Vereador flagra momento em que ponte cai entre TO e MA

<a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/cidades/vereador-flagra-exato-momento-em-que-asfalto-racha-e-ponte-desaba-entre-o-tocantins-e-o-maranh-o-1.3213072" target="_blank">Um ano após o desabamento da ponte JK</a>, que deixou 14 mortos e três desaparecidos, a nova estrutura foi inaugurada nesta segunda-feira (22). Há 365 dias, o destino e as histórias&nbsp;de várias famílias se uniram na dor pela perda inesperada de mães, pais, filhos, irmãos e companheiros.&nbsp;

A cerimônia de inauguração foi realizada nas duas cabeceiras da ponte, contemplando os municípios do Tocantins e do Maranhão, com a presença do ministro dos Transportes, Renan Filho, do ministro do Esporte, André&nbsp;Fufuca, além do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos).&nbsp;

O colapso do vão central que unia os municípios de Aguiarnópolis e Estreito desde 1960 aconteceu pouco antes das 15h do dia 22 de dezembro de 2024. Pelo menos dez veículos de pequeno e grande porte estavam em trânsito quando ocorreu o acidente. Foram encontrados 14 corpos, e três pessoas nunca foram encontradas.&nbsp;

O único sobrevivente foi Jairo Silva Rodrigues, de 36 anos. Na época, ele foi resgatado com vida após o desabamento da ponte.&nbsp;

Dentre os veículos, havia quatro carretas, sendo duas com mais de 70 toneladas de ácido sulfúrico e uma com agrotóxicos, que deixaram municípios da região em alerta em relação à&nbsp;utilização da água do Rio Tocantins.&nbsp;

<a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/cidades/ministro-dos-transportes-decreta-estado-de-emergencia-apos-queda-de-ponte-entre-tocantins-e-o-maranh-o-1.3213273" target="_blank">A construção, de caráter emergencial,</a> das obras da nova ponte sobre o Rio Tocantins, entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), foi iniciada&nbsp;ainda em março de 2025, pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).&nbsp;

<h4>Novo vão&nbsp;</h4>

A nova travessia do Rio Tocantins tem 630 metros de extensão, 19 metros de largura e um vão livre de 154 metros. São duas faixas de rolamento de 3,6 metros cada, dois acostamentos com três metros cada, barreiras de proteção do tipo New Jersey, dois passeios para pedestres e guarda-corpo em cada extremidade do tabuleiro, além de um sistema de monitoramento de deformações e vibrações instalado na nova estrutura.&nbsp;

<a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/cidades/reconstruc-o-da-ponte-que-caiu-entre-to-e-ma-vai-custar-r-172-milh-es-e-deve-durar-12-meses-1.3215394" target="_blank">Cerca de R$ 171,1 milhões foram destinados à construção&nbsp;do vão</a>, e mais de 500 profissionais se revezam em dois turnos, somando quase 24 horas de trabalho, inclusive aos domingos e feriados, para entregar a estrutura no prazo de um ano.&nbsp;

<h4>O que sobrou&nbsp;</h4>

<img attr-cid="policy:1.3213034" attr-version="policy:1.3213034:1734895012" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3213034/whatsapp-image-2024-12-22-at-16.14.34.png?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Ponte cai entre Tocantins e Maranhão na BR-226 (Divulgação/Redes sociais)

Os restos da estrutura do que sobrou do vão foram implodidos&nbsp;em fevereiro deste ano. O Consórcio Penedo–Neópolis, constituído pela Construtora A. Gaspar S/A e&nbsp;Arteleste&nbsp;Construções Ltda., foi o responsável pela obra. Ao todo, foram usados 250 quilos de explosivos em perfurações feitas na estrutura.&nbsp;

Os explosivos foram instalados em cada uma das plataformas e posteriormente ativados com uma diferença de três segundos. Na época, todo o processo de implosão levou cerca de 15 segundos.&nbsp;

O procedimento exigiu a evacuação de uma área de segurança tanto do lado tocantinense quanto do maranhense. A Prefeitura de Aguiarnópolis, juntamente com a Defesa Civil, retirou a população que morava na região uma hora antes da ação. A população foi autorizada a voltar 30 minutos após ser finalizada a implosão.&nbsp;

<h4>Vereador gravou momento de tragédia</h4>

<div attr-cid="policy:1.3213530" attr-version="policy:1.3213530:1746044051" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3213530" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3213530', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3213530">Vereador flagra momento em que ponte cai entre TO e MA (1.3213530)</a></div>

A ponte JK, ou de Estreito, tinha 533 metros de extensão e foi construída ainda na década de 1960. Diante de problemas estruturais, moradores tanto da cidade tocantinense quanto da maranhense denunciavam a situação antes do desabamento.

