Apesar da <a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/cidades/ministerio-publico-aponta-crise-na-policia-civil-e-aciona-justica-para-realizac-o-de-concurso-publico-1.3292070" target="_blank">crise na Polícia Civil revelada pelo Ministério Público do Tocantins (MPTO),</a> a Secretaria da Segurança Pública (SSP) apresentou um balanço positivo&nbsp;durante coletiva de imprensa&nbsp;nesta segunda-feira (28),&nbsp;na Delegacia-Geral da Polícia Civil, em Palmas.&nbsp;

Com os resultados do primeiro semestre de 2025 na área de segurança, a SSP afirmou que as ações de combate à criminalidade resultaram em uma "queda acentuada nos principais indicadores de crimes violentos, como os homicídios e os crimes de natureza sexual".

<ul>
	<li>Veja vídeo no Jornal Anhanguera 2ª Edição:&nbsp;<a href="https://g1.globo.com/to/tocantins/videos-ja-2-edicao-to/video/policia-civil-inaugura-delegacia-anuncia-balanco-de-crimes-no-estado-e-fala-de-concurso-13795586.ghtml" target="_blank">Polícia Civil inaugura delegacia, anuncia balanço de crimes no estado e fala de concurso&nbsp;</a></li>
</ul>

Segundo divulgou a pasta, a realização de operações contra as principais facções criminosas que atuam no estado levou ainda a "reduções expressivas na quantidade de crimes contra o patrimônio, principalmente roubos, que chegaram ao menor nível da série histórica iniciada em 2020."

Acontece que na última terça-feira (22), o MPTO ingressou com uma ação civil pública contra o Estado por omissão na realização de concursos para a Polícia Civil. De acordo com o órgão ministerial, a&nbsp;<a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/cidades/ac-o-do-mpto-alerta-para-agravamento-da-crise-na-policia-civil-1.3292484" style="font-size: 12px;" target="_blank">ausência de novos servidores compromete o funcionamento da corporação e caracteriza uma crise estrutural</a>&nbsp;&nbsp;que resulta em prejuízos como a deterioração do sistema de segurança pública.

E, diante da denúncia sobre a falta de efetivo e o fechamento de pelo menos cinco delegacias, o secretário de Segurança Pública do Tocantins, Bruno Azevedo, divulgou a implantação de mais uma unidade da Delegacia de Repressão a Roubos (DRR).

Junto à cúpula da Polícia Civil, o secretário também anunciou um reforço na Delegacia Especializada de Polícia Interestadual, Capturas e Desaparecidos (Polinter – Palmas), que receberá policiais que estavam lotados em funções administrativas.

Para Bruno Azevedo, o resultado apresentado na coletiva de imprensa é reflexo do compromisso da Polícia Civil em garantir tranquilidade e segurança.

<cite>A atuação dos nossos policiais contra lideranças de organizações criminosas foi essencial para os resultados alcançados. São ações que atingiram a capacidade de diferentes grupos criminosos de agir de forma coordenada. Isso torna nossas ruas mais seguras e permite que o cidadão possa circular com a garantia de que há uma força policial atuante e atenta”, comentou o secretário.</cite>

Conforme a SSP, a base comparativa de todos os dados é o primeiro semestre de 2024 com relação ao mesmo período deste ano. De acordo com a pasta, os números apontados refletem o total de vítimas e não o total de boletins de ocorrência, uma vez que um único boletim pode registrar mais de uma vítima.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/cidades/ac-o-do-mpto-alerta-para-agravamento-da-crise-na-policia-civil-1.3292484" target="_blank">Ação do MPTO alerta para agravamento da crise na Polícia Civil</a> 
<a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/cidades/ministerio-publico-aponta-crise-na-policia-civil-e-aciona-justica-para-realizac-o-de-concurso-publico-1.3292070" target="_blank">Ministério Público aponta crise na Polícia Civil e aciona Justiça para realização de concurso público</a></div>

