Apesar do tom genérico da carta de compromisso dos Estados com o ajuste fiscal, um dos pontos do documento, elaborado por cinco governadores com o presidente Michel Temer e com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ainda está emperrando a assinatura pelos 22 entes da federação restantes.Um dos itens do texto prevê que o controle de despesas e a elevação da contribuição previdenciária são condições para que, no futuro, a União seja garantidora de operações de crédito dos Estados, o que reduz os juros dos financiamentos.Segundo a Folha de S.Paulo, parte dos governadores consultados acharam os termos usados na carta para vincular as ações de ajuste fiscal a esse aval da União muito fortes, e estão pedindo que sejam amenizados.Ontem, após almoço com o ministro da Fazenda, o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, afirmou que a carta ainda está sendo construída. “Estamos construindo um documento dos governadores, mas ainda tem alguns detalhes para fechar o documento”, declarou.Questionado sobre quais detalhes ainda causam impasse em torno da carta, ele afirmou que a causa é a própria diversidade dos 27 entes da federação. Pela manhã, os governadores participaram do Fórum de Governadores do Brasil Central de 2016, na residência oficial do Governo do Distrito Federal. O tema prioritário desta edição foi as compras públicas. “Os governadores estão tomando as iniciativas necessárias para a recuperação econômica dos estados. O Consórcio Brasil Central tem mostrado como se faz gestão e como nós estamos nos preparando para o amanhã”, afirmou o governador Marcelo Miranda, durante coletiva de imprensa na abertura do Fórum.