A Operação Franquia deflagrada pela Polícia Civil desmontou um esquema de sonegação fiscal em Palmas para recuperação de R$ 1,8 milhão em créditos tributários. A ação ocorreu nesta quarta-feira Unaí (MG), onde o grupo criminoso estaria constituindo empresas de fachada, que eram chamadas, no jargão do fisco, de “noteiras”, causando prejuízos aos cofres públicos do Tocantins. As empresas eram montadas em Palmas. A Operação cumpriu seis mandados de busca e apreensão que recolheu documentos e arquivos dos investigados de Minas Gerais. Em investigações, a Polícia Civil descobriu indícios de crimes contra a ordem tributária após os auditores da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) apresentaram representação fiscal para apuração do caso. Com o inquérito instaurado e diligências realizadas, a investigação constatou que um empresário, uma contadora e o proprietário de uma transportadora constituíram a empresa de fachada e estariam utilizando notas fiscais falsas para aproveitar créditos tributários.O inquérito investiga a prática de crime contra a ordem tributária, falsificação de documento público e particular, falsidade ideológica, associação criminosa, organização criminosa e lavagem de capitais. A ação ocorreu com agentes da Divisão Especializada de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária em conjunto com a Divisão Especializada de Repressão à Corrupção, ambas vinculadas à Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado da Polícia Civil e apoio da Sefaz. A Operação contou ainda com o apoio do fisco de Goiás, Distrito Federal e Minas Gerais.Nome A Operação recebeu o nome de Franquia após auditores identificarem que o esquema de sonegação fiscal teria sido copiado de um caso ocorrido em Minas Gerais, quando em 2020 foram descobertos os desvios de quase R$ 1 bilhão. O crime teria sido reproduzido no Tocantins aos moldes de uma franquia.