Como medida de prevenção à proliferação do novo coronavírus, a Agência nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) determinou que o horário mínimo para funcionamento dos postos de combustíveis automotivos será das 7 às 19 horas, de segunda à sábado. Antes esse horário era das 6 às 20 horas. A medida foi publicada no Diário Oficial da União, edição de segunda-feira, 23.

O presidente do Sindicato dos Revendedores de Biocombustíveis do Estado do Tocantins (Sindiposto), Wilber Silvano, pondera que a mudança é quanto ao horário mínimo, o que não impede os postos de ficarem abertos por um período maior. “O que a ANP fez foi modificar o horário, anteriormente era das 6 às 20 horas e com a mudança passa a ser das 7 às 19 horas. Essa mudança não é obrigatória, vai depender de empresa para empresa, vai depender do movimento dos postos”, ressalta.

Silvano pondera ainda que a medida tem um caráter mais econômico do que de prevenção a propagação do coronavírus. “Na minha visão essa redução é uma medida econômica porque o movimento das empresas, na melhor das hipóteses mundo afora, diante da pandemia, houve uma redução em 50% das vendas, em alguns países chegou a 90%. Então é uma medida econômica, o que vai ajudar a não propagar o vírus é seguir as recomendações da Organização Mundial de Saúde: lavar as mãos constantemente, ter álcool em gel quando não puder lavar as mãos, manter uma distância mínima das pessoas; isso é que vai controlar a epidemia. A questão do horário não muda nada, no meu modo de enxergar, é uma questão muito mais econômica para tentar salvar as empresas que podem ir à falência”, pontua.

Queda nas vendas

Silvano pondera que o isolamento social pode trazer grande prejuízo para a economia do Estado. “Já tem postos na Capital onde as vendas caíram 70%, na média 50%. O meu temor é o que fazer no ‘the after’? Amanhã a arrecadação vai ao chão, vai lá embaixo, mês que vem vai faltar dinheiro, e aí o que nós vamos fazer? As empresas vão fechar, vão ter que diminuir o quadro de funcionários, me preocupa muito esse isolamento do jeito que está sendo feito no Estado. É preocupante e pode levar a uma catástrofe no Estado”, ressalta.