A colheita de grãos 2017/2018 do Tocantins será oficialmente aberta hoje, em evento que tem a previsão de reunir produtores, governo do Estado e o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, na fazenda Bacaba, no município de Caseara.O clima entre produtores e poder público é de otimismo, com a previsão de crescimento em torno de 6% na produção da soja em relação ao ano passado, segundo estimou o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Tocantins (Aprosoja-TO), Maurício Buffon.De acordo com ele, a expectativa só será confirmada em aproximadamente 40 dias, que será o período de término da colheita. “Porém, neste ciclo temos uma produção maior, mas precisamos que a chuva cesse um poco para não prejudicar a colheita”, disse Buffon.A outra expectativa é em relação ao milho safrinha, que devido ao atraso na chegada das chuvas, na safra 2017/2018, teve que ter o início do plantio adiado para a segunda quinzena deste mês. Em relação a isto, o vice-presidente da Aprosoja, Alcides Serpa, avaliou que pode haver uma queda na produção, mas nada que possa comprometer a estimativa de produção para o Estado. “A cadeia soja/milho corresponde atualmente a cerca de 50% do Produto Interno Bruto do (PIB) do Tocantins, porque o ciclo é mais rápido, gera mais empregos que a pecuária e movimenta muito recurso financeiro”, disse Serpa.Segundo o presidente Buffon, a previsão é que este ano a produção de soja movimente um volume de recursos estimado em mais de R$ 4 bilhões. “Mesmo assim, o setor carece de mais incentivos, porque a margem de lucro ao produtor é muito apertada”, explicou o presidente da Aprosoja, acrescentando que a área plantada atualmente com o grão - de cerca de 1 milhão de hectares e que corresponde a 3% do território do Estado - poderia ser dobrada.“Para expansão precisamos de segurança jurídica e garantia de retorno, porque os investimentos são altos”, disse Buffon.O subsecretário de Agricultura e Pecuária do Tocantins, Ronison Parente, confirmou a possibilidade de área plantada, explicando que no Tocantins existem quase 5 milhões de hectares de pastagens degradadas e que podem ser utilizadas para a agricultura sem gerar passivo ambiental. “O Tocantins tem possibilidade de quase triplicar sua área plantada, que hoje corresponde a uma produção de 4,5 milhões de toneladas de grãos, sendo que a soja corresponde a mais de 50% desta produção”, informou Ronison Parente.