<h2>DADOS DO GOVERNO</h2>

Homicídios e feminicídios

No caso dos homicídios, a queda foi de 5,08%. Enquanto no primeiro semestre de 2024 houve 137 casos, no mesmo período de 2025 foram 129. No caso dos feminicídios, o número reduziu 25%, de oito para seis casos no mesmo período.&nbsp;&nbsp;

Crimes sexuais

O crime de estupro apresentou redução de 10,11% no primeiro semestre, indo de 89 casos no primeiro semestre de 2024 para 80 no mesmo período deste ano. A redução foi ainda mais expressiva com relação ao crime de estupro de vulnerável. Nos seis primeiros meses deste ano foram 403 casos em todo o estado, ante 464 no primeiro semestre de 2024. Isso representa uma queda de 13,15%

Nesta categoria também aparecem os crimes de assédio e importunação sexual. Para os casos de assédio a queda foi de 5,41%, indo de 37 para 35 casos entre um ano e outro. Já os casos de importunação sexual reduziram 7,36%, de 163 em 2024 para 151 em 2025.

Crimes contra o patrimônio

A melhoria na segurança pública é ainda mais perceptível nos índices de crimes contra o patrimônio. Os casos de roubo, quando há o emprego de violência para a subtração do bem, despencaram 20,79%, indo de 1.169 no primeiro semestre do ano passado para 926 casos em 2025.

Já os furtos, quando a subtração do bem é feita sem o emprego de violência, apresentou redução de 1,8%, indo de 7.045 casos nos primeiros seis meses de 2024 para 6.918 este ano. Houve ainda redução de 3,61% nos casos de estelionato, indo de 6.954 casos para 6.703.

&nbsp;

Segurança Pública apresenta dados em meio à crise na Polícia Civil exposta pelo MPTO

Cidades

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Matéria - Cidades- JTO

Coletiva de imprensa

O juiz Roniclay Alves de Morais, da 1ª Vara de Feitos da Fazenda e Registros Públicos de Palmas, decidiu conceder liminar parcial sobre os pedidos do MInistério Público do Tocantins (MPTO), no que se refere à <a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/cidades/ac-o-do-mpto-alerta-para-agravamento-da-crise-na-policia-civil-1.3292484" target="_blank">suposta crise estrutural na Polícia Civil.</a> A decisão determina que o Estado do Tocantins deve apresentar um relatório detalhado da situação atual da corporação.

<cite>A prudência recomenda, portanto, que se aguarde a angularização da relação processual, com a apresentação da contestação pelo Estado do Tocantins, para que este juízo possa formar um convencimento mais seguro sobre a controvérsia", escreveu o juiz na decisão.</cite>

Roniclay Alves de Morais assinou o documentou nesta quarta-feira (6) e&nbsp;as informações solicitadas pelo magistrado devem ser apresentadas pelo governo estadual em um prazo de 15 dias, e precisam conter:

<ul>
	<li>Quadro completo de servidores ativos por cargo e lotação;</li>
	<li>Relação de delegacias fechadas ou com funcionamento precário;</li>
	<li>Projeção de aposentadorias até dezembro de 2025/2026;</li>
	<li>Identificação de recursos orçamentários disponíveis para concurso.</li>
</ul>

A Secretaria da Segurança Pública afirmou que ainda não foi notificada da decisão.

<h2>Máxima cautela</h2>

A <a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/cidades/ministerio-publico-aponta-crise-na-policia-civil-e-aciona-justica-para-realizac-o-de-concurso-publico-1.3292070" target="_blank">ação civil pública movida contra o Estado por omissão na realização de concursos para a Polícia Civil</a> destaca "perigo de dano iminente, irreversível e exponencialmente crescente".&nbsp;O MPTO revela um "colapso investigativo documentado" e apresenta evidências de que diversas unidades policiais operam com déficit crítico, sendo que cinco delas estão completamente fechadas nos municípios de Abreulândia, Marianópolis, Divinópolis, Monte Santo e Pugmil.

