Com variação de R$ 4,06 a R$ 4,29 no litro da gasolina e entre R$ 3,22 e R$ 3,59 para o litro do etanol, o consumidor palmense reclama que fica sem opção de economizar, uma vez que mesmo o preço mais barato ainda pesa muito no orçamento doméstico.Outra reclamação recorrente é sobre a composição dos preços, que sobem quando a Petrobras anuncia aumento nas refinarias, mas quando o anúncio é de queda, a diferença não é repassada ao consumidor.Foi esta a observação feita pelo vendedor Edilson Souza, que considera os preços praticados na Capital altíssimos. “Não entendo porque se paga tão caro aqui em Palmas, uma vez que do outro lado da ponte, em Luzimangues, no município de Porto Nacional esse mesmo litro de gasolina é mais barato. Alguma coisa errada tem aí”, queixou-se o vendedor.O taxista Maurílio Medeiros comunga da mesma opinião. Ele diz que gasta cerca de R$ 2 mil por mês com o táxi. “Pagamos caro por um combustível que poderia ser bem mais acessível. Nunca sinto o efeito de quando os preços baixam na refinaria. Já quando sobem, o aumento nas bombas é imediato pra gente”, salientou.Desde o último sábado um aumento de 0,80% no preço da gasolina foi autorizado pela Petrobras na refinaria. Porém, a estatal disse que a alta não seria necessariamente repassada ao consumidor, uma vez que a variação é de acordo com estoques dos postos e a concorrência de mercado.Segundo informou a Petrobras, para a formação do preço da gasolina e diesel no curto prazo, a estatal analisa a participação no mercado interno em relação ao mercado internacional e decide periodicamente se haverá manutenção, redução ou aumento nos preços praticados nas refinarias. Aumento no gás de cozinha esperado para esta semanaEmbora ainda não esteja oficializado pela Petrobras, as revendas de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) - gás de cozinha - em Palmas já estão comunicando aos consumidores que devem aumentar o preço do produto em até 12% ainda para esta semana.A expectativa é que o valor do botijão de 13 quilos, que hoje é encontrado a valores que variam entre R$ 75,00 e R$ 88,00 cheguem a casa dos três dígitos, custando em média R$ 100,00.Em uma distribuidora na região central da Capital, o valor praticado para retirada no balcão, o botijão estava sendo vendido ontem a R$ 78,00. Já para entrega domiciliar, o preço sofria acréscimo de R$ 5,00, chegando a R$ 83,00.Em outra distribuidora, na região Sul, os custos estavam ainda mais alto, sendo R$ 82,00 no balcão e R$ 88,00 para entrega. O vendedor, que preferiu não ser identificado, aconselhou a compra imediata, uma vez que a alta estaria prevista hoje e o novo valor, embora ainda não estivesse definido, deveria sofrer acréscimo demais de 10%.Para o comerciante do ramo de alimentação Joselito Paiva, a falta de alternativas ao gás de cozinha, faz com que o consumidor fique refém das refinarias dos altos preços praticados pelas revendedoras. “Para comprar o gás, fazemos cotação por telefone, nós consumimos cerca de três botijões por semana e temos que embutir este custo no preço ao consumidor. Se realmente o gás passar a valer R$ 100,00, vai ficar muito difícil”, reclamou.A dona de casa Marilene Lima disse que tem buscado alternativas como usar carvão, para cozinhar alimentos que requerem mais tempo, deixar o feijão de molho na noite anterior. “Também uso mais a panela de pressão, para cozinhar mais rápido”, contou.()