<p>Antônio Pereira do Nascimento, motorista de Palmas que ficou conhecido após&nbsp;receber por engano quase R$ 132 milhões na conta,&nbsp;está processando a instituição bancária que fez a transação. Ter ficado 'milionário por um dia' trouxe consequências que, mesmo passados mais de um ano e meio, ainda afetam o cotidiano e giram em torno de&nbsp;abalos emocionais e cobranças indevidas.</p>

<p>O&nbsp;caso aconteceu em junho de 2023,&nbsp;quando o motorista percebeu que sua conta tinha a quantia milionária de&nbsp;R$ 131.870.227,00. Correntista do Bradesco há 25 anos, ele avisou que o total transferido para a conta não era dele e que deveria fazer o estorno.</p>

<p>O Bradesco foi questionado sobre o processo e informou que não comenta caso sub judice.</p>

<p>Conforme foi apurado na época, o erro foi do próprio banco, que deveria fazer a transferência para outra instituição. Por isso, a ação pede um pagamento e&nbsp;R$ 13.187.022,00 (mais de treze milhões) por direito de recompensa e mais R$ 150 mil de indenização por danos morais.</p>

<p>O Escritório Coelho e Franco Advogadas Associadas, que representa o motorista na ação, informou que analisou detalhadamente o caso e tem plena convicção de que ele se enquadra no direito à recompensa previsto em lei e que levou a questão ao judiciário para reconhecer o direito à recompensa no mundo digital, já que a devolução ocorreu de forma voluntária. Também destacou que a quantia não pertencia a terceiros, mas sim à instituição&nbsp;(veja nota na íntegra no fim da reportagem).</p>

<p>O dinheiro foi devolvido e o saldo da conta de Antônio voltou ao normal na época, contendo os R$ 227 que ele tinha antes de toda a confusão.</p>

<p>Apesar de o problema ter se resolvido para o banco responsável pelo erro, Antônio enfrentou diversos problemas mesmo tendo agido com honestidade. Segundo ação inicial movida contra o Bradesco, a defesa do motorista alega que ele sofreu pressão psicológica por parte do gerente da agência para que o dinheiro fosse devolvido, mesmo que isso tenha partido do próprio Antônio.</p>

<p><cite>[...] Imediatamente, comunicou o Banco do Bradesco sobre o erro, informando que devolveria os valores no dia seguinte devido ao horário de funcionamento das agências. O gerente do Banco Réu iniciou uma pressão psicológica sobre o Autor, insinuando a presença de “pessoas” na porta de sua casa para aguardar a devolução do valor, tratando o Autor como um criminoso", destacou os advogados do motorista em trecho do documento que está tramitando na 6ª Vara Cível de Palmas.</cite></p>

<p>A situação, segundo a defesa, gerou 'abalos emocionais e constrangimentos' a Antônio durante a resolução do problema. Além disso, a grande proporção midiática que o caso alcançou levou à 'especulações e exposição de sua vida íntima', do motorista e da família dele.</p>

<p>Outro ponto levantado pelos advogados que assinam a peça inicial do processo contra o Bradesco é que como o banco fez a transferência para a conta do motorista em outra instituição, ele teve uma tarifa bancária aumentada automaticamente, sem nenhum aviso prévio.</p>

<h2>Direito a recompensa</h2>

<p>Pela devolução da transferência milionária após atitude de honestidade, a defesa alega que Antônio tem direito ao percentual de de 10% do valor que foi encontrado em sua conta bancária e devolvido.</p>

<p>O pedido é baseado no&nbsp;artigo 1.234 do Código Civil,&nbsp;que determina que em caso de restituição de coisa achada, a pessoa tem direito a uma recompensa não inferior a 5% do montante. Nesse sentido, o valor pedido ultrapassa R$ 13 milhões.</p>

<p>"O Autor encontrou, em meio virtual, um valor que não lhe pertencia e prontamente tomou medidas voluntárias para devolvê-lo, demonstrando integridade e boa-fé de modo que faz jus a aplicação de uma recompensa proporcional ao esforço e à honestidade demonstrada pelo devolvedor", destacaram os advogados na ação.</p>

