-Imagem (1.1078476)As refeições a quilo são as preferidas dos trabalhadores na hora do almoço. Em Palmas, uma pessoa gasta em média R$ 26,46 neste tipo de alimentação, conforme revela uma pesquisa da Associação das Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador (Assert). Para alguém que trabalha 22 dias por mês, o custo final chega a R$ 582,12. O estudo mostra ainda que, tanto os estabelecimentos quanto os consumidores têm optado pela qualidade na hora da refeição.Os que optam pelo prato comercial, conhecido como prato feito (PF) gastam R$ 18,37 em média, já os que escolhem comida A La Carte, o valor gasto triplica, chegando a R$ 61,07. O preço médio da refeição, visualizando as três opções (PF, por quilo e a La Carte), é R$ 28,79 em Palmas, e foi construído com base na média ponderada do valor do prato, de uma bebida, uma sobremesa e um café, ou seja, quem trabalha 22 dias no mês e come fora gasta em média R$ 633,38. Na região Norte, esse valor é de R$ 28,49 e no Brasil, R$ 30,48.PreçoO proprietário de um restaurante em Palmas, Rui Fernando Simon, explica que o preço cobrado ao consumidor formado da seguinte maneira: 40% se refere a compra dos alimentos, 15 a 20% de lucro para o comerciante e o restante para manutenção dos serviços como despesas de custeio.Para o funcionário público, Eduardo Biagioni, que tem o hábito de comer em restaurantes e preza pela qualidade da comida que consome, o preço cobrado na Capital se encaixa no orçamento. Ele destaca que nos últimos meses sentiu um “aumento sensível” nos preços.Simon relatou que neste ano deveria ter aumentado o preço do quilo da refeição servida em seu restaurante em 15%, mas percebeu que o valor poderia afastar a clientela, então ele decidiu aplicar reajuste de 8% e diminuir a sua margem de lucro. “Mesmo impactando menos o bolso do consumidor, com esse aumento eu perdi algo em torno de 30 clientes que optaram por comer em lugares mais baratos.”O empresário, que trabalha no ramo da alimentação há 15 anos, acredita que, o que mais pesa na escolha do consumidor na hora de comer é a qualidade e, por isso tem buscado algumas alternativas para fidelizar o cliente como oferecer pequenas porções para degustação de novos pratos. “Às vezes precisamos mudar as estratégias, mas sem deixar de servir bem. A pior coisa é perder em qualidade.”QualidadeA pesquisa da Assert destaca a possibilidade dos estabelecimentos oferecerem uma alimentação saudável aos seus clientes, com produtos frescos e bem escolhidos. Neste sentido, Simon comenta, que vai ao supermercado todos os dias e busca comprar em lugares que lhe ofereçam produtos de qualidade. “Primo por produtos selecionados para trazer para o meu cliente uma refeição saudável e por isso onde eu compro as verduras e saladas, por exemplo, não é o lugar mais barato, mas é onde consigo itens frescos”, enfatiza.Quanto aos componentes da alimentação, o empresário disse que o arroz e o feijão são os itens indispensáveis na refeição dos palmenses. O consumo de legumes e verduras registrou um aumento de 61% em todo o Brasil, segundo a pesquisa, e Simon concorda que é preciso investir nas saladas. São mais de 40 tipos oferecidos em seu estabelecimento. “Temos que ter variedade. Além disso, tenho duas pessoas responsáveis pelo preparo de saladas.”