No<a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/cidades/vereador-flagra-exato-momento-em-que-asfalto-racha-e-ponte-desaba-entre-o-tocantins-e-o-maranh-o-1.3213072" target="_blank"> momento em que o vão central cedeu, na tarde do dia 22 de dezembro do ano passado</a>, o vereador de Aguiarnópolis, Elias Junior (Republicanos), estava fazendo um vídeo do local para cobrar dos órgãos competentes soluções para a reforma da ponte que liga os estados.

O vereador chegou a contar que, antes do desabamento, a ponte estava sem manutenção e se deteriorava com o grande fluxo de veículos de carga que trafegava diariamente por ela. Durante a gravação, ele e outras pessoas que estavam no local escutaram barulhos, e a ponte cedeu.

Outras pessoas que estavam nas proximidades conseguiram filmar o momento exato em que a ponte caiu no rio Tocantins.

Algumas imagens conseguiram registrar o vão central da ponte de Estreito, como é popularmente conhecida, desabando de uma vez, causando muita fumaça com o impacto da poeira dos escombros ao atingir a água. Na água, depois do desabamento, ainda foi possível ver parte das cargas boiando.

<div class="p-readmore-box">
<a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/cidades/marido-de-caminhoneira-que-morreu-em-queda-da-ponte-fala-de-trauma-e-saudade-um-mes-apos-tragedia-tentando-esquecer-1.3222420" target="_blank">Marido de caminhoneira que morreu em queda da ponte fala de trauma e saudade um mês após tragédia: 'Tentando esquecer'</a> 
<a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/cidades/parlamentar-que-filmou-queda-da-ponte-entre-o-to-e-o-ma-diz-que-realidade-da-regi-o-mudou-a-gente-sofre-junto-1.3218890" target="_blank">Parlamentar que filmou queda da ponte entre o TO e o MA diz que realidade da região mudou: 'A gente sofre junto'</a> 
<a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/cidades/familiares-e-mototaxistas-fazem-homenagem-a-vitima-de-queda-de-ponte-pessoa-que-todos-gostavam-diz-irm-1.3216995" target="_blank">Familiares e mototaxistas fazem homenagem à vítima de queda de ponte: 'Pessoa que todos gostavam', diz irmã</a> 
<a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/cidades/carpinteiro-de-94-anos-relembra-que-participou-da-construc-o-da-ponte-que-desabou-no-rio-tocantins-tristeza-grande-1.3216832" target="_blank">Carpinteiro de 94 anos relembra que participou da construção da ponte que desabou no Rio Tocantins: 'Tristeza grande'</a> 
<a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/cidades/buscas-por-vitimas-da-queda-de-ponte-s-o-feitas-a-40-metros-de-profundidade-e-com-luz-de-lanternas-relatam-bombeiros-1.3216047" target="_blank">Buscas por vítimas da queda de ponte são feitas a 40 metros de profundidade e com luz de lanternas, relatam bombeiros</a>
</div>

<h4>Estrutura do maior vão do mundo</h4>

<img attr-cid="policy:1.3213920" attr-version="policy:1.3213920:1735209986" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3213920/whatsapp-image-2024-12-24-at-16.57.09 (1).png?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Fotos usadas em relatório do Dnitsobre a ponte entre o TO e o MA, finalizado em 2020 (Divulgação/DNIT)

<a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/cidades/ponte-que-desabou-foi-construida-em-1960-passou-por-reparos-em-1998-e-precisava-de-novas-obras-veja-historico-1.3213918" target="_blank">Na época, o DNIT foi questionado sobre as reclamações da estrutura</a> e, segundo o órgão, entre novembro de 2021 e novembro de 2023 houve um contrato de manutenção das vigas, laje, passeios e pilares da estrutura, no valor de R$ 3,5 milhões.