<p>Já a indenização por danos morais diz respeito às consequências emocionais causadas ao motorista desde que descobriu a quantia milionária em sua conta, já que ele ficou "extremamente assustado e preocupado com as possíveis consequências da apropriação involuntária de um valor tão alto".</p>

<p>"Esse episódio gerou um trauma considerável, pois o Autor, uma pessoa simples, religiosa e avessa a exposições públicas, passou a temer pela sua segurança e a de sua família", diz trecho da ação.</p>

<p>Por mais essa falha do banco, o pedido é no valor de R$ 150 mil por danos morais.</p>

<p>O caso corre na Justiça desde julho de 2024 e está marcada para o dia 18 de fevereiro deste ano uma audiência de conciliação entre as partes, por meio de sistema de videoconferência.</p>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/cidades/homem-com-mandado-de-pris-o-liga-para-policia-militar-e-pede-para-se-entregar-n-o-queria-ser-preso-na-frente-da-m-e-1.3225184" target="_blank">Homem com mandado de prisão liga para Polícia Militar e pede para se entregar: 'Não queria ser preso na frente da mãe'</a><br />
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<br />
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<h2>Relembre o caso</h2>
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<p data-track-category="Link no Texto" data-track-links="">Antônio Pereira do Nascimento é pai de quatro filhos e avô de 14 netos. Assim que percebeu que tinha a quantia na sua conta não pensou duas vezes: entrou em contato com o banco para devolver o dinheiro.</p>
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<div data-block-id="34" data-block-type="unstyled" data-block-weight="33" style="clear:none;">
<p data-track-category="Link no Texto" data-track-links="">“Nunca vi um dinheiro desse na minha vida e não consigo nunca na minha vida, só se ganhar na mega sena, e jogar eu não jogo. Então é difícil”, disse Antônio na época.</p>
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<div data-block-id="35" data-block-type="unstyled" data-block-weight="25" style="clear:none;">
<p data-track-category="Link no Texto" data-track-links="">Apesar da boa ação, ele conta que chegou a ter R$ 70 reais descontados da sua conta por causa da cobrança de uma taxa indevida.</p>
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<div data-block-id="36" data-block-type="unstyled" data-block-weight="120" style="clear:none;">
<p data-track-category="Link no Texto" data-track-links="">"A gente que é honesto no Brasil, a gente paga para ser honesto. Eu fiz foi pagar. Gastei petróleo, andei no meu carro, saí de minha casa, perdi meu dia de serviço. Eu vi que tinham descontado R$ 70 da minha conta, porque me colocaram no 'VIP'. Aí eu disse para eles: 'Que vip? Eu não quero vip não. O dinheiro não era meu, eu não vim devolver para vocês? Vocês fizeram foi me botar na tarifa mais cara. Pago uma taxa de R$ 36 vou pagar uma de R$70?' Para mim não compensa não. Vip seria se eu tivesse muito dinheiro na conta", explicou o motorista após o susto do valor milionário e as consequências do erro da instituição.</p>
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<h2>Íntegra da defesa do motorista:</h2>
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<div data-block-id="38" data-block-type="unstyled" data-block-weight="34" style="clear:none;">
<p data-track-category="Link no Texto" data-track-links=""><em>O Escritório Coelho e Franco Advogadas Associadas, ao ser procurado pelo Sr. Antônio, analisou detalhadamente o caso e tem plena convicção de que ele se enquadra no direito à recompensa previsto no Código Civil.</em></p>

<p><em>O Sr. Antônio recebeu, de forma equivocada, valores em sua conta por um erro do banco. No entanto, não foi a instituição financeira quem identificou o equívoco, mas sim o próprio Sr. Antônio, que, de maneira espontânea e honesta, notificou o banco sobre o ocorrido.</em></p>

<p><em>É fundamental destacar que os valores recebidos indevidamente não pertenciam a terceiros, sejam pessoas físicas ou jurídicas, mas sim ao próprio banco. Não há como afirmar se a instituição teria identificado o erro ou em que momento isso ocorreria.</em></p>

<p><em>Além de ter agido com total transparência ao informar o banco e providenciar a devolução dos valores, o Sr. Antônio foi tratado de forma ríspida pela instituição e coagido a comparecer imediatamente à agência para desfazer a transação. Além disso, sua privacidade foi invadida por meio de contatos insistentes por diversos canais de comunicação.</em></p>

