Com pouco mais de um ano de experiência, as vendas por catálogos são responsáveis por cerca de 40% do total da renda da funcionária pública de 31 anos, Débora Fernandes. “Sempre comprei de pessoas conhecidas. Com o tempo percebi que elas tinham retorno financeiro.” Esse foi o empurrão que faltava para que ela se cadastrasse e passasse a vender para as amigas.

 

Débora lembra que o salário que recebia não era suficiente e estava em busca de uma alternativa que não atrapalhasse no emprego. “Essa é uma forma de ganhar dinheiro que depende só de mim, faço meus horários e sou responsável pelo meu ambiente de trabalho”, disse. Além disso, ela acredita que é mais fácil vender um produto que já conhece. “Eu já comprava, uso e sempre testo as novidades para poder aconselhar os clientes.”

 

O que, no começo, era apenas um dinheiro extra, se tornou parte importante da renda mensal. “Conforme eu fui vendo o aumento dos lucros me senti mais incentivada para correr atrás de mais clientes”, lembra. Atualmente, a vendedora diz ter um quadro fixo de clientes com cerca de 40 pessoas que compram algum tipo de produto todos os meses.

 

Por meio de uma planilha, Débora faz o controle das vendas, dos gastos e das datas de pagamentos. “Sempre faço uma estimativa dos gastos. Me considero uma pessoa organizada, procuro ter controle financeiro e administrativo, até para atender melhor o cliente”, afirma.

 

As vendas a prazo, segundo a vendedora, são o maior desafio da atividade. “As pessoas estão acostumadas a comprar a prazo, mas eu tenho que pagar os produtos e nem sempre posso dar esse crédito”, explica. A tática de Débora é adequar os pedidos à data de pagamento dos clientes.