Uma pesquisa comercial em Araguaína, Norte do Estado, apontou que 84% dos entrevistados relataram queda de 20% no faturamento em virtude as medidas adotadas devido ao controle do Covid-19, o novo coronavírus. Também houve relato de aumento nas vendas, em 2,5% dos comércios, conforme a pesquisa sobre a crise divulgada nesta quarta-feira, 1º, pela Associação Comercial e Industrial de Araguaína (Aciara). Segundo a Aciara, um dado preocupante para a cidade é que 64% das empresas tiveram uma queda de mais de 50% no faturamento nos últimos 10 dias. Ainda conforme a Associação, em uma pesquisa anterior divulgada na segunda-feira, 30, já havia sido verificada que 43,3% dos entrevistados defendiam a não paralisação das atividades e mesmo percentual alegava a diminuição do faturamento como principal elemento problemático.Os resultados colocam muitas empresas em situação de risco devido a falta de reservas financeiras para lidar com as perdas, além disso, conforme os dados da última pesquisa, cerca de 40% dos empresários vão precisar recorrer a financiamentos, que variam em torno de R$ 30 mil a R$ 60 mil para continuar mantendo o capital de giro extra e suportar os efeitos da crise. Outro indicador da Associação que pode ser preocupante nos próximos meses é com relação ao desemprego. Dos entrevistados, 72% dos empresários conseguiram manter o quadro de funcionários, entretanto, optando pelas férias antecipadas. Outras 14% empresas tiveram que demitir dois ou mais colaboradores. Conforme a Aciara, essa situação pode se agravar com a possibilidade de estabelecimentos comerciais voltarem a ser fechados devido os efeitos da pandemia. A pesquisa mostrou que 58% dos empresários não conseguiriam os empregos se continuarem com mais uma semana sem vendas. “Muitos empresários têm cumprindo o seu papel social, mantendo os empregos, apesar das dificuldades financeiras, entendendo que muitas famílias dependem desse trabalho. Mas, as empresas chegaram ao seu limite”, lembra a presidente da Aciara, Hélida Dantas.NúmerosNesta última pesquisa foram ouvidos 314 empresários, dos setores do comércio, indústria, agronegócio e serviço. Entretanto, a maioria das empresas analisadas é do comércio, correspondendo a 61,8% e no setor de serviços foram 33,1%, dos pesquisados. Outro detalhe da pesquisa é que boa parte dos empresários são micro e pequenas empresas, que têm de 1 a 15 funcionários. EM Araguaína, das mais de 15 mil empresas formalizadas, cerca de 14 mil são de pequenos negócios, segundo dados do Sebrae. São 8.167 microempreendedores individuais (MEI), 5.600 microempresas e 803 pequenas empresas que estão enfrentando a crise, com risco de fecharem as portas. Regionalmente, os 90 mil pequenos negócios no Tocantins, desde que Microempreendedores Individuais (MEI), Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP), e haviam gerado 20% a mais de empregos no ano passado, que outros setores. Gestão Conforme a Prefeitura de Araguaína, a gestão municipal vem realizando constantemente reuniões com o setor comercial justamente devido as reivindicações para tentar atender tanto a classe como manter protocolos que sigam as orientações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS). Desde o lançamento do plano municipal de contingência e estrutura de Equipe de Resposta Rápida, no último dia 13, a Prefeitura de Araguaína vem implementado as medidas baseadas em orientações das autoridades em saúde. Atualmente, consumo de bebidas alcoólicas em comércios continua proibido, assim como shows, eventos culturais, festas particulares, feiras livres e serviço de transporte por mototáxi. Também estabeleceu regras aos comércios que foram autorizados a retornarem ao atendimento presencial. Locais de alimentação, por exemplo, devem manter espaçamento mínimo entre mesas de dois metros e no máximo seis cadeiras por mês, e disponibilizar álcool 70 graus INPM líquido ou em gel para funcionários e clientes.-Imagem (1.2027087)