O número de famílias das classes A e B voltou a crescer em 2018. Já as classes D e E ficaram estáveis, de acordo com cálculos do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, publicados em reportagem do jornal Valor Econômico.

Em 2018, 14,4% da população, o equivalente a 30 milhões de pessoas, fazia parte da fatia mais rica e da classe média alta no país (classes A e B). No ano anterior, 13,6% da população fazia parte dessas classes.As classes D e E, no entanto, não diminuíram no mesmo período. Em 2018, essa parcela representava 30,3% da população (62,3 milhões de pessoas), ante 30,1% em 2017. Já a classe C caiu de 56,3% em 2017 para 55,3% em 2018, correspondendo a 115,3 milhões de pessoas.

As diferenças de classe podem ser comparadas no nível educacional, por exemplo. Segundo dados da FGV Social, as classes A e B têm escolaridade média de 13,2 anos, enquanto a média geral da população é de 8,7 anos.

A fatia mais rica também concentra uma parcela maior de empregadores. A taxa de empreendedorismo chega a 12,9% nas classes A e B, contra 4,8% da população geral.

Em entrevista ao Valor, Marcelo Neri afirmou que os dados apontam para a retomada de renda em 2019. Essa retomada tende, de acordo com o especialista, a ser mal distribuída.