No Tocantins, mesmo com as altas temperaturas, faça sol ou faça chuva, sempre vai ter muita gente tomando um café para aproveitar melhor o dia. “Pode estar fazendo 35 graus, mas eu estou ali tomando o meu cafezinho 4 horas da tarde”, contou a auxiliar de dentista, Camila Mara Sousa Castelluber, de 33 anos. Priscila Mayra, de 26 anos, disse que o café também é indispensável na sua rotina diária. “Acordou tem que ter o café na mesa, faz parte da minha vida. Não fico sem o café, infelizmente. Mesmo estando muito quente, a gente não deixa de tomar o café, é o tocantinense, né?!”, declarou a arquiteta de Palmas. No ano passado, o consumo deste produto no Brasil alcançou 21,5 milhões de sacas, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), sendo considerado o segundo maior consumidor dessa bebida do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Se você é daqueles que prefere o café mais doce, lembre-se que o tradicional cafezinho pode pesar no bolso, caso o consumidor não pesquise na hora das compras. Se colocarmos na conta da inflação, ele já está mais amargo que no ano passado, e olha que ainda nem estamos falando do valor dessa bebida não. Em abril, na capital, o açúcar cristal de 2 kg chega até R$9,29. No mesmo período do ano passado, de acordo com levantamento do Procon Tocantins, o mesmo produto podia ser encontrado entre R$ 5,53 e R$7,29. E tem que pesquisar também na hora de comprar o café torrado moído. O de 250 gramas pode ser encontrado na capital no mês de abril, por até R$8,99, com variação que chega a 80,16% entre os estabelecimentos que comercializam o produto. No mesmo período do ano passado, o item indispensável na primeira refeição do dia e no caso dos brasileiros, consumido várias vezes ao dia, foi identificado com preços que variam de R$ 2,75 a R$ 5,99.Mas mesmo que os preços estejam mais amargos, sempre vai ter aquele tocantinense que não vai passar um dia sem tomar o cafezinho, até porque já faz parte da rotina diária. “Realmente está difícil, aumentou bastante, mas é indispensável na mesa, o cafezinho da manhã e da tarde. Passa até a dor de cabeça, se eu não tomar não passa”, reforçou Camila Mara. O brasileiro consome café pelo menos três vezes ao dia. É o que aponta uma pesquisa encomendada pela Associação Brasileira da Indústria do Café. O levantamento indicou ainda que para muitos dos 1.070 entrevistados, o cafezinho nosso de cada dia, remete a aconchego e boas lembranças. O consumo da bebida também desperta sentimentos, provoca encontros, traz sensações que só um bom apreciador do café pode dizer. “Pra gente é como se fosse família. É o momento que a gente se reúne para poder conversar e tomar o cafezinho, isso faz a gente gostar”, acrescenta Priscila Mayra. A Dryelly Karolyne trabalha como segurança do trabalho no Rio de Janeiro, mas está de passagem na capital. Ela diz que também não dispensa um cafezinho e sua relação com essa bebida tão tradicional já é antiga. “Eu sou nordestina e lá, acordou tem que tomar um cafezinho coado no pano. Depois fui para o sudeste e sempre tento manter a tradição. Eu sempre faço isso com as minhas amigas para me manter mais próxima, ‘vamos tomar um café?’, foi o que aconteceu hoje, estava na casa da amiga e falei vamos tomar café na padaria. Então é isso, acordou, café. Às vezes, depois do almoço. Eu não dispenso um café, para mim é primordial”.Dryelly confirma que não está não está fácil driblar os preços do produto, mesmo assim, ela não dispensa a bebida. “O preço do café está um absurdo, mas não tem como não tomar. Ele é essencial, assim como a gasolina que você vai trabalhar. Hoje economicamente, a gente tem que priorizar o que é essencial para você. O café pra mim, eu acordei, tem que tomar, senão eu fico estressada”, contou. -Imagem (1.2443076)