Já outro contrato, que tem vigência até julho de 2026, “prevê a execução de serviços para melhorar a trafegabilidade e dar mais segurança”. O departamento disse que, em maio de 2024, lançou um edital de quase R$ 13 milhões para contratação de empresa para obras de reabilitação da ponte, mas nenhuma empresa venceu o certame.

O DNIT também fez um estudo detalhado sobre a ponte em 2019, que foi concluído em janeiro de 2020. Nele, são feitos diversos apontamentos e recomendações necessárias para que o trecho fosse seguro para o tráfego.

O documento citava que, em 1998, a ponte passou por reforma, e que o pavimento, que até então era de concreto, foi substituído por asfalto. Mas, com o passar do tempo, há relatos de que havia irregularidades de nível no trecho.

<ul>
	<li><a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/cidades/ponte-que-desabou-foi-construida-em-1960-passou-por-reparos-em-1998-e-precisava-de-novas-obras-veja-historico-1.3213918" target="_blank">Veja aqui outros apontamentos que precisavam de manutenção</a></li>
</ul>

Mas, mesmo sem os documentos originais, o projeto elaborado em 2019 cita que a ponte de Estreito chegou a bater o recorde, em 1960, com o maior vão do mundo em viga reta de concreto protendido, com 140 metros de vão. A posição até então pertencia à Ponte dos Nibelungos, na Alemanha. Os dados estão, segundo o estudo, no livro O Concreto no Brasil – Recordes, Realizações e História, da Editora PINI, publicado em 1992.

<h4>Veículos submersos no Rio Tocantins</h4>

<img attr-cid="policy:1.3352034" attr-version="policy:1.3352034:1766151461" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3352034/modelo-foto-fundo-borrado-13-.png?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Momento da retirada da carreta em abril deste ano (Reprodução/Elias Júnior)

<a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/cidades/caminh-es-que-cairam-de-ponte-entre-to-e-ma-carregavam-mais-de-70-toneladas-de-acido-sulfurico-e-22-litros-de-defensivos-1.3213516" target="_blank">Ao todo, dez veículos entre carros, motos, caminhonetes e caminhões</a> chegaram a cair junto com a estrutura. Dentre os veículos, dois caminhões carregavam 76 toneladas de ácido sulfúrico e 22 mil litros de defensivos agrícolas.

Porém, uma das carretas que transportava ácido sulfúrico foi retirada entre os escombros, <a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/cidades/caminh-o-de-agrotoxicos-que-caiu-com-ponte-entre-o-tocantins-e-o-maranh-o-e-retirado-de-rio-1.3323650" target="_blank">em outubro deste ano, quase dez meses após o acidente</a>. Cinco veículos ainda estão submersos no Rio Tocantins.

Devido ao período de chuvas e ao nível elevado das águas, na época, a remoção dos veículos começou a ser realizada ainda em abril deste ano.

Ainda em janeiro deste ano, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) informou que os tanques com ácido sulfúrico no leito do rio apresentaram pequenos vazamentos. Mas a carga derramada teria sido diluída na água e não apresentaria grandes preocupações.

Na época, o Ministério da Saúde informou não haver indícios de contaminação da água. Mas o risco de dano ambiental só será eliminado totalmente após a retirada dos tanques. A pasta publicou uma série de recomendações à população e a agentes de saúde em caso de contaminação do rio.

<h4>Vidas interrompidas&nbsp;&nbsp;</h4>

<img attr-cid="policy:1.3352035" attr-version="policy:1.3352035:1766151628" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3352035/whatsapp-image-2024-12-25-at-14.37.20.png?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Corpos de quatro vítimas foram encontrados até esta quarta-feira (25) (Reprodução)

O desabamento da ponte JK deixou 18 vítimas. Desse número, o único sobrevivente foi Jairo Silva Rodrigues. Ele foi encontrado ferido no rio logo após o colapso da estrutura. Além dele, os corpos de outras 14 pessoas foram localizados.&nbsp;

Três pessoas continuam desaparecidas.&nbsp;Eles são&nbsp;Salmon&nbsp;Alves Santos, 65 anos, e o neto, Felipe&nbsp;Giuvannuci, de 10 anos, e&nbsp;Gessimar&nbsp;Ferreira da Costa, de 38 anos.&nbsp;

Veja quem são as vítimas encontradas no rio:&nbsp;

