Depois do susto inicial de ser mais um número na fila do desemprego, uma opção é tentar usar alguma habilidade pessoal para gerar renda. O estudante Hugo Lima diz que sempre teve tino para os negócios. Ele era empregado no serviço público, mas não estava satisfeito porque não era estável.

“Senti que era hora de dar uma guinada e antes que o contrato vencesse pedi demissão, voltei a estudar e passei a trabalhar como vendedor autônomo para poder me manter”, relata dizendo que não é fácil porque ora as vendas estão boas, ora o mercado não rende nada. “Mas não me arrependo. Sei que agora a vida está apertada, mas daqui a pouco tudo se ajeita”, avalia Lima.

Entre as áreas que as pessoas mais se aventuram no empreendedorismo destacam-se as vendas, culinária, estética com ênfase para manicure e cabeleireiro e ainda aulas particulares.

Mas para cada opção é necessário observar as exigências próprias da atividade, avaliar a concorrência e o mercado.

Por exemplo, quem deseja trabalhar com comida deve observar as boas práticas de higiene e segurança alimentar. Já quem oferece aulas particulares deve ter habilidade para lidar com crianças e adolescentes e ter um espaço seguro.

Hugo Lima diz que com essa experiência aprendeu que uma boa forma de ter uma margem de segurança e não ser sufocado pela crise é construir uma boa rede de relacionamentos e manter-se sempre atualizado. “Por onde passei sempre procurei me relacionar bem, tratar os colegas com cortesia e aprender sempre, tenho foco. Isso me ajuda como vendedor”, diz o estudante.