Ainda de acordo com o MPTO, a gravidade da situação se intensificou drasticamente este ano, com falhas na elaboração de laudos periciais e ausência de servidores públicos, como médicos especialistas.

Para o juiz, a intervenção do Poder Judiciário em políticas públicas, embora possível para assegurar direitos fundamentais, deve ocorrer de forma excepcional e com máxima cautela, "sob pena de violação ao princípio da separação dos poderes."

Sobre a reativação imediata das delegacias fechadas, e que realize o credenciamento de médicos especialistas em perícia, o magistrado aifrmou que isso "igualmente pressupõe a instauração do contraditório antes da imposição de qualquer medida."

<div class="p-readmore-box"><a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/cidades/seguranca-publica-apresenta-dados-em-meio-a-crise-na-policia-civil-exposta-pelo-mpto-1.3293525" target="_blank">Segurança Pública apresenta dados em meio à crise na Polícia Civil exposta pelo MPTO</a> 
<a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/cidades/ac-o-do-mpto-alerta-para-agravamento-da-crise-na-policia-civil-1.3292484" target="_blank">Ação do MPTO alerta para agravamento da crise na Polícia Civil</a> 
<a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/cidades/ministerio-publico-aponta-crise-na-policia-civil-e-aciona-justica-para-realizac-o-de-concurso-publico-1.3292070" target="_blank">Ministério Público aponta crise na Polícia Civil e aciona Justiça para realização de concurso público</a></div>

<h2>Concurso Público</h2>

O MPTO havia pedido tutela provisória de urgência para obrigar o Estado do Tocantins a iniciar, de forma escalonada e sob monitoramento judicial, as providências necessárias à realização de concurso público para preenchimento de cargos da Polícia Civil. Dessa forma, pede na ação que a Justiça determine que o Estado:

<ul>
	<li>Apresente, no prazo de 30 dias, relatório detalhado da situação atual da Polícia Civil, contendo:&nbsp; quadro completo de servidores ativos por cargo e lotação; relação de delegacias fechadas ou com funcionamento precário; projeção de aposentadorias até dezembro de 2025/2026; identificação de recursos orçamentários disponíveis para concurso;</li>
	<li>Apresente, no prazo de 60 dias, minuta completa do edital do concurso público para recomposição do quadro geral da Polícia Civil, contendo: cronograma executável com datas específicas; número de vagas por cargo (mínimo de 1.272 vagas); previsão de realização das provas; cronograma de nomeações escalonadas;</li>
	<li>Publique edital do concurso público no prazo de 90 dias;</li>
	<li>Realize as provas do concurso público no prazo de 120 dias;</li>
	<li>Reative imediatamente o funcionamento das delegacias fechadas mediante&nbsp;remanejamento emergencial de servidores ou designação de plantonistas;</li>
	<li>Realize no prazo máximo de 60 dias o credenciamento de médicos especialistas - via processo seletivo simplificado - para cada área existente na legislação vigente, garantindo-se o funcionamento das perícias médicas em todo o Estado do Tocantins, por meio de contrato especial e excepcional com valide de 1 (um) ano;</li>
	<li>Garanta o funcionamento da unidades no interior (Delegacias de Polícia Civil) das 8 horas da manhã às 18 horas, no prazo de sessenta dias, momento em que poderá o Estado do Tocantins estabelecer plantões regionais que não estejam a distância superior a 120 km.</li>
</ul>

Juiz determina que Estado apresente relatório sobre situação da Polícia Civil e indique se há recursos para concurso

Justiça

A&nbsp;<a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/cidades/ministerio-publico-aponta-crise-na-policia-civil-e-aciona-justica-para-realizac-o-de-concurso-publico-1.3292070" target="_blank">ação civil pública movida contra o Estado por omissão na realização de concursos para a Polícia Civil</a> destaca "perigo de dano iminente, irreversível e exponencialmente crescente". Entre as justificativas&nbsp;para a rápida decisão diante do colapso denunciado na corporação está o "efeito cascata irreversível", que, segundo o&nbsp;Ministério Público do Tocantins (MPTO), resulta em prejuízos como a deterioração do sistema de segurança pública, agravada pela ausência de concursos há mais de uma década.

