O presidente da República, Jair Bolsonaro, negou que haja intensão de controlar artificialmente os preços dos combustíveis, o que significaria intervir na Petrobras. “Não sou intervencionista. Essa política está sendo seguida pelo almirante Bento (Albuquerque, ministro de Minas e Energia)“, afirmou nesta segunda-feira (6).De acordo com Bolsonaro, a crescente tensão no Oriente Médio após operação dos Estados Unidos que resultou na morte do general iraniano Qassim Soleimani não impactou os preços dos combustíveis, como esperavam analistas .Soleimani era considerado herói nacional em seu país. A expectativa de reação do Irã assustou os operadores do petróleo.Bolsonaro falou a jornalistas na porta do Ministério de Minas e Energia. Antes, ele teve uma reunião com o ministro Bento Albuquerque, com o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, e com o diretor-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), Décio Oddone.Ele disse que está sendo discutida a venda de refinarias da empresa. A informação foi confirmada por Castello Branco em entrevista concedida minutos depois.O presidente da República também reafirmou que não será taxada a geração de energia elétrica a partir da luz solar. “Se o Brasil voltar a crescer, precisaremos rezar para que chova ou achar outras fontes de energia”, disse, referindo-se à geração de energia hidrelétrica, predominante no país.Ele sugeriu, porém, que pode ser cobrada uma espécie de “frete” para a energia distribuída (produzida pelos próprios consumidores). Ou seja, o uso das linhas de transmissão.Jair Bolsonaro também afirmou que está sendo reavaliada a sua ida a Davos, na Suíça, para o Fórum Econômico Mundial, no fim de janeiro. Há preocupação com a possibilidade de haver atentados contra autoridades no local.