Com a volta das aulas marcadas para o final de janeiro e começo de fevereiro, muitos pais e alunos saem para as compras de materiais escolares. Esse foi o caso da atendente Larissa Adiran da Silva, de 21 anos, que reclamou do aumento dos preços dos itens nesta quarta-feira, 12. “Está tudo muito caro. O salário é pouco e as coisas são muito caras, relata. A estratégia de Larissa é a tradicional, mas mesmo assim as compras pesaram no orçamento familiar, já que a jovem procurava matérias escolares para ela mesma, sua irmã e sua filha, de 4 anos, na Capital. “O jeito é pesquisar muito, mas mesmo assim é difícil achar preços melhores. Esse ano está pesado muito mais”, finaliza. Nesta segunda-feira, 10, e terça-feira, 11, o Procon Tocantins realizou a tradicional pesquisa de preços em Palmas que apontou variação de 341,80% em um item. A maior diferença foi no valor de uma marca de giz de cera,sendo vendido entre R$ 1,89 e R$ 8,35. Em segundo lugar ficou um modelo de lápis preto com variação de 300,00%. O preço encontrado nos estabelecimentos ficou entre R$ 0,25 e R$ 1,00. Logo em seguida, em terceiro lugar, uma régua teve uma variação mais baixa que o primeiro e o segundo, mas ainda ficou em 184,21%, com a venda do item a valores de R$ 0,95 a R$ 2,70. Ainda com diferenças superiores aos 100% estão um modelo de marca texto com 152,73%, um tipo de borracha com 136,84% e uma lapiseira com 100,00%. Na outra ponta da pesquisa, marcas de lápis de cor tiveram variações abaixo dos 5%, com uma variando 3,75% e outra 4,18%. Um modelo de caneta também está entre as menores diferenças encontradas pelo Procon, sendo 7,08%. Uma cola bastão tem variação de 8,45% e, em contrapartida com a maior diferença encontrada no levantamento, outro modelo de giz de cera foi encontrado com preços de R$ 4,10 a R$ 4,40, em percentual 7,32%. Pesquisa e cuidados Foram pesquisados 86 produtos em 5 estabelecimentos comerciais. Entre os produtos pesquisados estão canetas hidrográficas, apontadores, borrachas, cadernos, colas em bastão e líquida, giz de cera, lápis preto e lapiseiras, marca texto, massas de modelar, réguas, tesouras, corretivos, papel, pincel e tinta.“O objetivo é fornecer ao consumidor uma amostra das diferenças de preços que ele pode encontrar no mercado de material escolar, além de auxiliá-lo para que, quando for sair de casa, já saiba onde estão os melhores valores e economizem tempo. É sempre bom frisar que o consumidor precisa adquirir o hábito de pesquisar antes da compra de qualquer produto”, pontuou o superintendente do Procon Tocantins, Walter Viana.O Procon Tocantins ainda alerta que antes da compra, verifique os itens que se podem ter em casa, que estejam em bom estado e que possam ser reutilizados. A orientação ainda é evitar comprar materiais com personagens, logotipos e acessórios licenciados, porque geralmente os preços são mais elevados.Outra dica é promover e participar da troca de livros didáticos entre alunos que cursam séries diferentes. Segundo a Gerência de Fiscalização do Procon Tocantins, desde fevereiro de 2015, alguns produtos como apontadores, borrachas, canetas hidrográficas e esferográficas, dentre outros, só podem ser comercializados com o selo do Inmetro. Pesquisa anterior Apesar das altas variações encontradas, em um levantamento anterior, na primeira semana de janeiro, o Procon Municipal da Capital verificou 27 itens em sete estabelecimentos e encontrou variações de até de 578%, O item pesquisado era a canetinha hidrocor sendo vendida de R$ 1,99 a R$ 13,50. Em contrapartida, a menor variação de preços encontrada foi no caderno de brochura, sendo 40% e preços entre R$ 4,28 e R$ 5,99.Isso mostra que por ser período de compras desses produtos devido a volta às aulas, os preços podem mudar devido a aquisição de produtos novos pelos comércios, por isso a orientação é sempre pesquisar. “A pesquisa que realizamos apontaram variações significativas de preços de um estabelecimento para outro, por isso sempre reforçamos a importância de verificar essas diferenças de valores antes de efetuar as compras, para pode economizar nesse início de ano”, destacou o secretário executivo do Procon Municipal de Palmas, Dulcélio Stival, ainda na data. -Imagem (1.2385670)