<p><em>Diante desse cenário, estamos levando a questão ao Judiciário, para reconhecer o direito à recompensa no mundo digital, especialmente nos casos em que a devolução de valores indevidos parte, de forma voluntária, de quem os recebeu.</em></p>

<p><em>O direito precisa acompanhar a evolução dos tempos, e o nosso Escritório está empenhado em garantir que esse importante precedente seja firmado, assegurando o reconhecimento da boa-fé e da honestidade no ambiente digital.</em></p>
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</div>


Motorista processa banco e pede 10% do valor como recompensa de R$ 131 milhões que recebeu por engano e devolveu

Cidades

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Caso inusitado

<p>O analista de redes &nbsp;Nikolas Soares Valério compartilhou, nesta segunda-feira (20), em sua página do Facebook uma história muito comovente. Segundo seu relato, após perder o celular em uma festa, e acreditar que nunca o teria de volta, recebeu um telefonema inusitado.</p><p>Na ligação, um jovem afirmava que havia encontrado o aparelho e gostaria de devolvê-lo.&nbsp;</p><p>Durante o encontro para entregar o celular ao dono, o jovem, de apenas 17 anos, afirmou que, ao invés de uma recompensa, ele estava em busca de emprego.&nbsp;<br />Comovido com a situação, o proprietário do celular resolveu divulgar o currículo do rapaz nas redes sociais.</p><p><strong>Confira o post na íntegra:</strong></p><p><iframe allowtransparency="true" frameborder="0" height="771" scrolling="no" src="https://www.facebook.com/plugins/post.php?href=https%3A%2F%2Fwww.facebook.com%2Fnikolas.valerio%2Fposts%2F10210867509376835&amp;width=500" style="border:none;overflow:hidden" width="500"></iframe></p>

Em Goiânia, jovem de 17 anos devolve iPhone que achou em festa e pede emprego como recompensa

Mundo

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<p><span style="line-height: 1.6;">Um freezer foi colocado no Bloco I Universidade Federal do Tocantins, na última quarta-feira, com picolés disponíveis no valor de R$ 2,00. Mas o detalhe é que ninguém está no local para receber o pagamento. Inspirado em uma iniciativa da Universidade Tecnológica Federal de Cornélio Procópio, do Paraná, o projeto Cidadão Consciente pretende incentivar o exercício da cidadania e reafirmar a honestidade e a ética.</span></p><p>Para Dimas Magalhães Neto, coordenador de extensão e cultura do Câmpus de Palmas, “o objetivo é fazer um convite à reflexão sobre nossos atos enquanto cidadãos”, disse.</p><p>A avaliação dos resultados da venda dos picolés é feita todos os dias e divulgada em um quadro branco próximo ao freezer. Como o projeto não tem fim lucrativo, o valor arrecadado será doado a uma entidade social. Até a última quinta-feira a atividade teve uma avaliação positiva, com uma média de 92% de cidadãos conscientes.</p><p>&nbsp;</p>

Projeto na UFT avalia honestidade das pessoas

<p dir="ltr">Pela segunda noite seguida, o Goiás venceu e amenizou a pressão no atual momento da temporada. Nesta quinta-feira (13), o time esmeraldino superou a Aparecidense, por 1 a 0, com gol do lateral Lucas Lovat e defesa de pênalti do goleiro Tadeu no fim, pela 9ª rodada do Campeonato Goiano.</p>

<p dir="ltr"><span id="docs-internal-guid-754a6429-7fff-92e3-8207-6d3c250168c8">Depois da derrota para o rival Atlético-GO, no domingo (8) passado, não faltou cobrança interna no Goiás. Como de praxe, reuniões junto à comissão técnica e conversas com jogadores ocorreram, mas conselheiros voltaram a pressionar o Conselho de Administração e o diretor executivo Leonardo Pacheco por mudanças.</span></p>

<p dir="ltr"><span id="docs-internal-guid-754a6429-7fff-92e3-8207-6d3c250168c8">Foram criadas pequenas metas para o restante do mês de fevereiro: vencer todos os jogos na reta final do Goiano e avançar à semifinal da Copa Verde.&nbsp;</span></p>

