-Imagem (1.2231168)Os preços elevados dos produtos da cesta básica, os mais comuns na mesa dos brasileiros, aliado as altas variações dos valores entre um supermercado e outro são motivo de reclamação constante de quem vai às compras. A monitora de sala de aula, Maria Liandra da Silva Neta, de 47 anos, observa que sempre que sai para o supermercado encontra preços diferentes: “mesmo que ocorra uma promoção de frutas e verduras, os valores não estão como antes”, desabafa. Por estar desempregada, Maria Liandra opta pela solução de calcular mais na hora de comprar e saber regar na hora de consumir. Com a mesma percepção sobre os valores dos produtos da cesta básica, a funcionária pública Leila Rejane Alves de Carvalho, de 49 anos, conta que percebe alguns produtos com diferença de mais de 100% de um mercado para o outro. “Sempre estou fazendo pesquisa de mercado em mercado porque varia muito o preço de um lugar pro outro. Também faço várias receitas aprendendo a usar o que tenho em casa. Como está tudo muito caro, a carne está cara, o arroz está caro, o feijão está caro. O jeito é escapar usando a inteligência”, relata. Essa variação percebida por Maria Lianda e Leila Rejane também foi encontrada por uma pesquisa de Preços dos Produtos da Cesta Básica do Procon Tocantins, que identificou variações de até 225,51% em alimentos e 203,65% em itens de limpeza, comuns às compras das famílias palmenses. Ao todo, 34 artigos pesquisados tiveram variações acima de 50% e somente 11 itens abaixo desse percentual. Devido esse resultado, o superintendente do Procon do Tocantins, Walter Viana, orienta o consumidor a sempre levar uma lista dos produtos. “É um meio de economizar e focar nos produtos que de fato necessita”. Também na lista, uma das dicas frequentes do Procon Tocantins é justamente uma das opções de Leila Rejane: a pesquisa de preço. “Muitas vezes os preços variam até em 100%, 150%, 200%, por isso ressaltamos a importância de se fazer uma boa pesquisa antes de comprar. Verificar o preço médio e variação de preço”, indica.Entretanto, neste período de pandemia da Covid-19 em que as recomendações são evitar aglomerações e sair de casa só quando necessário, o Jornal do Tocantins questionou o Viana sobre quais as alternativas na hora de comprar para não ficar no prejuízo. “Para evitar aglomerações uma das nossas orientações é procurar fazer as compras em um horário que o comércio não está cheio”, elenca. O superintendente também indica as pesquisas online. “Nesse período de pandemia, com a pesquisa do Procon, por exemplo, o consumidor sequer precisa sair de casa para ver os valores”. Optando pela dica de conferir online, veja os principais preços e variações da pesquisa do Procon, que esteve em 11 supermercados nas região Norte, Sul e também em Taquaralto, para a coleta dos preços durante essa semana. Foram 24 produtos alimentícios, 14 de higiene e limpeza, além de sete frutas e verduras. Alimentos Apesar de ser um produto de preço baixo, o flocão teve a maior diferença entre os valores praticados nos diferentes estabelecimentos comerciais com 225,51%. O maior percentual de toda a pesquisa. Os preços do produto variam de R$ 0,98 a R$ 3,99. Outro produto com diferença alta é o macarrão com 118,34%. Logo depois fica o café com 117% e o vinagre com 100,75%. O sal e a margarina têm variações acima de 80%. Já o milho verde tem percentual de 70,35%. Entre os produtos alimentícios, o menor percentual foi óleo de soja, com preços entre 7,14 e 7,99, ou seja, 11,90%. Os principais itens, comuns e quase indispensáveis, na cesta básica como o arroz e feijão tiveram variações de 28,59% e 50,84%, respectivamente. No caso do arroz, o preço mais barato encontrado era o de R$ 17,49 e o mais caro foi R$ 22,49. Já no caso do feijão, R$ 7,75 o preço mais baixo e R$ 11,69 o maior valor praticado. O pão francês também teve diferença de preço alta, custando entre R$ 8,99 e R$ 14,90, ou seja, 65,74%. O frango inteiro, único tipo de carne na lista, teve variação de 54,88%, com valores de R$ 6,45 a R$ 9,99. Em outra pesquisa, também dessa semana, o Procon Tocantins verificou os preços de açougues de supermercados da Capital. Entre as carnes de gado, nos dias de promoção, o filé teve o maior percentual, com 70%, e a paleta o menor, com 4%. Já a carne suína teve a maior variação de toda a pesquisa, com o pernil mostrando diferença de 99%. A linguiça calabresa ficou em segundo com 91%. Hortifrúti Ainda na pesquisa da cesta básica, em específico as frutas e verduras, os percentuais ficaram acima dos 40% nos sete itens verificados. O quilo da cenoura teve variação de 125,79%, com preços de R$ 1,59 a R$ 3,59. Em segundo lugar ficou a batata, com preços de R$ 2,29 R$ 4,99, sendo 117,90% de diferença. O ovo branco que teve o menor percentual, com 43,84% e valores entre R$ 6,25 e R$ 8,99. O tomate e a cebola, itens do hortifrúti mais comuns, tiveram índice de 72,66% e 62,33%, respectivamente. Higiene e LimpezaJá entre os materiais de higiene e limpeza pesquisados pelo Procon, oito itens tiveram variação acima de 100%, sendo que o sabão em pó chegou aos 203,65%, com preços de R$ 3,29 a R$ 9,99. O papel higiênico de quatro unidades variou até 155,02%, o sabão em barra 167,22%, e o shampoo 132,87%. Os demais itens com entre 106% e 115% são o amaciante, creme dental, desinfetante e absorvente. A menor variação foi de 30,21% de papel higiênico de oito unidades. Acesse aqui as duas pesquisas: Cesta Básica e Açougues.-Imagem (1.2231167)