Com os recentes bloqueios de parte dos recursos livres repassados para as universidades, as verbas em que se pode fazer manejo das instituições retrocederam para o mesmo patamar de uma década atrás. As informações foram publicadas em reportagem desta sexta-feira (17) no jornal Folha de S. Paulo.O investimento para 2019 está em R$ 5,2 bilhões. É o menor valor, contando a correção da inflação, desde 2007. Na época, eram 54 estabelecimentos vinculados ao Ministério da Educação. Atualmente são 68, e mais cinco em processo de criação.Em 2007, ano de lançamento do programa Reuni (Reestruturação e Expansão das Universidades Federais), o ex-presidente Lula aumentou os gastos de caráter obrigatório das universidades –salários e aposentadorias de professores e servidores administrativos.Esses são os maiores gastos. Em 2007, eram R$ 22,8 bilhões para o fim obrigatório. Atualmente, são R$ 38,1 bilhões.O número de professores em atividade também aumentou. Em 2007 eram 57,8 mil. Em 2017, 95,8 mil, segundo dados coletados pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira).Os recursos de livre manejo –para gastos não obrigatórios– incluem pagamentos como água, energia elétrica, limpeza, bolsas de pesquisa e itens para laboratórios e atingiram seu auge em 2013, quando somaram R$ 10,8 bilhões no ano. A partir daí, o declínio se tornou mais evidente.Em 2015, após reeleição da ex-presidente Dilma Rousseff, os gastos de livre manejo diminuíram 15,5%. Os novos cortes de Bolsonaro fazem uma diminuição de mais 26,1%.