Os Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) divulgados nesta segunda-feira, 1°,  pela Secretaria de Estado da Saúde (SES)  apontam que em 2023 houve 896 novos casos de hanseníase no estado, entre a população geral.

De acordo com os parâmetros do Ministério da Saúde, o Tocantins é classificado como hiperendêmico. "A proporção de cura da doença no Tocantins é de 66,46% e a de avaliação de contatos é de 84,77%", explicou a pasta.

Características da doença

Conforme a pasta, a hanseníase é uma doença infecciosa e contagiosa causada pela bactéria Mycobacterium Leprae, que afeta a pele, mucosas e nervos. É transmitida pelo contato com as pessoas doentes sem tratamento através da fala, espirro ou tosse. Quando não tratada, podem surgir lesões nos nervos que geram incapacidade física. 

A secretaria alerta para a população ter atenção ao surgir manchas na pele com perda de sensibilidade, sensação de dormência, fisgadas, formigamento e áreas que não transpiram, porque são sintomas. “Deve-se dirigir à Unidade Básica de Saúde (UBS) para fazer o diagnóstico e tratamento. Em caso confirmado, os familiares e pessoas próximas também precisam ser examinadas”.

Tratamento no SUS

Ainda de acordo com a pasta, o tratamento é disponibilizado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e a duração varia de acordo com o caso (entre 6 a 12 meses). O paciente deixa de transmitir a doença quando iniciado o procedimento, e fica em supervisão até o término. Se necessária correção de deformidade em decorrência da hanseníase, são realizadas cirurgias corretivas gratuitas nos hospitais públicos do Tocantins.

“Os objetivos primordiais do tratamento da hanseníase são a cura da infecção mediante a antibioticoterapia e a prevenção das incapacidades físicas (por meio da detecção precoce de casos e do tratamento correto das reações hansênicas), como do comprometimento da função neurológica”, afirmou o médico de Família e Comunidade, Diego de Abreu Noleto, por meio da assessoria .