O prefeito de Palmas, Carlos Amastha, fez um balanço positivo dos Jogos. “Superou todas as expectativas. Precisávamos colocar Palmas de maneira positiva nas primeiras páginas de todo o mundo.” No entanto, as reclamações feitas pelos indígenas foram criticadas pelo prefeito. “Eles reclamavam da falta de ônibus para levar ao banco. Essas coisas são pontuais e absolutamente irrelevantes num contexto desses.” Foram injetados até agora na economia local, segundo o prefeito, aproximadamente R$ 2,5 milhões. “No momento em que o Brasil inteiro está vivendo uma crise, a gente saber que Palmas teve oito a nove dias num pique desses, isso demonstra nossas potencialidades. Ninguém saiu dessa cidade achando que a cidade não tem estrutura e dizendo que não voltaria.”
Mesmo com as críticas do idealizador dos jogos, Marcos Terena, sobre a organização, o prefeito garantiu que não houve atrito entre a Prefeitura de Palmas e o comitê organizador. “Ele não estava se referindo à Prefeitura. A Prefeitura apenas recebeu, no ano passado, cerca de R$ 4 milhões para custeio. Ele se referia à execução por parte do convênio do governo federal com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).”

Convênio
Amastha defendeu o convênio, afirmando que não houve reclamações dos indígenas internacionais. “Eles nos permitiram hospedá-los nas escolas de tempo integral que tem piscina, ar-condicionado nas salas e uma estrutura extraordinário. O Terena exigiu e desenhou a aldeia, porque disse que os indígenas brasileiros não dormiriam em uma escola. Eles teriam que dormir em uma aldeia para terem o contato com a mãe terra”, argumentou. 
Mesmo diante das críticas de Terena sobre a aldeia não ter ficado como o esperado, o prefeito garantiu que o projeto “foi executado com perfeição”. “Imagina mais de mil pessoas dentro de uma aldeia. É traumático. Nós tivemos dificuldades enormes. Eles só permitiam que a gente entrasse para fazer a limpeza duas horas por dia. É muito difícil. A gente respeitou e continua respeitando e agradecendo ao Comitê Intertribal Memória e Ciência Indígena (ITC), porque sem a confiança deles o evento não teria acontecido em Palmas.”

Mascote
Kaly, mascote dos jogos apresentado pela Prefeitura, ‘desapareceu’ durante as competições, mas o prefeito garantiu que ele esteve presente “onde foi chamado”. “Ele se tornou digital e fala todas as línguas. Dentro da vila ele se via limitado.”

Legado
A estrutura das competições anunciada como algo que seria definitiva acabou virando uma estrutura provisória que será desmontada assim que os jogos terminarem. Entretanto, segundo o prefeito, o legado dos Jogos ainda será construído. “Inclusive vamos dar a ordem de serviço para uma dessas estruturas ainda essa semana”, disse sem dar mais detalhes. A construção da estrutura definitiva não teria dado tempo e nem verba para ser finalizada. “Nós temos a garantia dos recursos para fazer nossa arena definitiva. Os palmenses podem ter certeza de que esse legado está garantido.” (Alessandra Sousa)