<cite>Cada mês de atraso na realização do concurso resulta&nbsp;em mais aposentadorias, mais crimes não investigados, mais laudos não produzidos e&nbsp; maior deterioração do sistema de segurança pública", diz trecho da ação coletiva.</cite>

No Tribunal de Justiça, conforme consulta do JTo no sistema e-Proc, o processo encontra-se concluso e aguarda decisão do magistrado&nbsp;Roniclay Alves de Morais, juiz da 1ª Vara de Feitos da Fazenda e Registros Públicos de Palmas.&nbsp;A ação, assinada pelo promotor João Edson de Souza, requer intervenção na forma de atuação da instituição pública para reestruturar o funcionamento da corporação.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/cidades/investigac-o-aponta-47-envolvidos-em-golpe-de-falso-advogado-e-prejuizo-de-r-150-mil-1.3291745" target="_blank">Investigação aponta 47 envolvidos em golpe de falso advogado e prejuízo de R$ 150 mil</a> 
<a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/politica/promotor-de-justica-aposentado-e-nomeado-como-secretario-de-cidadania-e-justica-no-governo-estadual-1.3291186" target="_blank">Promotor de justiça aposentado é nomeado como secretário de Cidadania e Justiça no governo estadual</a> 
<a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/cidades/ex-servidora-de-presidio-vai-responder-por-ameacar-e-cobrar-dinheiro-de-familiares-de-presos-1.3287281" target="_blank">Ex-servidora de presídio vai responder por ameaçar e cobrar dinheiro de familiares de presos</a></div>

<h2>Crise estrutural</h2>

O MPTO revela um "colapso investigativo documentado" e apresenta evidências de que diversas unidades policiais operam com déficit crítico, sendo que cinco delas estão completamente fechadas nos municípios de Abreulândia, Marianópolis, Divinópolis, Monte Santo e Pugmil. De acordo com o órgão ministerial, a <a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/cidades/ministerio-publico-aponta-crise-na-policia-civil-e-aciona-justica-para-realizac-o-de-concurso-publico-1.3292070" target="_blank">ausência de novos servidores compromete o funcionamento da corporação e caracteriza uma crise estrutural.</a>&nbsp;

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública afirmou que trabalha para a realizar um concurso público no menor prazo possível e que, "mesmo diante do cenário desafiador, trabalha diuturnamente para atender às necessidades da comunidade com a estrutura existente."&nbsp;(veja nota completa no final da matéria).&nbsp;

<img attr-cid="policy:1.3287288" attr-version="policy:1.3287288:1753465837" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3287288/PC2.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Polícia durante operação em presídio de Paraíso (Divulgação/Polícia Civil)

<h2>Prazos</h2>

O MPTO ingressou com a ação civil pública na terça-feira (22) e sugeriu um prazo de 15 dias para que o Estado&nbsp;se manifeste sobre o pedido liminar, ao invés das tradicionais 72 horas da Lei 8.437/92.&nbsp;Segundo o órgão ministerial, esse prazo estendido é necessário para que o Executivo apresente uma proposta concreta de cronograma para a solução da crise.

Também pede&nbsp;reativação imediata das delegacias fechadas, e que&nbsp;realize, em 60 dias, o credenciamento de médicos especialistas em perícia, bem como que seja garantido o funcionamento de delegacias no interior do estado no horário de 8 às 18&nbsp;horas e que os plantões regionais estejam a uma distância de até 120km de distância.

