“Não consigo achar gás em Palmas. Já passei por cinco locais e não encontrei. Não tenho um plano B caso não encontre. Está caótico”. Essa é a afirmação do mecânico Antonio Medeiros de Lima, de 60 anos, ao ser questionado pela a equipe do Jornal do Tocantins quando procurava por gás na quadra 112 Sul, em Palmas. Ele procura pelo produto desde o último sábado, 11.Revendedores de gás de cozinha confirmam a situação. Segundo Silvanio Rodrigues da Silva, 42, dono de uma revendedora de gás em Palmas e Gurupi, revendedores do Tocantins estão com dificuldades para encontrar o produto há pouco menos de uma semana. “Tenho ainda porque fiz uma reserva recente”, disse o empresário.De acordo com Silva, três carretas estão paradas há cerca de duas semanas em Belém (PA) aguardando a carga de gás, que tem polo de distribuição e engarrafamento do produto na Capital paraense. “Não temos um retorno sobre essa situação. Quando vem é muito pouco”, lamenta.Em pesquisa com algumas revendedoras, também é notado a alta no preço, que pode variar entre R$ 80 e R$ 100. Recentenmente, sobre a falta e o aumento do produto durante a pandemia de Covid-19, a Petrobras informou que reforça o abastecimento do gás de cozinha através de compras adicionais já efetuadas dentro do seu programa de importação. “As importações adicionais se somarão às produções atuais das refinarias da região Sudeste, com a chegada de três navios no porto de Santos previstas para os dias 30/03,06/04 e 10/04. Cada navio tem capacidade adicional de 20 milhões de quilos de GLP (equivalente a 1,6 milhões de botijões P13). Não há qualquer necessidade de estocar GLP neste momento, pois não haverá falta de produto para abastecer a população”, disse.Conforme a Petrobras, com a redução de -10% a partir de 31/03/2020, o preço médio nas refinarias da Petrobras será equivalente a R$21,85 por botijão de 13kg. No acumulado do ano, a redução é de cerca de -21%. “A Petrobras conta com as distribuidoras e revendedores para que essas reduções do preço do botijão de gás cheguem até o consumidor final”, completou no informe.O Jornal do Tocantins entrou em contato com o Sindicato dos Revendedores e Transportadores de Gás do Tocantins. Por telefone, o vice-presidente José Carlos Brito, afirmou que a situação deve melhorar em breve. “O abastecimento já teve uma melhora. Acontece que a produção de petróleo sofreu uma queda nos últimos dias e as pessoas passaram a comprar mais gás e estocar”, diz. Brito alerta que as pessoas não devem estocar, pois o produto não faltará para a população e reforça que o gás precisa ser armazenado com segurança e não recomenda a compra indiscriminada do produto.Outra questão que faz com que o gás de cozinha demore a chegar às revendedoras são as filas dos caminhões nas engarrafadoras por conta da alta procura do produto, segundo o presidente. “Deve melhorar em breve. O abastecimento já acontece normalmente. As engarrafadoras de gás reforçam que já possuem o produto para armazenar”, garante.