<p dir="ltr"><span id="docs-internal-guid-754a6429-7fff-92e3-8207-6d3c250168c8">Nas duas primeiras partidas, o Goiás venceu. Na quarta (12), a equipe abriu vantagem no Regional ao superar o União Rondonópolis, por 2 a 0. Nesta quinta (13), o time esmeraldino ganhou da Aparecidense, por 1 a 0, com o primeiro gol do lateral esquerdo Lucas Lovat, que converteu após cobrança de falta.</span></p>

<p dir="ltr"><span id="docs-internal-guid-754a6429-7fff-92e3-8207-6d3c250168c8">Não há um consenso internamente no Goiás sobre uma possível mudança na comissão técnica em caso de insucesso neste momento. O treinador Jair Ventura, no entanto, convive com pressão por resultados antes mesmo de completar dois meses no clube. Sua permanência não estaria garantida no pior cenário, com eliminação nas duas frentes ou saída precoce no Estadual.</span></p>

<p dir="ltr"><span id="docs-internal-guid-754a6429-7fff-92e3-8207-6d3c250168c8">No segundo tempo da partida contra a Aparecidense, quando o duelo estava empatado por 0 a 0, a torcida do Goiás voltou a xingar o treinador (como ocorreu no final do clássico contra o Atlético-GO) e cantou em tom de cobrança ao elenco. No fim do jogo, o elenco esmeraldino comemorou a vitória no meio de campo junto com o técnico.</span></p>

<p dir="ltr"><span id="docs-internal-guid-754a6429-7fff-92e3-8207-6d3c250168c8">“O grupo está unido. A gente sabe que está devendo e precisamos buscar respostas. A comemoração com o Jair é para mostrar que as vaias e xingamentos doem em todos. Não vamos questionar de forma alguma, só cabe a nós vencer os jogos e sair dessa situação em que nos colocamos”, falou o goleiro Tadeu após o jogo.</span></p>

<p dir="ltr"><span id="docs-internal-guid-754a6429-7fff-92e3-8207-6d3c250168c8">A situação a que o defensor se refere é a pressão constante por dois fatores: falta de regularidade de atuações e as derrotas para os rivais Vila Nova (1 a 0) e Atlético-GO (2 a 1), que antecederam a vitória diante da Aparecidense.</span></p>

<p dir="ltr"><span id="docs-internal-guid-754a6429-7fff-92e3-8207-6d3c250168c8">“A palavra na preleção foi ‘vencer’. Estamos longe do ideal como grupo, mas trabalhando bastante e nos dedicando para cada vez mais fazer bons jogos. Queremos resultados positivos para o Goiás. Hoje (quinta), são importantes três pontos e vamos evoluir”, complementou o meia Rafael Gava, que deu o passe para o gol marcado por Lucas Lovat.</span></p>

<p dir="ltr"><span id="docs-internal-guid-754a6429-7fff-92e3-8207-6d3c250168c8">A comissão técnica, dirigentes e jogadores defendem que o calendário de 2025 dificulta qualquer tipo de jogo bonito com a sequência de partidas em dias próximos e poucos treinos.</span></p>

<p dir="ltr"><span id="docs-internal-guid-754a6429-7fff-92e3-8207-6d3c250168c8">Nesta semana, por exemplo, a equipe que enfrentou o União Rondonópolis teve um dia de atividade tática. Para o jogo de domingo (16), contra o Goianésia, fora, serão dois dias livres - um regenerativo com atividades físicas e outro tático e técnico, também com exercícios físicos.</span></p>

<p dir="ltr"><span id="docs-internal-guid-754a6429-7fff-92e3-8207-6d3c250168c8">Na sequência do mês de fevereiro o Goiás terá quatro jogos. A partida da volta contra o União Rondonópolis, no dia 26, e três duelos pelo Goianão: no próximo domingo diante do Goianésia, dia 19, desafia o Inhumas em jogo atrasado da 7ª rodada e fecha o período contra a Abecat, no dia 23, no encerramento da fase de classificação.</span></p>

<p dir="ltr"><span id="docs-internal-guid-754a6429-7fff-92e3-8207-6d3c250168c8">Se tudo ocorrer como desejado no Goiás e a classificação vier, em março a equipe também terá partidas eliminatórias pelo Goianão, além da sequência da Copa Verde com a possibilidade de novos clássicos contra o rival Vila Nova na semifinal.</span></p>