<ul>
	<li>Lorena Ribeiro Rodrigues, de 25 anos, era natural de Estreito (MA) mas morava em Aguiarnópolis (TO);&nbsp;</li>
	<li>Lorranny&nbsp;Sidrone&nbsp;de Jesus, de 11 anos. Ela estava em um caminhão que transportava portas de MDF, que saiu de Dom Eliseu (PA) e caiu no rio Tocantins;&nbsp;</li>
	<li>Kécio&nbsp;Francisco Santos Lopes, de 42 anos.&nbsp;Segundo a Secretaria de Segurança Pública, ele era o motorista do caminhão de defensivos agrícolas;&nbsp;</li>
	<li>Andreia Maria de Souza, de 45 anos.&nbsp;Ela era motorista de um dos caminhões que carregavam ácido sulfúrico;&nbsp;</li>
	<li>Anisio Padilha Soares, de 43 anos;&nbsp;</li>
	<li>Silvana dos Santos Rocha Soares, de 53 anos;&nbsp;</li>
	<li>Elisangela Santos das Chagas, de 50 anos. Ela estava em uma caminhonete, junto com o marido, o vereador&nbsp;Alison Gomes Carneiro (PSD);&nbsp;</li>
	<li>Rosimarina&nbsp;da Silva Carvalho, de 48 anos;&nbsp;</li>
	<li>Alison Gomes Carneiro, de 57 anos. Ele era vereador e estava na caminhonete com a esposa,&nbsp;Elisangela Santos, que também morreu na tragédia;&nbsp;</li>
	<li>Cássia de Sousa Tavares, de 34 anos. O corpo dela foi retirado de dentro de um veículo. Ela viajava com a filha, Cecília de três anos e o marido,&nbsp;Jairo Silva Rodrigues. Apenas ele sobreviveu a tragédia;&nbsp;</li>
	<li>Cecília Tavares Rodrigues, de 3 anos. A menina viajava com a mãe, Cássia e com o pai,&nbsp;Jairo Silva Rodrigues;&nbsp;</li>
	<li>Beroaldo dos Santos, de 56 anos. O corpo dele foi localizado dentro da água, na cabine da carreta que transportava as 76 toneladas de ácido sulfúrico;&nbsp;</li>
	<li>O mototaxista&nbsp;Marçonglei&nbsp;Ferreira, de 43 anos, que trabalhava na região;&nbsp;</li>
	<li>Alessandra do Socorro Ribeiro, de 40 anos, natural de Palmas, no Tocantins. A identificação foi realizada em São Luís por meio de exame de DNA.&nbsp;</li>
</ul>

&nbsp;&nbsp;

Nova ponte entre o TO e o MA é inaugurada um ano após desabamento que deixou 14 mortos e três desaparecidos; relembre

Cidades

Cidades - título

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Matéria - Cidades- JTO

Ponte JK 

O Juízo da 31ª Vara Cível de São Paulo concedeu liminar para determinar que a Enel restabeleça o fornecimento imediato de energia com prioridade de serviços essenciais e passe a informar estimativas de normalização por área de ocorrência, sob pena de multa horária de 200 mil reais.&nbsp;

O Ministério Público e a Defensoria Pública disseram que por conta dos fortes ventos na última terça, 9, houve interrupção massiva no fornecimento de energia, com impacto de aproximadamente 2,2 milhões de unidades consumidoras na região metropolitana da capital paulista.&nbsp;

Na decisão, obriga-se a Enel a informar, em até 12 horas, de forma precisa e esclarecedora, em todos os canais, a estimativa de restabelecimento por área e ocorrência, com atualização contínua, e a manter canais de atendimento funcionais, sem restrições que impeçam o registro da falta de energia, com protocolos e comprovantes digitais. (Processo 4078354-88.2025.8.26.0100).

Energia de volta

Matéria - genérica

Dídimo Heleno 

A nova ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na BR-226, entre os estados do Tocantins e do Maranhão, será inaugurada na próxima segunda-feira (22), um ano após a queda de parte da antiga estrutura.

O desabamento ocorrido em 22 de dezembro de 2024 deixou 14 mortos e três desaparecidos, conforme a Marinha do Brasil, e provocou um caos logístico na região.

Sem a ponte entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), a travessia do rio Tocantins passou a ser realizada com o uso de balsas ao longo deste ano. A operação emergencial reconectou as cidades, mas motoristas tiveram de encarar longas filas.