<ul>
	<li>Veja vídeo no Jornal Anhanguera 2ª Edição:&nbsp;<a href="https://g1.globo.com/to/tocantins/videos-ja-2-edicao-to/video/relatorio-do-mp-aponta-deficit-de-mais-de-1200-prifissionais-na-policia-civil-no-to-13789668.ghtml" target="_blank">Relatório do MP aponta déficit de mais de 1.200 profissionais na Polícia Civil no TO</a></li>
</ul>

<h2>Concurso</h2>

O Ministério Público solicitou à Justiça que o Estado seja obrigado a&nbsp;publicar um edital de concurso público em 90 dias e a aplicação das provas em 120 dias, visando a recomposição do quadro da Polícia Civil.

Antes disso, em um prazo de 60 dias, apresente a minuta do edital do certame com:

<ul>
	<li>Cronograma executável com datas específicas;</li>
	<li>Número de vagas por cargo (mínimo de 1.272 vagas);</li>
	<li>Previsão de realização das provas;</li>
	<li>Cronograma de nomeações escalonadas.</li>
</ul>

<img attr-cid="policy:1.2419312" attr-version="policy:1.2419312:1753464944" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.2419312/image/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Polícia Civil está há mais de uma década sem concurso público (Divulgação/Polícia Civil)

<h2>Nota da Segurança Pública</h2>

A Secretaria da Segurança Pública do Tocantins informa que trabalha para a realização, no menor prazo possível, de um concurso público que irá recompor os quadros da instituição. A previsão inicial é que o certame tramite ao longo dos anos de 2025 e 2026.

As nomeações dos aprovados devem ocorrer, em previsão também preliminar, no início de 2027. Esse cronograma leva em consideração que concursos na área de segurança pública exigem uma grande quantidade de fases, com testes escritos, avaliações físicas, psicológicas e investigações sociais dos aprovados, entre outros.&nbsp; Em 2026 há ainda períodos que terão restrições a alguns atos da administração pública em razão do processo eleitoral.

A SSP/TO destaca que mesmo diante do cenário desafiador, trabalha diuturnamente para atender às necessidades da comunidade com a estrutura existente. O comprometimento das equipes da Polícia Civil tem gerado quedas significativas nos índices criminais, prova do compromisso inabalável das forças com o bem-estar coletivo e com a segurança da população.

Ação do MPTO alerta para agravamento da crise na Polícia Civil

Sistema em colapso

O Ministério Público do Tocantins (MPTO) ingressou com uma ação civil pública contra o Estado por omissão na realização de concursos para a Polícia Civil, na terça-feira (22). De acordo com o órgão ministerial, a ausência de novos servidores compromete o funcionamento da corporação e caracteriza uma crise estrutural.

Conforme o MPTO, a ação requer intervenção na forma de atuação da instituição pública para reestruturar o funcionamento da corporação.

<cite>A crise sistêmica da Polícia Civil, com ausência de efetivo suficiente e desativação de delegacias, compromete diretamente a segurança pública, a ordem social e a incolumidade das pessoas e do patrimônio, demandando intervenção ministerial para assegurar a observância dos princípios constitucionais da Administração Pública", diz trecho da ação coletiva.</cite>

A ação é assinada pelo promotor João Edson de Souza, que requer a concessão de tutela provisória de urgência estrutural, ou seja, pede uma decisão rápida para evitar prejuízos irreparáveis e garantir antecipadamente a efetivação de um direito.

O promotor João Edson de Souza, que também coordena o Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (Gaesp), aponta, na ação civil pública, uma situação grave de irregularidade contínua e permanente, resultante da omissão do Estado, que está há mais de uma década sem realizar concurso público para a Polícia Civil.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública afirmou que trabalha para a realizar um concurso público no menor prazo possível e que, "mesmo diante do cenário desafiador, trabalha diuturnamente para atender às necessidades da comunidade com a estrutura existente."&nbsp;(veja nota completa no final da matéria).&nbsp;

<h2>Ausência de efetivo</h2>

Com base em levantamentos próprios, o Ministério Público denuncia uma grave crise estrutural e sistêmica de falta de efetivo na Polícia Civil. São&nbsp;1.272 cargos em déficit total, bem como a falta de 97 delegados,&nbsp;1.016 oficiais investigadores,&nbsp;27 agentes de necrotomia e 132 peritos oficiais.

