O comportamento do Índice de Vegetação expressa o bom desempenho da primeira safra na região do Matopiba, que inclui os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. As informações são do Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA), publicado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O estudo é desenvolvido em parceria com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet),o Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam), além de outros pesquisadores. O fim do verão e o início do outono no hemisfério Sul, marca a transição de uma estação quente e úmida para outra de com chuvas mais escassas no interior do Brasil, em especial no Tocantins. De acordo com o Monitoramento Agrometeorológico, de 1º a 21 de março, na região do Matopiba, os maiores volumes de chuvas ocorreram no Tocantins e no Sul do Maranhão. De acordo com a Conab, na mesorregião Oriental do Tocantins, o Índice da safra atual está próximo ou acima da anterior e da média histórica. Em todas as mesorregiões do Matopiba o clima tem beneficiado as lavouras. Segundo a Companhia, “o excesso de chuvas diminuiu o ritmo da colheita da soja em algumas áreas, principalmente no Sul Maranhense, no entanto, as precipitações têm beneficiado os cultivos de primeira safra em enchimento de grãos e contribuído para a manutenção e elevação da umidade no solo, favorecendo a semeadura e o desenvolvimento do milho segunda safra”.Monitoramento das Lavouras Resultados apresentados pelo estudo da Conab, indica que o Tocantins lidera a colheita da soja na região do Matopiba. O estado registrou 76% da área colhida. Em relação ao milho primeira safra, as lavouras do estado estão majoritariamente em boas condições e em diversos estágios de desenvolvimento. Já o da segunda safra, o plantio foi finalizado no Tocantins. O estudo também traz dados do arroz tocantinense. Pouco mais de 1/3 da área destinada a rizicultura nesta safra está colhida. Há registros de talhões ainda inundados, mesmo em fases mais avançadas do ciclo, devido ao excesso de chuvas em algumas regiões. No geral, a qualidade e o rendimento dos grãos obtidos são classificados como bons.