Goiás responde à pressão com vitória e apoio a Jair Ventura

Esporte

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Matéria - Esporte

Campeonato Goiano

Aumento de comissionados

<p>A folha de pagamento da Companhia de Processamento de Dados de Goiânia (Comdata) registrou aumento entre janeiro e outubro de 2024, chegando ao décimo mês do ano com 231 funcionários (228 comissionados) e custo de R$ 2,7 milhões (média de R$ 11,8 mil). A reportagem solicitou os dados à Secretaria Municipal de Comunicação (Secom), pois a despesa de pessoal da empresa não está disponível no Portal da Transparência da Prefeitura de Goiânia desde o ano passado.</p>

<p><a href="http://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; outline: 0px; outline-offset: -2px; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp&nbsp;</a></p>

<p>Em janeiro de 2024, a Comdata - que está em liquidação há 14 anos - tinha 76 colaboradores, sendo 73 comissionados e um efetivo. Naquele mês, a empresa pagou dois jetons (em geral, representa despesa para membros de conselhos). Nos meses seguintes, a quantidade de efetivos e jetons continuou a mesma, mas o número de comissionados aumentou, chegando ao recorde do ano em outubro, mês de eleição municipal.</p>

<p>Já em novembro, a quantidade de comissionados despencou para 77. A despesa geral com a folha de pessoal foi de R$ 672 mil. Em janeiro de 2025, a folha registrou 74 comissionados e um efetivo, além do pagamento de dois jetons. O gasto foi de R$ 1,3 milhão.</p>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/tcm-ve-irregularidade-na-folha-da-comdata-1.3230488" target="_blank">TCM vê irregularidade na folha da Comdata</a><br />
<a href="https://opopular.com.br/politica/mabel-abre-espaco-a-indicac-es-politicas-no-secretariado-1.3214981" target="_blank">Mabel abre espaço a indicações políticas no secretariado</a><br />
<a href="https://opopular.com.br/politica/ex-auxiliares-de-cruz-gastaram-r-1-milh-o-e-n-o-foram-eleitos-1.3200526" target="_blank">Ex-auxiliares de Cruz gastaram R$ 1 milhão e não foram eleitos</a></div>

<p>Em nota, a assessoria de comunicação do ex-prefeito Rogério Cruz (SD), que estava à frente da administração entre 2021 e 2024, argumentou que o aumento da folha em outubro de 2024 é resultado, principalmente, do pagamento de <a href="https://opopular.com.br/politica/comurg-quer-r-100-milh-es-para-promover-demiss-es-1.3225881" target="_blank">verbas rescisórias</a> de grande parte dos servidores, por causa da conclusão de etapas essenciais para a liquidação da empresa.</p>

<p>Segundo o texto, também ocorreram desligamentos por causa da política de redução de custos implementada em outubro do ano passado. A nota afirma que, ao longo do mandato de Cruz, as medidas adotadas na Comdata tiveram o objetivo de cumprir as exigências legais e “assegurar uma <a href="https://opopular.com.br/politica/verbas-indenizatorias-do-mp-go-somam-r-28-milh-es-em-dezembro-1.3225393" target="_blank">liquidação organizada</a>, sempre primando pela transparência e pela responsabilidade fiscal”.</p>

<p>O texto ressalta a importância da equipe nomeada (que atuou em atividades como o levantamento patrimonial) para o andamento do processo de liquidação, “e avanços que garantiram recursos para quitar débitos da empresa, resolver pendências trabalhistas da companhia, além do parcelamento das dívidas fiscais e previdenciárias, todas cumpridas rigorosamente e sem comprometer o orçamento da Prefeitura de Goiânia”. A nota destaca que a gestão de Cruz fez “avanços significativos no processo de encerramento da empresa”.</p>

<p>Ex-liquidante da Comdata, Rodrigo Melo disse que deixou o cargo em março de 2024. Ele disputou a eleição para vereador de Goiânia pelo Mobiliza, mas não teve sucesso. Segundo Melo, na época em que estava na Comdata, os funcionários trabalhavam no levantamento do patrimônio da empresa, atividade que demandava visita a mais de 600 endereços.</p>