Além disso, o MPTO também expõe o fechamento de cinco delegacias nas cidades de&nbsp;Abreulândia, Marianópolis, Divinópolis, Monte Santo e Pugmil.

Conforme o documento ao qual o JTo teve acesso, a projeção de aposentadorias para 2025 e 2026 indica que o quadro atual será ainda mais reduzido, enquanto a necessidade legal permanece inalterada. Isso, de acordo com o MPTO, amplia o déficit para mais de 1,4 mil servidores.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/cidades/investigac-o-aponta-47-envolvidos-em-golpe-de-falso-advogado-e-prejuizo-de-r-150-mil-1.3291745" target="_blank">Investigação aponta 47 envolvidos em golpe de falso advogado e prejuízo de R$ 150 mil</a> 
<a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/politica/promotor-de-justica-aposentado-e-nomeado-como-secretario-de-cidadania-e-justica-no-governo-estadual-1.3291186" target="_blank">Promotor de justiça aposentado é nomeado como secretário de Cidadania e Justiça no governo estadual</a> 
<a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/cidades/ex-servidora-de-presidio-vai-responder-por-ameacar-e-cobrar-dinheiro-de-familiares-de-presos-1.3287281" target="_blank">Ex-servidora de presídio vai responder por ameaçar e cobrar dinheiro de familiares de presos</a></div>

<h2>Agravamento crítico em 2025</h2>

A gravidade da situação se intensificou drasticamente em 2025, conforme demonstrado pelo orgão ministerial, com falhas na elaboração de laudos periciais e ausência de servidores públicos.&nbsp;

O MPTO revela que a&nbsp;crise pericial documentada oficialmente é de:

<ul>
	<li>518 laudos pendentes apenas no 5º Núcleo Regional de Perícia Criminal de Paraíso;</li>
	<li>4 peritos oficiais afastados por licença médica/psicoterápica em 2023-2024;</li>
	<li>Apenas 5 peritos em atividade para atender 13 municípios;</li>
	<li>Redistribuição forçada de laudos para outros núcleos por sobrecarga.</li>
</ul>

O órgão destacou ainda que, mesmo após mais de uma década sem concurso público e diante da crise sistêmica documentada, "o Estado não possui sequer estudos preliminares ou cronograma para realização do certame, caracterizando descaso administrativo absoluto."

<h2>Ações solicitadas</h2>

Na Justiça, o Gaesp solicitou que o Estado seja obrigado a&nbsp;publicar um edital de concurso público em 90 dias e a aplicação das provas em 120 dias, visando a recomposição do quadro da Polícia Civil.

Também pede&nbsp;reativação das delegacias fechadas, e que&nbsp;realize, em 60 dias, o credenciamento de médicos especialistas em perícia.

<img attr-cid="policy:1.2646954" attr-version="policy:1.2646954:1753387110" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.2646954/image/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Sede do Ministério Público em Palmas (Djavan Barbosa/Jornal do Tocantins)

Nota da Segurança Pública

A Secretaria da Segurança Pública do Tocantins informa que trabalha para a realização, no menor prazo possível, de um concurso público que irá recompor os quadros da instituição. A previsão inicial é que o certame tramite ao longo dos anos de 2025 e 2026.

As nomeações dos aprovados devem ocorrer, em previsão também preliminar, no início de 2027. Esse cronograma leva em consideração que concursos na área de segurança pública exigem uma grande quantidade de fases, com testes escritos, avaliações físicas, psicológicas e investigações sociais dos aprovados, entre outros.&nbsp; Em 2026 há ainda períodos que terão restrições a alguns atos da administração pública em razão do processo eleitoral.

A SSP/TO destaca que mesmo diante do cenário desafiador, trabalha diuturnamente para atender às necessidades da comunidade com a estrutura existente. O comprometimento das equipes da Polícia Civil tem gerado quedas significativas nos índices criminais, prova do compromisso inabalável das forças com o bem-estar coletivo e com a segurança da população.

