O cliente do Banco do Brasil que ficar no rotativo do cartão de crédito por mais de um mês terá a dívida automaticamente parcelada em 24 vezes com as mesmas taxas cobradas de quem já prefere parcelar a fatura hoje, entre 3,13% e 9,38% ao mês, conforme o cartão.

Se quiser que a dívida seja parcelada em um número menor de vezes, o cliente precisará negociar via central de atendimento. Para que a dívida não seja parcelada, o cliente precisa quitar integralmente o saldo devedor da fatura anterior. Caso não faça o pagamento do valor da prestação e nem pague integralmente a dívida, o consumidor ficará inadimplente e poderá ter o cartão bloqueado.

O BB é o primeiro entre as grandes instituições a explicar como cumprirá a nova regra do Banco Central, que impede que consumidores fiquem mais de um mês no rotativo, a linha de crédito mais cara do mercado, com taxas de quase 500% ao ano. O parcelamento automático começa a valer em maio, para clientes que tenham financiado a fatura de abril.

Entra no rotativo o cliente que não tem dinheiro para quitar integralmente a fatura e paga um valor entre o mínimo de 15% e uma quantia menor que o total do débito.

Com a nova regra, além do valor mínimo, o cliente será obrigado a pagar o saldo devedor do mês anterior e as prestações do parcelamento do rotativo. Isso porque o banco não pode, por exigência do Banco Central, cobrar novos juros em cima do parcelamento de fatura.

Em nota, o Banco do Brasil informou que explicará as novas regras a partir de março para os clientes. Santander, Itaú e Bradesco informaram que ainda trabalham nas regras do novo rotativo e que devem cumprir o prazo estabelecido pelo governo.