<p>Após sua saída, Eliene Antônia Tolentino assumiu o comando do processo de extinção da empresa. Antes disso, ela já fazia parte do quadro de funcionários da companhia. A reportagem tentou contato com Eliene, mas não houve retorno até o fechamento desta edição.</p>

<h2><b>Nova gestão</b></h2>

<p>Também por nota, a Prefeitura afirmou que a determinação do prefeito Sandro Mabel (UB) é finalizar as liquidações das companhias municipais que estão neste processo e “acabar com todos os comissionados da Comdata”. De acordo com o Paço, a expectativa é que o gasto com a folha da Comdata caia para abaixo de R$ 60 mil. O texto também ressalta que a nova gestão assumiu a Prefeitura em situação de calamidade financeira e de saúde.</p>

<p>Vale lembrar que o decreto de calamidade da Prefeitura passou por análise da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) no mês passado. O Legislativo estadual confirmou a situação caótica na saúde municipal, mas, após consulta ao Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO), não deu o respaldo para o cenário de calamidade nas finanças.</p>

<p>Em julgamento realizado na quarta-feira (12), o TCM-GO apontou <a href="https://opopular.com.br/politica/tcm-ve-irregularidade-na-folha-da-comdata-1.3230488" target="_blank">irregularidades na folha</a> de pagamento da Comdata em 2023, com contratações “sem respaldo legal, sem qualquer processo de seleção ou critérios de qualificação”, além da manutenção de funcionários ociosos no quadro da companhia. O tribunal determinou multa a Cruz e funcionários da empresa, entre outras medidas.</p>

<p>Em nota, a assessoria de Cruz afirmou ainda que, na época, apresentou informações pertinentes e vai verificar o acórdão do TCM “para compreender de que forma pode continuar colaborando com a apuração dos fatos, ao passo que considera eventuais equívocos de contratação como pontuais e passíveis de correção”.</p>

<h3><strong>Novo liquidante</strong></h3>

<p>Novo liquidante da Companhia de Processamento de Dados de Goiânia (Comdata), Wagner Alberto da Silva afirma que os comissionados que estavam no quadro da empresa já foram desligados e, a partir de agora, há quatro funcionários: um contador, um advogado, um servidor efetivo e o liquidante (além de membros de conselhos, que recebem por reunião e devem ser entre quatro e seis nomes).</p>

<p>De acordo com Silva, para fazer o levantamento de patrimônio da Com data e, com isso, dar andamento à liquidação, o plano é contratar uma empresa especializada. Silva afirma que chegou ao posto na semana passada. Ainda segundo o liquidante, a Comdata tem 29 parcelas de R$ 200 mil de dívidas federais para pagar, além de R$ 8 milhões em débitos com fornecedores e R$ 2,4 milhões na dívida ativa com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.</p>

<p>O total de passivo é de cerca de R$ 16 milhões. Já os ativos estão espalhados por órgãos da Prefeitura e ainda precisam ser identificados. Silva afirma que, seguindo determinação do prefeito Sandro Mabel (UB), o objetivo é que a empresa seja liquidada neste ano. Em 2023, sob gestão de Rogério Cruz (SD), e após polêmicas envolvendo aumento de despesa com pessoal e <a href="https://opopular.com.br/politica/tcm-ve-irregularidade-na-folha-da-comdata-1.3230488" target="_blank">pagamentos irregulares</a>, a Prefeitura informou que havia começado a receber parte de crédito de R$ 20 milhões do governo de Goiás, que seria usado para concluir, em 2024, a liquidação da empresa. O montante foi determinado após encontro de contas.</p>

<p>A Secretaria de Estado de Administração informou, em nota, que todo o valor foi repassado à Prefeitura em duas parcelas. A primeira, de R$ 6,8 milhões, em 2023. A segunda, de R$ 13,2 milhões, em 2024. Ao <strong>POPULAR</strong>, o novo liquidante da Comdata disse que ainda não tinha informação sobre o repasse pelo estado, pois havia participado de apenas uma reunião com os ex-funcionários.</p>

<div attr-cid="policy:1.3230893" attr-version="policy:1.3230893:1739496904" class="p-smartmidiabox"><span class="icon">-</span><span class="text"><a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3230893" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3230893', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3230893">Aumento de comissionados (1.3230893)</a></span></div>