Ministério Público aponta crise na Polícia Civil e aciona Justiça para realização de concurso público

Os procuradores que irão concorrer a vaga do próximo procurador-geral de Justiça são Abel Andrade Leal Júnior, Marcelo Ulisses Sampaio e Tarso Rizo Oliveira Ribeiro. As informações são do Ministério Público do Tocantins (MPTO).&nbsp;A votação para eleger o novo procurador-geral de Justiça de forma eletrônica deve acontecer no dia 11 de outubro. A posse do cargo está prevista para&nbsp; 14 de dezembro, em sessão solene do Colégio de Procuradores de Justiça.Leia também&nbsp;<a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/editorias/vida-urbana/minist%C3%A9rio-p%C3%BAblico-define-calend%C3%A1rio-para-escolha-de-procurador-geral-de-justi%C3%A7a-do-bi%C3%AAnio-2025-2026-1.2799029" target="_blank">Ministério Público define calendário para escolha de procurador-geral de Justiça do biênio 2025/2026</a>&nbsp;<a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/editorias/politica/elei%C3%A7%C3%B5es-2024-veja-quem-s%C3%A3o-os-candidatos-registrados-para-concorrer-%C3%A0-prefeitura-de-palmas-1.2800257" target="_blank">Eleições 2024: Veja quem são os candidatos registrados para concorrer à Prefeitura de Palmas</a>Sobre a votação&nbsp;A lista tríplice com os nomes dos candidatos mais votados será encaminhada ao governador do estado no primeiro dia útil após a votação.&nbsp; A nomeação do próximo procurador-geral de Justiça será realizada pelo chefe do Poder Executivo, e deve acontecer em até 15 dias após o recebimento da lista.&nbsp;&nbsp;A Comissão Eleitoral que conduzirá o processo é composta pelos titulares:&nbsp;Presidência: Guilherme Goseling Araújo, Ricardo Alves Peres e João Neumann Marinho da Nóbrega Suplentes: Eurico Greco Puppio e Juan Rodrigo Carneiro Aguirre&nbsp; Conheça quem são os candidatos anunciadosAbel Andrade Leal JúniorAnunciado como candidato nesta quinta-feira (15), Abel Andrade Leal Júnior ingressou no Ministério Público no dia 4 de junho de 2021.Ele ocupou os cargos das Promotorias de Justiça de Araguacema, Paranã, Colinas do Tocantins, Tocantinópolis, Itaguatins, Guaraí e Porto Nacional. Além de ocupar o cargo de subprocurador-geral de Justiça e membro do Conselho Superior do Ministério Público.&nbsp;Abel Andrade é titular da 2ª Promotoria de Justiça da Capital e chefe de gabinete da Procuradoria-Geral de Justiça, coordena o Núcleo de Apoio Remoto às Promotorias de Justiça (NAProm) e preside diversas comissões e comitês.Marcelo Ulisses SampaioMarcelo Ulisses Sampaio, de Ribeirão Preto (SP), entrou no órgão ministerial em 21 de março de 1991.&nbsp;Ao longo da carreira, atuou nas Promotorias de Justiça de Pium, Filadélfia, Cristalândia, Dianópolis, Araguaína e Guaraí e exerceu as funções de chefe de gabinete da Procuradoria-Geral de Justiça e coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).&nbsp;O candidato Marcelo Ulisses é titular da 24ª Promotoria de Justiça da Capital, subprocurador-geral de Justiça e assessor especial do procurador-geral de Justiça.Tarso Rizo Oliveira RibeiroTarso Rizo Oliveira Ribeiro nasceu em Manaus (AM) e está no MPTO desde o dia 9 de julho de 2008. Ele já ocupou o cargo das Promotorias de Justiça de Araguacema, Filadélfia e Colinas do Tocantins.&nbsp;Tarso agora é titular da 6ª Promotoria de Justiça de Araguaína. Também é coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e Encarregado de Dados da LGPD.