<cite>Tem caminhões que passam 16 horas na fila, 15 horas. O cara passa a noite toda lá", diz o empresário Tiago Wendler.</cite>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/cidades/nosso-natal-seria-na-estrada-diz-marido-de-caminhoneira-morta-na-tragedia-da-ponte-jk-1.3352589" target="_self">'Nosso Natal seria na estrada', diz marido de caminhoneira morta na tragédia da Ponte JK&nbsp;</a> 
<a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/cidades/nova-ponte-entre-tocantins-e-maranh-o-sera-entregue-no-dia-22-um-ano-apos-desabamento-1.3350899" target="_self">Nova ponte entre Tocantins e Maranhão será entregue no dia 22, um ano após desabamento</a> 
<a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/cidades/construc-o-da-ponte-entre-o-tocantins-e-o-maranh-o-chega-a-95-previs-o-de-entrega-e-para-o-fim-de-dezembro-1.3349689" target="_self">Construção da ponte entre o Tocantins e o Maranhão chega a 95%; previsão de entrega é para o fim de dezembro</a></div>

&nbsp;
Ele é proprietário de uma empresa que vende peças e acessórios para caminhões em Estreito. Segundo Tiago, fornecedores da região Sul deixaram de enviar mercadorias até o município maranhense.


Para facilitar o acesso às cargas, Tiago abriu uma filial de sua empresa em Araguaína (TO). "A gente buscou financiamento, capital de giro, para não quebrar, porque a situação está sendo bem tensa", afirma.

<cite>Neste ano, a gente não registrou lucro, todos os meses foram de prejuízo, mas não desligamos nem um colaborador. E estamos otimistas com a nova ponte para o movimento voltar ao normal", acrescenta.</cite>

Em setembro, o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) disse que o fluxo médio diário nas balsas instaladas de modo emergencial era de cerca de 950 motocicletas, 1.150 carros e 350 caminhões.

O Ministério dos Transportes confirmou nesta sexta (19) que o titular da pasta, o ministro Renan Filho, vai participar na segunda-feira da entrega da nova travessia, chamada pelo governo de nova ponte JK.

Com 630 metros de extensão, a nova ponte tem duas faixas de rolamento, acostamento, barreiras de proteção e passagem para pedestres. O governo federal afirma que investiu quase R$ 172 milhões na obra, executada pelo Dnit.

O departamento disse em 12 de dezembro que o projeto estava 95% concluído. A estrutura remanescente da antiga ponte foi implodida em fevereiro.

<h2>População sofreu muito, diz advogada</h2>

Com a dificuldade logística nos últimos meses, empresas fecharam as portas, enquanto outras se mudaram ou abriram filiais para tocar as operações em outros municípios, de acordo com a advogada Melissa Fachinello, assessora jurídica da Acisape, a associação comercial de Estreito.

"A população sofreu demais", diz. "Só não me mudei porque sou muito otimista e porque a gente ainda consegue se manter, mas muitas empresas estão hoje no vermelho", completa.

O prefeito de Estreito, Leo Cunha (PL), afirma que o principal impacto econômico para a cidade veio logo após a queda da ponte, já que o comércio estava preparado para a movimentação do Natal de 2024.

"Todo mundo estava estruturado para vender bastante, e na hora não aconteceu. Então, muita gente foi abalada", aponta o gestor, que diz esperar uma recuperação a partir do Natal de 2025.

"A integração entre os municípios volta. Acredito que agora a gente pega um impulso."

A população de Estreito é estimada em 34,3 mil habitantes, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Trata-se de um contingente acima do projetado em Aguiarnópolis (4.502 pessoas).

A Folha questionou a prefeitura da cidade tocantinense sobre os impactos da queda da ponte, mas não recebeu retorno.

<h3>PF apontou sobrecarga como possível motivo de queda&nbsp;</h3>

Em julho, perícia da Polícia Federal constatou que a possível causa para o desabamento foi a sobrecarga da antiga estrutura.

De acordo com o laudo do órgão, a queda pode ter sido causada pelo tráfego de veículos imprevisivelmente superior ao projetado, tanto em quantidade quanto em porte.

A PF afirmou que a ponte pode ter perdido a resistência de sua estrutura, com a degradação do concreto por processos químico-físicos, cenário que pode ter sido agravado pela falta de manutenção.

Os técnicos também destacaram que, na inauguração da antiga travessia, um caminhão típico pesava cerca de 20 toneladas e que hoje são comuns composições que atingem 70 toneladas.

