalia Nayara.

Ainda segundo a gestora, o programa de compra coletiva oferecido pela empresa tem boa aceitação entre os funcionários. “Todos os anos a adesão é muito grande.”

Como funciona

A empresa levanta os nomes dos colaboradores que possuem filhos em idade escolar e oferece a possibilidade da compra coletiva. Em seguida, as listas são encaminhadas para o departamento de Recursos Humanos, que entra em contato com a papelaria para negociar o valor. Os materiais escolares são separados e entregues individualmente a cada funcionário. A empresa garante que os descontos chegam a 30% do valor das compras.

A prática é recomendada pelo administrador e educador financeiro Fábio Martins. “As compras em atacado são sempre uma boa forma de economizar”, afirma. Ele acrescenta que os pais, além de pesquisar nas papelarias as vantagens, podem trocar experiências com quem também está comprando, para discutir os preços. “O primeiro passo é o que eu chamo de caça ao tesouro”, brinca, ao acrescentar que é preciso avaliar antes, em casa, aquilo que pode ser reutilizado.

Martins também pontua que optar por cadernos e mochilas sem estampas de personagens famosos pode ajudar na economia. Outra dica dada pelo administrador é comprar apenas aquilo que é necessário imediatamente para a vida escolar dos filhos. “Se a escola pede dez borrachas, por exemplo, e nos primeiros meses o aluno não vai consumir muito, é melhor comprar depois”, aconselha.

O educador financeiro comenta que os pais podem até levar os filhos às compras. É que Martins acredita que, se houver um diálogo sincero com as crianças, a escolha dos materiais escolares pode ser um bom exercício de educação financeira. “O filho, de repente, pode se tornar um parceiro”, diz.