As ações da Petrobras disparavam nesta segunda-feira (19), após o novo presidente da estatal, Joaquim Silva e Luna, afirmar que vai buscar reduzir a volatilidade dos preços de combustíveis sem desrespeitar a paridade internacional de preços.

"Não há dúvidas de que os principais desafios são: fazer a Petrobras cada vez mais forte, trabalhando com visão de futuro, com segurança, respeito ao meio ambiente, aos acionistas e à sociedade em geral, de forma a garantir o maior retorno possível ao capital empregado", afirmou o executivo em sua cerimônia de posse.

Perto das 15h13, os papéis da Petrobras subiam 7,49% (preferenciais, mais negociadas) e 6,53% (ordinárias, com direito a voto).

A afirmação, vem após o presidente anterior da estatal, Roberto Castello Branco, ter sido substituído em meio a críticas do presidente Jair Bolsonaro por uma alta expressiva dos preços de diesel e gasolina no Brasil, que refletiam avanço das cotações no exterior.

Em um discurso de pouco mais de 15 minutos, no qual ressaltou que deve chegar ouvindo mais e falando menos, o general da reserva defendeu que é preciso conciliar interesses de consumidores e acionistas. Ele não adiantou, porém, como atingir esse resultado.

A cerimônia reforçou o avanço de militares sobre o setor de energia: ao lado de Silva e Luna, compuseram o palco os almirantes Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energia, Rodolfo Sabóia, diretor geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) e Eduardo Bacellar Leal Ferreira, presidente do conselho da Petrobras.

Na contramão do mercado internacional, o Ibovespa, principal índice acionário do país, subia 0,34%, aos 121.538 pontos. O dólar, por sua vez, caía 0,82%, a R$ 5,5370.