Eles concluíram que o acúmulo de veículos na via, nos momentos que antecederam a queda, quando a estrutura já dava sinais de rápida aceleração de seu comprometimento, pode ter contribuído para a ruptura.

Nova ponte entre TO e MA será inaugurada após um ano de caos logístico

Aguiarnópolis

<img attr-cid="policy:1.3352590" attr-version="policy:1.3352590:1766318279" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3352590/WhatsApp Image 2025-12-16 at 10.56.53.jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
José de Oliveira Fernandes e Andreia Maria de Sousa (Jose de Oliveira/Arquivo pessoal)

Depois de um ano da queda da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, entre Tocantins e Maranhão, familiares das vítimas seguem sem respostas sobre as investigações. A tragédia deixou 14 pessoas mortas e três desaparecidas. O caminhoneiro José de Oliveira Fernandes, marido de Andreia Maria de Sousa, que também era caminhoneira, contou como foi a despedida antes dele e a esposa pegarem a estrada no dia 22 de dezembro de 2024.

"A gente andava sempre junto, eu na frente, ela atrás, então a gente estava sempre em contato pelo rádio, sempre conversando, brincando, dando risada. Inclusive quando ela saiu, a gente se despedindo, ela falou que ia passar no [supermercado] lá Imperatriz, comprar champanhe para a gente passar o Natal juntos na estrada", contou o marido.

Veja o vídeo:&nbsp;<a href="https://globoplay.globo.com/v/14197843/" target="_blank">Ponte entre TO e MA será inaugurada no dia 22; saiba mais</a>

José e Andreia estavam juntos há dois anos. Os dois moravam em Brotas (SP) e trabalhavam na mesma empresa especializada em transporte de produtos químicos. Ele afirma que o caso se trata de um crime e cobra justiça.

"Tá certo que não vai trazer ninguém de volta, mas&nbsp;não é uma coisa que pode ficar impune,&nbsp;porque se é com a gente, eles vão cobrar, não vão? Então, quer dizer, eles têm que pagar também pelo erro, pelo crime que eles cometeram.&nbsp;Que isso aí foi um crime.&nbsp;Não foi uma coisa que não foi avisada, né? De repente. Pelo que eu estou sabendo, o pessoal vem denunciando essa ponte, que essa ponte estava perigosa, ia cair e tudo, ninguém fez nada, né?", contou em entrevista ao g1.

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) informou que as investigações sobre as causas do desabamento ainda estão em andamento&nbsp;(veja nota completa abaixo).

A Polícia Federal informou que o inquérito aberto para apurar as causas e responsáveis pelo desabamento da ponte está em andamento e que ainda não houve indiciamentos ou prisões relacionadas ao caso (veja nota completa abaixo).

O g1 solicitou informações ao Ministério Público Federal, mas não teve resposta até a última atualização da reportagem.

<img attr-cid="policy:1.3349691" attr-version="policy:1.3349691:1765666370" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3349691/frame17.png?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Finalização da pontre JK, entre o Tocantins e o Maranhão (DNIT/Divulgação)

A tragédia aconteceu na tarde do dia 22 de dezembro de 2024, entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). A caminhoneira de 45 anos foi a quarta vítima a ter o corpo localizado no rio Tocantins, no dia 24 de dezembro. Ela estava levando uma carga de ácido sulfúrico para Belém (PA) quando a ponte desabou.

Na época,&nbsp;José contou à TV Anhanguera que havia almoçado com ela horas antes do acidente.&nbsp;Desde a partida precoce de Andreia, o marido e a família tentam lidar com a dor e saudade.

"Está sendo difícil ainda, não está 100%, nem para mim, nem para os pais dela. A mãe dela não consegue nem falar comigo direito, que começa a chorar. Tem um sentimento muito grande ainda, né? Está muito forte ainda. Uma perda que só por Deus, muito doido ainda", disse.

Os dois viviam uma união estável e se tratavam como marido e esposa.&nbsp;O casamento no civil estava marcado para janeiro de 2025.&nbsp;Segundo José, o plano seria que, depois de passar o Natal e Ano Novo na estrada, os dois iriam comprar as alianças na volta para casa.

Por causa do acidente, o sonho do casal foi interrompido. Depois de um ano, o sentimento do marido é de que as famílias das vítimas foram esquecidas.

