O agronegócio, setor que movimenta uma grande cadeia de produção, é o principal propulsor da economia tocantinense e apesar dos números favoráveis, a crise política e econômica na qual o País atravessa, pode afetar o setor. É a partir de agora que o calendário de exposições agropecuárias no Estado se intensifica. Hoje termina a XLV Expo Gurupi, uma das três maiores feiras do Tocantins. Segundo o presidente do Sindicato Rural da cidade, João Batista de Oliveira Neto, o público estimado nos oito dias de feira é de 200 a 250 mil pessoas. Quanto ao volume de negócios, o presidente espera chegar a R$ 25 milhões, o mesmo alcançado em 2016. “Apesar da situação caótica, estamos otimistas e acreditando no setor”, ressaltou.Já para o superintendente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Tocantins (Faet), Frederico Sodré, a expectativa não é tão positiva. Ele explicou que a entidade preferiu não estimar o volume de negócios deste ano para não frustrar o setor caso não atinja o montante esperado. Em 2016, as 35 feiras agropecuárias movimentaram R$ 200 milhões em volume de negócios. Para o primeiro semestre deste ano, Sodré acredita que haverá queda nas negociações, com base em um levantamento prévio das quatro primeiras exposições já realizadas. Entretanto, Sodré estima que no segundo semestre a movimentação financeira será melhor. “A expectativa é que o segundo semestre cubra o deficit do primeiro e que consigamos pelo menos manter o alcançado em 2016”, explicou. Embora o superintendente tenha observado queda no volume de negócios das feiras, a movimentação de pessoas segue dentro do esperado. Ainda neste mês de maio serão realizadas as exposições nos municípios de Colméia, Miranorte e Divinópolis. Em junho, serão 14 feiras agropecuárias: Barrolândia, Aliança, Peixe, Guaraí, Formoso do Araguaia, Araguaína, Paraíso, Taguatinga, Palmeirópolis, Pium, Arraias, Cristalândia, Arapoema e Tocantinópolis. O residente da Faet, Paulo Carneiro, ressaltou que o órgão, junto com o Senar, participará de todas as exposições durante o ano. “Vamos continuar apoiando todas as Feiras, mesmo com as dificuldades que o País passa neste momento. Não vamos deixar de ajudar os presidentes de Sindicatos, o produtor rural e a comunidade em geral porque o agronegócio é a grande responsável pelo desenvolvimento da economia do Tocantins”, disse Carneiro.