Nesta semana, o litro da gasolina já chegou a R$ 5,69 em alguns postos de combustíveis de Palmas. Essa é a quarta mudança no preço anunciado pela Petrobras, tanto da gasolina quanto do diesel, que registrou um aumento de, pelo menos, R$ 0,23 no litro do produto. Em alguns estabelecimentos o valor também é comercializado a R$ 5,59, conforme verificou a reportagem no centro da cidade.O preço cobrado nas refinarias da Petrobras corresponde a cerca de 33% do preço pago pelos consumidores finais da gasolina e a 51% do preço final do diesel, segundo a estatal. A companhia explica que "até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis, além das margens brutas das companhias distribuidoras e dos postos revendedores de combustíveis".Devido ao aumento, os consumidores questionaram sobre mais um reajuste no valor do produto. “Se colocarmos na ponta do lápis e calcularmos direitinho esses valores, o que é gasto e o que entra em nossas receitas, dá pra perceber que estamos pagando para trabalhar. Realmente não sei onde iremos parar com tantos reajustes na gasolina”, afirma a funcionária pública, Karolina Sousa Oliveira.Em 18 de janeiro, a estatal anunciou um aumento médio de R$ 0,15 para a gasolina e manteve o preço do diesel. No dia 26 do mesmo mês, um novo reajuste elevou o preço nas refinarias em R$ 0,10 para a gasolina e em R$ 0,09 para o diesel. Já em 8 de fevereiro, foi anunciado um aumento de R$ 0,17 para a gasolina e de R$ e de 0,13 para o diesel.Sindiposto-TOO presidente do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Tocantins (Sindiposto-TO), Wilber Silvano, destaca que desde a gestão do ex-presidente, Michel Temer (PMDB), a política de preços dos combustíveis se baseia nos acontecimentos do mercado internacional. "Isso quer dizer que: se a cotação cambial ou o valor do barril de petróleo varia, isso acaba impactando também em nosso mercado interno".O presidente também acredita que para mudar essa realidade sobre o custo elevado desses produtos, é necessária uma reforma tributária. "Haja vista que a maioria dos estados são extremamente dependentes dos impostos recolhidos pela venda dos combustíveis".