"Abandonaram, a questão da família foi abandonada. Eles estão dando um sentido mais à ponte. Então, isso foi um esquecimento. Deveria entrar em comunicação com a família, dar uma satisfação, dar um apoio, alguma coisa assim, mas ninguém apoia. O que as outras famílias estão passando aí, que perderam o filho. Então, pode ficar no esquecimento. Pelo menos para a gente aqui mesmo, ninguém comunicou nada, ninguém fala nada. Então fica difícil".

Desabamento da ponte

A ponte caiu por volta das 14h50 do dia 22 de dezembro de 2024. No desabamento, caíram no Rio Tocantins três motos, um carro, duas caminhonetes e quatro caminhões, sendo que dois deles carregavam 76 toneladas de ácido sulfúrico e outros 22 mil litros de defensivos agrícolas.

No dia, depois que Andreia saiu em direção a Belém, José parou em um posto e percebeu que o pátio estava sendo fechado. Um dos funcionários disse a ele que a ponte havia caído. Nesse momento, ele começou a ligar para a esposa e, sem resposta, contatou a empresa, que localizou pelo GPS o veículo na região da ponte JK.

"Desengatei a carreta e voltei para lá correndo. Aí quando eu cheguei estava tudo caído lá. Pouco tempo que eu estava lá, o pessoal começou a achar os pertences boiando na água. Fui reconhecer, reconheci a bolsa dela, a toalha de banho, tudo", contou José.

Ao todo,&nbsp;18 pessoas foram vítimas do colapso da ponte, sendo que apenas um homem conseguiu sobreviver.&nbsp;Antes da ponte cair, moradores dos dois estados alertavam as autoridades sobre a situação da estrutura. A queda aconteceu no exato momento em que o vereador de Aguiarnópolis, Elias Júnior (Republicanos), filmava o local para denunciar os problemas da ponte que liga a cidade a Estreito, no Maranhão.

Sem a ligação entre o Tocantins e o Maranhão, os motoristas que precisariam passar pela ponte estão tendo que optar por desvios em outras cidades. O restante da estrutura antiga&nbsp;foi implodido em fevereiro de 2025 e as obras começaram logo depois.

Íntegra da nota do DNIT

Com relação a chamada sindicância instaurada pela autarquia para apurar as causas do desabamento da ponte da BR-226/MA/TO, o DNIT esclarece que foi aberta na Corregedoria uma Investigação Preliminar Sumária (IPS). A investigação visa a elucidação das responsabilidades da queda e, como ainda está em andamento, não é possível antecipar detalhes do trabalho.

Íntegra da&nbsp;nota da Polícia Federal

A Polícia Federal informa que o inquérito instaurado para apurar as causas e eventuais responsabilidades pelo colapso da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, ocorrido em 22 de dezembro de 2024, segue em andamento.

As perícias de engenharia e ambiental realizadas pela Polícia Federal já foram concluídas, e outras diligências estão em curso. Até o momento, não houve indiciamentos ou prisões relacionadas ao caso.

O colapso da estrutura permanece sob apuração, e não há previsão para a conclusão do inquérito.

Finalizadas as investigações, os autos serão encaminhados à Justiça Federal. 
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'Nosso Natal seria na estrada', diz marido de caminhoneira morta na tragédia da Ponte JK

Andreia Maria

Depois de ter sofrido rompimento total do tendão de Aquiles em aula de muay thai e alegar ausência de assistência imediata, a uma aluna foi determinada indenização de 8,8 mil reais a ser paga por uma academia, relativa a lucros cessantes e danos morais, por entender ter havido falha na prestação do serviço.

O acidente ocorreu durante uma aula ministrada nas dependências da academia e, conforme consta dos autos, a aluna não teria recebido socorro imediato do instrutor ou da empresa, o que, segundo ela, agravou o seu sofrimento. A academia disse que não teria responsabilidade civil, afirmando que a aluna tinha ciência dos riscos inerentes à prática esportiva e que não houve falha.&nbsp;

Contudo, a magistrada reconheceu a relação de consumo e que a falta de socorro imediato ficou demonstrada pelas provas, inclusive por testemunha, omissão que teria causado a falha no dever de prestar assistência e de segurança ao consumidor e que o argumento de risco não afasta o dever de indenizar. (Processo 0700274-41.2025.8.07.0012).