O impacto do clima em energia e alimentos e a variação dos preços do setor de serviços serão peças-chave para definir se o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) fechará o ano de 2024 dentro ou fora do teto da meta de inflação, conforme economistas consultados pela reportagem. Na mediana, as projeções do mercado financeiro para o índice oficial aumentaram de 4,5% para 4,55%, de acordo com o boletim Focus divulgado nesta segunda (28) pelo BC (Banco Central). Se confirmado, o novo número representará um estouro da meta neste ano, já que o teto é de 4,5% nos 12 meses até dezembro. Para o economista Fábio Romão, da consultoria LCA, o principal fator que pode deixar a inflação dentro ou fora do limite da medida de referência neste ano é o comportamento das chuvas no país. O volume de precipitações, diz, pode influenciar tanto a inflação da energia elétrica quanto os preços de parte dos alimentos -para baixo ou para cima.